
É assustador a pobreza musical que estamos atravessando de uns tempos pra cá.
Contam-se nos dedos os minguados artistas que surgem com algum talento ou inovação no meio musical. E pensar que tivemos bandas fantásticas em épocas remotas, dando a impressão de que nada ensinaram a estes “artistas” que surgem atualmente.
O desespero é tamanho, que somos obrigados a nos tornarmos verdadeiros pesquisadores e historiadores musicais. Sendo assim, não nos resta outra alternativa a não ser resgatarmos algumas das pérolas musicais do passado, que por uma razão ou outra, em tal época não tenham recebido o devido valor e reconhecimento. E se isso aconteceu no passado, não é à toa, pois com uma história musical tão rica como a que tivemos, tornava-se quase que impossível ouvir tudo o que era bom.
É exatamente esta a proposta desta coluna. Em resumo, é difícil esperarmos algo do mesmo nível nos dias de hoje, e enquanto resgatamos estas pérolas do passado e esperamos exaustivamente por um milagre musical, sugiro no mínimo refletirmos as sábias palavras de Joseph Ernest Renan, que diziam: "Os verdadeiros progressistas são os que partem de um profundo respeito ao passado."


Vocalista de ótima voz e performático como poucos, seus trabalhos têm uma característica interessante, que é sempre contar com excelentes músicos.

Trabalho de estréia de David Lee Roth. É um álbum tecnicamente excelente, mas heterogêneo. É difícil domar tantas feras e transformar o resultado final em algo coeso.
“Shyboy” é acelerada e festeira, enquanto “Goin’ Crazy” é a cara do que seria a sequência da carreira de Roth: rock/pop cheio de variações.
O álbum é quase perfeito. Individualmente as faixas são excelentes, mas carregam muito da percepção e conceitos individuais dos 4 membros. Sem contar que David ainda está sob influência dos anos de Van Halen, pois algumas músicas poderiam ter participado de álbuns da banda.
Ouvidas isoladamente, as músicas são brilhantes, mas neste álbum, parecem mais uma coletânea.
Faixas
2- "Shyboy" (Sheehan, arr. Roth) – 3:23
3- "I'm Easy" (Field/Price) – 2:11
4- "Ladies' Nite In Buffalo?" (Roth/Vai) – 4:08
5- "Goin' Crazy!" (Roth/Vai) – 3:11
6- "Tobacco Road" (John D. Loudermilk) – 2:27
7- "Elephant Gun" (Roth/Vai) – 2:23
8- "Big Trouble" (Roth/Vai) – 3:56
9- "Bump And Grind" (Roth/Vai) – 2:32
10- "That's Life" (Kay/Gordon) – 2:29
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Discover David Lee Roth!
Confira abaixo os vídeo clips de duas faixas do álbum Eat ‘Em and Smile:
"Yankee Rose" - David Lee Roth
"Goin´ Crazy" - David Lee Roth
Fonte: Blog Do Cesar


Bem, isso não é lenda urbana e aconteceu em 1980.
Jon desfrutava nesta época de um enorme sucesso solo, em suas parcerias com o tecladista grego Vangelis (Carruagens de Fogo e Blade Runner). O Yes, pelo contrário, patinava disco a disco desde a saída de Rick Wakeman em 1974, após o conturbado, mas legendário, Tales From Topographic Oceans. Discos irregulares como Relayer, Tormato, Going For The One se seguiram.
Mesmo a volta de Wakeman não empurrou a criatividade da banda adiante. Em plena era Punk, o Yes era um dos alvos favoritos da imprensa musical.
O baixista Chris Squire (único integrante presente em todos os discos do Yes) felizmente tinha ouvido aguçado para novidades e tomou contato com o trabalho de dois músicos então de vanguarda (a chamada "New Wave", reação Pop à simplicidade do Punk), Geoff Downes e Trevor Horn.

