Se sou feliz hoje? Talvez eu seja, mas já fui mais, bem mais.
Vivi minha infância intensamente. Cresci na rua, subi em árvores, caí do muro, empinei pipa... Fiz de tudo.E o quê as crianças fazem hoje? Usam a internet, enviam recados por email ou pelo orkut, jogam video-game, compram roupas transadas. Hoje as crianças cantam e dançam o "funk-bunda" ao invés de cantigas de roda. Pobrezinhas...
Pra piorar, vejo o Natal enfraquecendo cada vez mais. Padecendo. Já não se vê reuniões de família nos fins de ano, já não se vê ruas e lojas enfeitadas, já não se ouve canções natalinas no mês de dezembro. Enviar cartão de Natal pelo correio já é coisa do passado.E o que percebo, são as pessoas aceitando esta realidade sem se tocarem de que estão cometendo uma espécie de suicídio coletivo de costumes e tradições.
E o quê virá após isso?
Já é hora de reverter este quadro. E tudo depende de nós, somente de nós. Sim, pois somos a última geração que talvez tenha vivido o que eu chamo de "infância de ouro". E cabe a nós mantermos isso vivo e passar adiante através de nossos futuros herdeiros.Que bom seria ver as crianças vivendo intensamente sua infância. Que bom seria ver as crianças na noite de Natal esperando Papai Noel trazer o tão sonhado e esperado presente. Ver tais tradições ainda vivas daqui muitos anos não tem preço.
Então que tal deixarmos mesquinharias de lado e enfeitarmos nossas ruas e casas neste Natal, chamarmos os poucos e sinceros amigos que ainda nos restam para ao menos relembrarmos os bons e velhos tempos de infância e de antigas tradições?
Creio que só de relembrar isso já é um passo dado.Só espero que este recado não tenha vindo muito tarde, pois o que vejo ao meu redor, é um Natal cada vez mais sem graça.
Pense em tudo de bom que já vivenciou e imagine seus herdeiros tendo o mesmo prazer e alegria de vivenciar o mesmo.Essa é a minha mensagem de Natal.
Ricardo M. Freire
terça-feira, dezembro 29, 2009
Assinar:
Postagens (Atom)