domingo, abril 29, 2007

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

As orcas são na verdade, os maiores golfinhos existentes. Consomem cerca de 160 Kg de peixe por dia, mas a média é de 79 Kg para os machos, 63 Kg para as fêmeas e 16 Kg para os bebês.
Em pleno oceano, as orcas muitas vezes encurralam os cardumes de peixes, obrigando-as a saltar para fora da água.
Fenômeno várias vezes observado pelos investigadores e cientistas.

Ricardo M. Freire

Homens ou animais?

Homens ou animais?

''We may be human, but were still animals''

(''Nós podemos ser homens, mas ainda somos animais'')

Frase dita por DAVID COVERDALE no álbum PASSION AND WARFARE, de STEVE VAI

sexta-feira, abril 27, 2007

Caráter ou reputação

Caráter ou reputação

"As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora... A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira... A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus."

Arnaldo Jabor

quinta-feira, abril 26, 2007

ORKUT: benéfico ou maléfico?

ORKUT: benéfico ou maléfico ?

Um assunto que causa muita polêmica em todos os lugares que vou é sobre o ORKUT. Alguns veneram o ORKUT, outros odeiam. Eu particularmente acho o ORKUT fantástico. Graças à ele, pude reencontrar velhos amigos de infância e da escola, conheci muita gente interessante e o principal, é que através dele posso discutir assuntos dos mais variados e trocar informações sobre tudo que é do meu interesse. Claro que este é o lado bom da coisa, mas tem o seu lado ruim: a pornografia, invasões, fofocas, propagandas, vírus, relacionamentos abalados, etc. Mas o ORKUT não tem culpa disso. O ser humano sempre arruma um jeito de arruinar tudo, usando sempre o que foi criado para nosso benefício e voltá-lo para o mal, ao uso indevido e ou lucrativo.
Mas penso que o ORKUT é algo público, está lá para quem quiser usufruí-lo. Mas ninguém é obrigado à isso, e se lá entrou, então tem que estar consciente que está se expondo. Se não quer se expor, então que não participe.

O orkut tá sendo uma vitrine fantástica pra gente finalmente aprender a ter comportamento construtivo, em relação às coisas que gostamos. De tanto ver guerra de egos e vaidades explodindo pelas discussões virtuais, qual o saldo disso? Espaços vazios, comunidades sem vida.
Sendo apreciadores de um estilo controverso, deveria haver inteligência de nossa parte a fim de criarmos público consistente para dar apoio aos que precisam e necessitam de informações, e dar chance de expor ao conhecimento dos outros o que há de melhor no nosso planeta.
Até as comunidades que contam com milhares de participantes, mal e mal somente uma meia dúzia de gatos pingados trocam mensagens entre si, disponibilizando somente informações, links etc, mas totalmente sem graça e sem cordialidade.
Fóruns e comunidades é pra ter a cara de chat, ser legal de visitar, porém algum imbecilóide convencionou que não é uma atitude virtual ética - e a manada compra a idéia.

Pra mim, frequentar o orkut tem de ser legal como ir num happy-hour! Quem é que vai num só pra se aborrecer?
Agora, a grande verdade é que dos 100% que estão inscritos numa comunidade (seja ela qual for), menos de 10% de fato frequentam, e desses 10%, uns 3 ou 4% tem realmente o que acrescentar aos outros.
Observo que o orkut e outros universos digitais são a perfeita reconstituição do que somos como seres humanos: falhas homéricas de vaidades em contra ponto a lampejos sublimes de humildade e de nobreza de sentimentos. Se Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança; o Homem criou o universo virtual da mesma maneira. Temos a oportunidade de nos melhorar, exaltando o q de melhor nós temos, ou não!

A gente vê nos erros dos outros os nossos também, então vamos dando uma aparadinha nas arestas.
Orkut é um exercício sensacional de convivência, só falta a gente aprender, e talvez o que seja mais perigoso é o excesso de sensibilidade com os comentários dos outros. Nada pode ser tão sério assim, né?