A insistência de Jon Anderson (e Rick Wakeman) em exigir mais tempo para a carreira-solo adiar a gravação de um novo disco do Yes ajudou a mudança a acontecer. Downes e Horn, convidados inicialmente para "dar um gás" no novo disco do Yes, subitamente foram convidados a entrarem para a banda. Mais surpreendente, aceitaram no ato.
Daí surge "Drama", o disco do Yes sem Jon Anderson. Um disco que inicia a aproximação do Yes com os sons em voga na época. Há trechos de Reggae (1980, auge do The Police e época em que o Rush também se aproximava do estilo). Há forte trabalho dos teclados, porém distantes do virtuosismo erudito de Rick Wakeman, substituído por uma abordagem mais pop, voltada para as melodias centrais de cada canção, especialidade de Downes. Steve Howe deixou de lado o barroquismo de sua guitarra (já mostrado à exaustão nos seus inúmeros - e bons - discos-solo) e toca licks e riffs mais diretos, inclusive mais pesados que dantes.
Dito isso, o clima das canções (mais curtas, no geral) é mais sombrio que a média dos trabalhos do Yes (Jon Anderson sempre foi um pólo irradiador de luz e espiritualidade). Sombras, porém distantes da grandiosidade wagneriana dos discos anteriores da banda. Ademais, as sombras convivem com a luminosidade das melodias pop, surpreendendo os fãs de carteirinha da banda que um dia fizera "Close To The Edge". O futuro trabalho de ex-membros do Yes na banda Asia também nasceu aqui.


Se quem gostou do álbum "90125" do Yes, ou da banda Asia, deve deixar os preconceitos de lado e dar uma chance ao disco. É diferente de tudo que o Yes fez antes, com novidades em profusão.
Também mostra uma articulação nova de elementos característicos da banda, uma prova de sobrevivência e criatividade.
Faixas

02. White Car (1:21)
03. Does It Really Happen? (6:34)
04. Into the Lens (8:31)
05. Run Through the Light (4:39)
06. Tempus Fugit (5:14)
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Confira abaixo os vídeo clips de duas faixas do álbum Drama:
"Tempus Fugit" - Yes
"Into The Lens" - Yes
Fonte: Whiplash


Gravado em 129 dias em aproximadamente 700 horas, foi lançado em 1 de junho de 1967 na Inglaterra, e no dia seguinte nos Estados Unidos.
Considerado como álbum inovador desde sua técnica de gravação até a elaboração da capa. Pelo pouco apelo comercial, não foi tocado nas rádios, mas vendeu 11 milhões de cópias só nos Estados Unidos.
Foi gravado na época que a Beatlemania estava em declínio. Os Beatles estavam cansados das turnês e tinham acabado de fazer uma em agosto de 1966.


Retirando-se das turnês, pela primeira vez na carreira eles tiveram tempo de se dedicar mais ao próximo álbum. Para isso tiveram acesso ilimitado a tecnologia dos estúdios da Abbey Road, afinal eles eram o grupo de maior sucesso da EMI. Na época da gravação do álbum, os integrantes da banda tinham desenvolvido outros interesses musicais e começavam a incorporam uma variedade de influências.


O Sgt. Peppers coincidiu com a introdução de importantes inovações na música. O trabalho de Bob Dylan, Frank Zappa, Velvet Underground, Jimi Hendrix, Phil Spector, e Brian Wilson estavam radicalmente redefinindo não só em termos de composição como de gravação. Os estúdios de gravação e a tecnologia tinham alcançado um alto grau de desenvolvimento. As velhas regras de composição estavam sendo abandonadas; as músicas tinham um complexo tema lírico e tornavam-se mais longas.

Gravado em uma época de psicodelia e experimentação, o álbum, produzido por George Martin é um precurssor de técnicas de gravação e composição. Foi o primeiro disco gravado em oito canais, com dois consoles de quatro canais. Foi, além disto, um êxito de vendas e popularidade. Incorporou técnicas muito inovadoras no mundo da música.


É frequentemente citado como o melhor e mais influente álbum da história do rock e da música.
Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone colocou Sgt. Pepper's no topo de uma lista de 500 melhores álbuns de todos os tempos.
Curiosidades:
- Durante a gravação de Sgt. Pepper´s nos estúdios Abbey Road, uma nova banda gravava seu primeiro álbum, fazendo um som bem experimentalista (maluco mesmo), característica da época. O disco viria a se chamar Piper At The Gates Of Dawn. O líder da banda, Syd Barret. E a banda, Pink Floyd.
- Diz a lenda que Brian Wilson (líder dos Beach Boys) ouviu Rubber Soul e ficou maluco com o som tirado pelos Beatles. Combinando o som dessa obra com a influência das produções do Phil Spector, Brian e banda se trancaram no estúdio e lançaram Pet Sounds. Aí, Paul McCartney ouviu Pet Sounds e ficou doidão. Entrou no estúdio com um tal de Lennon e mais dois (três, tinha o George Martin) e fizeram Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Em resumo: Rubber Soul “inspirou” Pet Sounds, que “inspirou” Sgt. Pepper's.
- O ambiente dentro da banda na época de gravação de Sgt. Pepper não era dos melhores. Já não mais compunham juntos, apenas mostravam as canções feitas um para o outro no estúdio.
- Muitos acreditam que a capa contém uma mensagem oculta sobre a suposta morte de Paul McCartney, já que na parte inferior deles parece haver uma tumba adornada com flores e um contrabaixo (também feito de flores) e com 3 cordas apenas, o que significaría que faltava um Beatle.
- Foi o primeiro disco que se vendeu com as letras das canções impressas.
- Dois dos maiores sucessos da banda, Strawberry Fields Forever e Penny Lane, estariam em Sgt.Pepper´s, mas foram lançados como um single (compacto).
- O disco recebeu 4 Grammys, entre eles "Álbum do Ano".

1- "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" - 2:02
2- "With a Little Help from My Friends" - 2:44
3- "Lucy in the Sky with Diamonds" - 3:28
4- "Getting Better'" - 2:47
5- "Fixing a Hole" - 2:36
6- "She's Leaving Home" - 3:35
7- "Being for the Benefit of Mr. Kite!" - 2:37
8- "Within You Without You" - 5:05 (George Harrison)
9- "When I'm Sixty-Four" - 2:37
10- "Lovely Rita" - 2:42
11- "Good Morning Good Morning" - 2:41
12- "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise)" - 1:18
13- "A Day in the Life'" - 5:33
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Fontes: Wikipédia / Whiplash


Após uma apresentação inicial para cumprir um acordo com o nome On, mudaram seu nome para Camel e realizaram em 4 de dezembro sua primeira apresentação no Waltham Forest Technical College em Londres.
Em agosto de 1972 a banda assinou com a MCA Records e seu álbum de estréia Camel foi lançado seis meses após.
O quarto álbum Moonmadness foi lançado em 1976, continuando o sucesso dos anteriores, mas foi o último com a então atual formação da banda.


A saída de Bardens ocorreu precisamente na metade do ano de 1978 e no dia 23 de Janeiro de 2002, viria infelizmente a falecer.
Mel Collins (saxofone) reuniu-se com a banda para a turnê seguinte, começando um relacionamento de oito anos com o grupo. Ward estava direcionado para um som mais jazz, o que levou à saída de Ferguson da banda no início de 1977.

Em resumo, Moonmadness é uma obra de arte incomparável e atemporal.
1- "Aristillus" (Latimer) – 1:56
2- "Song Within a Song" (Bardens, Latimer) – 7:14
3- "Chord Change" (Bardens, Latimer) – 6:44
4- "Spirit of the Water" (Bardens) – 2:07
5- "Another Night" (Bardens, Ferguson, Latimer, Ward) – 6:57
6- "Air Born" (Bardens, Latimer) – 5:01
7- "Lunar Sea" (Bardens, Latimer) – 9:10
Bonus Tracks (2002)
8- "Another Night" (Single Version) – 3:22
9- "Spirit of the Water" (Demo) – 2:13
10- "Song Within a Song" (Recorded Live at Hammersmith Odeon) – 7:11
11- "Lunar Sea" (Recorded Live at Hammersmith Odeon) – 9:51
12- "Preparation / Dunkirk" (Recorded Live at Hammersmith Odeon) – 9:32
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Ricardo M. Freire