Bem eu gostaria de dizer que, as tecnologias são mecanismos interessantes. Mas ao mesmo tempo que o homem as cria, não sabe como lidar com elas de forma inteligente. A popularização da internet é merecida e deve ocorrer, porém a maioria das pessoas não sabe tirar proveito das informações diposníveis na internet. No orkut a maioria das pessoas desconhece os assuntos em suas comunidades, mas não se empenham em melhorar. Até esse ponto é aceitável, pois cada um faz o que bem entende. Porém há em todas as comunidades, agressões, cometários desnecessários, português assassinado, falta de lógica e clareza de pensamento. Tive problemas em comunidades onde individuos se julgavam superiores e utilizavam o orkut para se auto afirmar.Como eu disse, poucos sabem como utlizar a net de forma equilibrada e produtiva. É de uma pobreza de espírito brutal, e que esse tipo de ocorrência vem surgindo, e sempre surgiu em todas as comunidades. Melhor é saber com quem e o que trocar, e se possivel habilitar as boas pessoas no messenger. Mas orkut é muito legal e há muito o que ser explorado e aprendido. Temos que aprender a explorar, a observar e ser curiosos com relação aos assuntos que nos interessa. E utilizando o orkut para isso o aprendizado se torna mais consistente.

(Textos extraídos de declarações de membros da comunidade GENESIS LIVE FOREVER, do ORKUT)

Ricardo M. freire

TV = LIXO

TV = LIXO

Alguns profetas já nos anunciaram o fim da televisão - ao menos como hoje é. Alegam que a internet, o qual em breve já terá tudo o que as redes televisas apresentam, acabará por tomar todo o espaço de entretenimento, com qualidade e diversidade jamais imaginada (ou possível) para caber em simples televisores. Aliás, sobreviverão os televisores, conectados ao PC. O que acabará, segundo os tais vaticinadores, é a emissora, a escolher programação para o imóvel espectador.
Não sou de profetizar, mas sinto que as previsões têm sido alimentadas sobretudo pela horrível qualidade que as emissoras, cada vez mais dependentes da audiência, apresentam. Vejamos o caso do Brasil. Há alguns anos, esperava-se por um aperfeiçoamento do que era feito. Lembro-me de que havia uma certa esperança do tipo "hoje os programas que assistimos são ruins, mas a mídia é nova e logo saberá o que fazer, melhorando a cada ano". A tal melhora jamais chegou e as emissoras simplesmente definharam, chegando ao lixo que hoje nos espanta. A repetição de fórmulas, a permanência de certas manhãs e caras, a aposta na mesmice pouco educativa e mais um sem-fim de erros fazem da televisão, hoje, uma caixa estúpida e desanimada.
Há alguém que veja com respeito o que é feito pelo SBT? O que me espanta é que a tal rede não tenha ainda ido à bancarrota, por tantos e tantos desserviços à cultura deste país. E a Record? E a Rede TV, cuja programação chega a ser surreal (de tão cretina)? Alguém vê com respeito? Alguém ainda encontra esperança de que as emissoras sirvam para alguma coisa? A própria rede Globo, a qual se salva por apostar ainda em meia dúzia de programas razoáveis, talvez seja a que mais colaborou para a imbecilidade vigente neste país, investindo em novelas e séries que proliferam o vazio, num déjà vu interminável e cansativo.
Enquanto isso, não distante, a internet vem sendo feita por praticamente todos os internautas, com blogs, sítios de vídeos e compartilhamento de tudo o que é possível ser compartilhado. Assim, fica bem fácil vaticinar e decretar o fim da televisão. Não creio que fora do Brasil a coisa seja muito diferente. Ainda há quem se divirta com os seriados americanos - coisas do tipo Lost, que eu confesso achar tão empolgante quanto as "novelas da sete" feitas neste canto do mundo. Muda-se a língua, mantem-se o vazio.
E enquanto houver Big Brother, programas de auditório com apresentadores nitidamente cínicos e novelas com atores que jamais souberam o que é atuar, a coisa vai ladeira abaixo - e tão logo encontrará o seu tão miserável fim. Conforme o que se vê pelas emissoras da televisão paga, as únicas que nos importam, são aquelas de programação esportiva, filmes ou desenhos animados as quais parecem, creio eu, respeitar a inteligência alheia. Há ainda bom interesse - Canal Brasil, Sport TV, Espn Brasil e Telecine Cult são exemplos de que ainda é possível se fazer "televisão" inteligente.
Para o bem do pais, juntemos Cultura, SBT, Globo, Record, Rede TV, Gazeta e Band num único canal. E ainda assim seria difícil chegarmos a uma única emissora que merecesse algum crédito. Que as profecias logo se concretizem. Ou que logo a revolução chegue aos canais de nossa tão pobre televisão aberta.