A primeira formação da banda contava com o baixista e vocalista Geddy Lee (Gary Lee Weinrib), o guitarrista Alex Lifeson (Alex Zivojinovich) e o baterista John Rutsey, companheiros de escola. Esta formação tocava covers de bandas de hard rock como Led Zeppelin e Cream no circuito de clubes de Toronto. O nome Rush foi sugerido pelo irmão do baterista John Rutsey.
Em 1974, logo após a gravação do primeiro álbum auto-intitulado, o baterista John Rutsey abandonou a banda (devido a diferenças musicais e possíveis problemas de saúde), sendo substituído pelo lendário Neil Peart (considerado até hoje um dos melhores, senão o melhor, baterista de rock do mundo).


Em 25 de Setembro de 1982, a banda lançou seu nono álbum intitulado "Signals", que vinha com a proposta de modernizar o som da banda, incluindo samplers, teclados e sintetizadores nos arranjos, deixando um pouco de lado as guitarras e abordando temas futuristas. Signals abriu a terceira fase da banda.


As canções têm letras relacionadas com as fases da vida, em ordem cronológica. A faixa “The Weapon” dá continuidade à série “Fear”.
“Subdivisions” ganhou um vídeo clip, assim como a fantástica “Countdown”, que tem um clima totalmente futurístico e conta com belíssimas imagens da NASA.
"Losing It" contou com a participação especial de Ben Mink, fazendo um belíssimo solo de violino.


Faixas

2- The Analog Kid (4:46)
3- Chemistry (4:56)
4- Digital Man (6:20)
5- The Weapon (Part II of Fear) (6:22)
6- New World Man (3:41)
7- Losing It (4:51)
8- Countdown (5:49)
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Fontes: Whiplash / Wikipédia





"The Battle Of Epping Forest" e "The Cinema Show" são duas fantásticas composições de mais de 11 minutos onde todos brilham.
Um dos discos mais importantes do rock progressivo, obrigatório para os amantes do gênero.

Faixas:

2- "I Know What I Like (In Your Wardrobe)" – 4:07
3- "Firth of Fifth" – 9:35
4- "More Fool Me" – 3:10
5- "The Battle of Epping Forest" – 11:49
6- "After the Ordeal" - 4:13
7- "The Cinema Show" – 11:06
8- "Aisle of Plenty" – 1:32
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Discover 2137923,Firth On Fifth,0,Genesis,0,Selling England By The Pound,2955201_UgT1Yz9r.mp3,0,1,0,0,0!
Fonte: Rock Na Vitrola
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Infelizmente o Ph.D. foi mais uma daquelas bandas que fazem um único hit de sucesso para as rádios FM e que depois desaparecem por completo.
O nome "Ph.D." foi criado a partir da combinação da letra inicial do sobrenome dos integrantes: Simon Phillips (baterista), Tony Hymas (pianista e tecladista) e Jim Diamond (vocalista), sendo que os dois primeiros são ex-integrantes da extinta e espetacular banda Jeff Beck Group.
O excelente álbum mostra a competência de um trio de músicos que chegam a nos fazer esquecer por completo os instrumentos que não estão lá, como a guitarra e o baixo.

Jim Diamond mostra um vocal forte e feroz, com um belíssimo e inconfundível timbre. Hymas faz riffs fantásticos e pegajosos nos teclados e sintetizadores, dignos daquelas propagandas de TV sobre cigarros, cheias de muita ação. Na bateria, Simon Philips, através de viradas espetaculares, dá o suporte perfeito para que toda esta obra se tornasse o grande trabalho que é.

O primeiro álbum do Ph.D. é daqueles que nos faz vibrar logo ao escutarmos pela primeira vez, fazendo-nos dizer "era isso que eu procurava a tanto tempo e não encontrava".

A grande notícia veio no ano passado, sabendo-se que Jim Diamond voltou a se reunir com Tony Hymas em estúdio, após longos 24 anos, para a gravação de um futuro álbum. Se seguir nos moldes do primeiro disco, com absoluta certeza será mais um motivo para uma verdadeira euforia musical de nós, amantes da boa música.
Como é bom descobrir bons sons como este!
Faixas:

2- War Years
3- Oh Maria
4- OO Sha Sha
5- I Won't Let You Down
6- There's No Answer To It
7- Poor City
8- Up Down
9- Hollywood Signs
10- Radio To On
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Por Ricardo 5150


O disco todo fundamenta-se no livro “A Revolução dos Bichos” de George Orwell, mas não limita-se a ele. Apesar de algumas sutis doses de sarcasmo, “Animals” é um trabalho sério, no qual o genial Waters expressa sua fúria contra a sociedade capitalista e os que detém o poder oprimindo injustamente os menos capacitados. Para desenhar esse mundo, o baixista e compositor divide as pessoas em três categorias animalescas, que levam os títulos das faixas dois, três e quatro ("Dogs", "Pigs" e "Sheep").

Waters conceitua “Dogs” como os burgueses que fazem qualquer coisa para subir na vida, e quem sabe um dia tornarem-se “Pigs”. Trechos da música trazem claramente a forma maquiavélica pela qual agem para alcançar seus objetivos sórdidos (“A certain look in the eye, and an easy smile, You have to be trusted, By the people that you lie to, So that when they turn their backs on you ,You'll get the chance to put the knife in…”).

Entretanto, creio não ser essa a melhor visão. Primeiramente, o disco deixa claro que os “Dogs” desejam ardentemente tornar-se “Pigs”, e mostram-se inconformados por sua situação de ascendentes. Além disso, veja-se que na última estrofe de “Sheep”, Waters menciona que os “Dogs” teriam sido exterminados (certamente em função da ameaça que poderiam representar ao reinado dos “Pigs"), e que só teriam sobrado "Pigs" (dominantes) e "Sheep" (dominados).

Por fim, o baixista traz ao público “Sheep”. A referência de ovelhas são para o povo, que sem querer e-ou poder pensar, segue fielmente e sem questionamentos os seus líderes. Waters usa termos como “submisso” e “obediente” para referir-se ao povo oprimido.
No curso da música, Waters faz menção a atos revolucionários para que as ovelhas deixem de ser um rebanho pacífico (“March cheerfully out of obscurity, Into the dream”), mas em seguida frustra as expectativas das ovelhas, alertando-as para a necessidade de submissão aos porcos, caso queiram sobreviver, já que os próprios “Dogs” teriam sido exterminados por causa de sua inquietude.

Em relação a “Pigs on the Wing" (Partes 1 e 2), a primeira e a quinta faixa devem ser avaliadas juntas. Ambas são raríssimas declarações de amor de Waters à sua esposa, Caroline. Roger tenta dizer, em outras palavras, que apenas o amor e a mútua proteção podem protegê-los dos males causados pelos “animais” e pela sociedade como está posta.

“Pigs on the Wing” trazem consigo uma suavidade intensa no dedilhar do violão e na voz levemente esganiçada de Waters, para introduzir (faixa 01) e fechar o disco (faixa 05), como se fossem uma casca, preparando o brilhante recheio.
“Dogs”, apesar dos seus 17 minutos, está muito longe de ser cansativa. Talvez seja a mais “floydiana” das faixas: a harmonia dos solos de Gilmour (ouça a música e diga se ela não vai preparando terreno para os solos), as distorções antes da parte final, a inigualável presença do baixo, os brilhantes questionamentos de Waters ao final...