(Texto de Gérri Rodrian)


Obs.: Como comentário final, gostaria de deixar bem claro o quanto é bom eu saber que não estou sozinho nesse nosso mundinho tosco. Taí o texto de Gérri Rodrian, amigo de minha também amiga Viviane Ponstinnicoff, provando o que sempre falei sobre a nossa pobre televisão brasileira. Obrigado Gérri Rodrian por fazer com que eu não me sinta um extraterrestre, o Brasil precisa de gente assim como você!

Ricardo M. Freire

quarta-feira, abril 25, 2007

Eu tento...

Eu tento...

Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
E eu tento perdoá-las, assim mesmo.

Se sou gentil, as pessoas podem acusar-me de egoísta, interesseiro.
Tento ser gentil, assim mesmo.

Se sou um vencedor, poderei ter alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros.
Tento vencer, assim mesmo.

Se sou honesto e franco, as pessoas podem enganar-me.
Tento ser honesto e franco, assim mesmo.

Se tenho paz e sou feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Tento ser feliz, assim mesmo.

O bem que faço hoje, pode ser esquecido amanhã.
Tento fazer o bem, assim mesmo.

Dou ao mundo o melhor de si, mas isso pode nunca ser o bastante.
Tento dar o melhor de si, assim mesmo.

Mas agora sei o que quero e o que faço, afinal de contas, tudo fica entre mim e Deus mesmo...


Ricardo M. Freire

Saudades do humor de HENFIL

Saudades do humor de HENFIL

É importante ressaltar o papel exercido por Henfil na história dos quadrinhos brasileiros: na renovação do desenho humorístico nacional (sua marca registrada); na criação de personagens típicos brasileiros e que retratavam a situação nacional da época, como "Os fradinhos", o "Capitão Zeferino", a "Graúna", e "Bode Orelana", entre outros - fazendo um quadrinho da descolonização, em uma época que isto era exceção, já que os quadrinhos nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos norte-americanos pelo mundo inteiro; por seu combativo e alegórico humor gráfico brasileiro, fazendo da crítica uma arma de resistência e combate ao sistema político do país.

O cartunista destacou-se pela sua participação na política do país, devido ao seu engajamento na resistência contra a ditadura, pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já. Atuou, ainda, em teatro, cinema, televisão e literatura.
Henrique de Souza Filho, Henfil , nasceu a 05 de fevereiro de 1944, em Riberão das Neves (MG) e faleceu a 4 de janeiro de 1988 no Rio de Janeiro, aos 43 anos. Era hemofílico e contraiu Aids através de uma transfusão de sangue.

Obs.: Mais um que a ''Dona Aids'' levou embora. Henfil é um exemplo a ser seguido, usou toda a sua genialidade e talento em prol do povo brasileiro.

Ricardo M. Freire

Dando o ar da graça...

Dando o ar da graça...

Finalmente ele apareceu!
EDDIE VAN HALEN foi o convidado especial na corrida de NASCAR Subway Fresh Fit 500, que aconteceu em Phoenix neste final de semana. Foi a primeira aparição pública desde sua internação em uma clínica de reabilitação no mês passado.
EDDIE VAN HALEN foi um oficial honorário nas atividades ligadas à corrida, assumiu funções como a de dar a luz verde na apresentação dos corredores. Na sexta-feira, ele também lançou no local uma edição especial da guitarra Fender Stratocaster, a sua famosa FRANKENSTRAT.

Só pra relembrar, o guitarrista anunciou sua internação em março, uma semana antes da introdução do Van Halen no Hall da Fama do Rock. Ele não compareceu à cerimônia, que contou apenas com as presenças de Sammy Hagar e Michael Anthony.
Estava sendo planejada uma turnê norte-americana do Van Halen - agora formado pelo guitarrista EDDIE, pelo baterista ALEX (seu irmão) e pelo baixista WOLFGANG (seu filho) - com o vocalista DAVID LEE ROTH. Os shows não chegaram a ser marcados.