Animals é o melhor disco do Floyd? Não tenho a pretensão de fazer ninguém acreditar nisso, até por que sei que essa discussão é inútil, e também porque eu mesmo acredito que eles fizeram algo melhor, antes e depois da separação de Waters e Gilmour.

A capa

No primeiro dia, talvez por falta de combustível, o porco metálico não saiu do chão. No segundo dia, uma nova tentativa foi feita e desta vez o porco não apenas voou, como se soltou do cabo que o prendia e passou a flutuar livremente pelo céu. O primeiro a dar sinal da visão insólita foi um piloto de um avião que deu testemunho de sua visão depois de descer no aeroporto de Hearthrow. Foi dado o alarma aos aviadores de que um porco cor-de-rosa, com mais de 40 pés estava flutuando sobre Londres. O contato do radar com o ''bicho'' perdeu-se quando indicava que ele estava voando a 18 mil pés de altura em direção à Alemanha. Finalmente ele desceu à terra, ainda na Inglaterra, em Kent.
Vale ressaltar, que um atirador foi contratado caso o porco se soltasse. No entanto, ocorreu o esperado. O porco soltou-se e o atirador falhou em sua tentativa. Pelo perigo representado a toda a aviação, a banda teve que pagar uma pesada multa ao governo britânico pelo ocorrido.

Faixas

2 - Dogs - 17:08
3 - Pigs (Three Different Ones) - 11:28
4 - Sheep - 10:20
5 - Pigs on the Wing (part 2) - 1:25
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Versão inédita de "Pigs On The Wing"
Confira abaixo uma versão extendida e inédita de "Pigs On The Wing", que inclui um belíssimo solo de guitarra de David Gilmour.
Fontes: Whiplash / Vitrola Gozada / Pink Floyd – A Viagem Psicodélica

Após o tremendo sucesso de seus três primeiros singles “Everybody”, “Burning Up” e “Holiday”, o primeiro álbum da cantora com título homônimo foi lançado em 27 de Julho de 1983, sendo relançado em 1985 com capa diferente como The First Album.
"Everybody", foi produzida pelo próprio Mark Kamins, sendo lançada no mercado no final de 1982, tendo se tornado sucesso imediato nos Estados Unidos. "Holiday" e "Burning Up", esta última produzida por Jellybean Benitez, saíram já na sequência em Junho de 1983.

A canção "Ain't No Big Deal" estava originalmente pretendida para estar entre as faixas do álbum. No entanto, Stephen Bray, um antigo colaborador e namorado de Madonna tinha vendido os direitos autorais da canção para outro selo.
"Ain't No Big Deal" foi substituida por “Holiday”, tendo sido inicialmente oferecida para Mary Wilson (ex-The Supremes), que a recusou. Sorte de Madonna, pois “Holiday”, escrita por Curtis Hudson e Lisa Stevens, alcançou o 16º lugar na Billboard britânica.
Em 1989, o primeiro álbum de Madonna ficou em 50º lugar na lista da Rolling Stone dos 100 maiores álbuns dos anos 80.
Embora tenha parecido um tanto quanto “tolinho” na época, hoje é possível analisarmos este álbum mais precisamente e elevá-lo bem além de algumas críticas recebidas na época. Para se ter uma idéia, Madonna teve sua voz criticada e considerada como “irritante como o inferno”, segundo a revista Rolling Stone.
Apesar disso, o álbum recebeu muitas críticas positivas e chamado ainda de “um irresistível convite à dança”.
O álbum foi relançado em versão remasterisada em 2001 com dois "remixes", como faixas bônus.
Madonna dedicou o álbum ao seu pai, Tony Ciccone.

Álbum – Madonna
Data de Lançamento: 1983
Duração: 36 minutos
Faixas:
1- Lucky Star (5:37)
2- Borderline (5:20)
3- Burning Up (3:45)
4- I Know It (3:47)
5- Holiday (6:10)
6- Think of Me (4:54)
7- Physical Attraction (6:39)
8- Everybody (6:02)
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Por Ricardo 5150