Obs.: Fiquei feliz com a aparência do meu grande ídolo EDDIE VAN HALEN. Minha anciedade para vê-lo tocar ao lado do primeiro vocalista DAVID LEE ROTH novamente é indescritível, mesmo sabendo que já não será mesmo como antes, afinal de contas, ambos já passam dos 50 aninhos de idade. (Aí também já é pedir demais, né?)
Agora, cá entre nós, o ''novo visual'' (?) não é nenhuma novidade pra mim, alguém se lembra da turnê do BALANCE em meados de 1995 e 1996?
Eddie na turnê de 1995/1996 (à esq) e agora em 2007, na Nascar (à dir)


Ricardo M. Freire

terça-feira, abril 24, 2007

Desabafo e desculpas

Desabafo e desculpas

Tem hora que me sinto um verdadeiro ''extraterrestre'', ou um estranho no ninho.
Acontece sempre quando saio. Eu fico observando o comportamento das pessoas, fico analisando, filosofando.
Talvez o problema seja comigo, não sei ao certo. Como se eu estivesse num patamar diferente das outras pessoas, sendo que pouquíssimos conseguissem me entender.
Eu não me julgo melhor, nem mais inteligente do que ninguém. Hoje eu me sinto só, em termos de idéias, conceitos, visões e objetivos.
A ignorância, a futilidade e a pobreza de espírito das pessoas me tornam indignado cada vez mais. É como se eu ficasse furioso de ver as pessoas totalmente cegas à realidade, se comportando como míseras marionetes, cedendo a tudo o que a sociedade lhes impõe. E eu fico aqui, cheio de idéias, tentando fazer alguma coisa, desesperado para ao menos tentar mostrar para as pessoas que podemos mudar isso tudo. Mas a distância que me separa das demais pessoas é muito grande, de uma tal forma a me sentir impotente em relação a isso, então eu simplesmente abaixo a cabeça, faço um gesto de ''não'' e fico inconformado.
Mesmo assim eu faço a minha parte e continuo essa minha luta.
Uma luta que vem desde a época de escola, desde que me sentia o esquisito, o rebelde. Não sei a causa disso, o fato é que me sinto diferente das outras pessoas desde essa época da escola. Eu não fazia questão nenhuma de andar com os mauricinhos e patricinhas, eu não fazia questão nenhuma de seguir moda. Moda que se fazia na época por roupas, brinquedos, gírias, corte de cabelo, etc. Sempre fui eu, não me importava o preço disso, não me importava o modo como eu era visto.
Ainda me lembro do dia em que me recusei a cantar uma música da MADONNA na aula de inglês, simplesmente me retirei da sala de aula.
Outro exemplo, foi no meu último emprego. Eu ficava indignado ao ver a lavagem cerebral à que nos submetiam. As pessoas eram meras marionetes ou pareciam aquelas ovelhas no pasto que seguiam fielmente seu pastor.
Hoje essa luta tornou-se mais forte, bem mais forte. É como se eu tivesse tentado me adaptar ao mundinho dessas pessoas tempos atrás mas que agora me caiu a ficha. Resumidamente falando, tentei me adaptar ao simples cotidiano das pessoas, mas que ao meu modo de ver, me fez chegar num limite, me obrigando a dar um basta. É como se eu estivesse tentando me enganar. Como se eu estivesse me fazendo passar por cego.
Agora sinto que acordei e que tenho que aceitar ser diferente, mas que preciso fazer algo, mesmo que não consiga atingir o objetivo, mas que ao menos quando partir dessa pra uma melhor, possa ir de cabeça erguida e dizer: ''eu fiz minha parte''. E que ao menos um mínimo de pessoas reconheçam este meu esforço.
Difícil lidar com essa situação, tento administrar. Às vezes, em certas situações ou lugares, eu faço vista grossa ou simplesmente finjo não ter visto algo de errado.
Esse meu jeito não é simplesmente ser radical, não consigo controlar isso, como disse, tento administrar. É algo natural que acontece de forma involuntária. Remédio bom pra isso é não estar em lugares com grande quantidade de pessoas. Eu sempre arrumo um cantinho em que eu possa sentir paz, ou algum lugar onde existam um mínimo de pessoas que me compreendam pelo menos um pouco. Mas quando isso é inevitável, então me isolo e fico somente observando e analisando.
Em determinadas situações que me irritam completamente, eu às vezes tento disfarçar e até que suportar, mas quando algo se torna intolerável, eu simplesmente me retiro.
Só espero que as pessoas que estejam lendo este tópico agora, me compreendam um pouco mais, e saibam relevar algumas de minhas atitudes, declarações, depoimentos e pontos de vista.


Deixo aqui o meu sincero desabafo e minhas desculpas...


Ricardo M. Freire

A viagem sem volta de SYD BARRETT

A viagem sem volta de SYD BARRETT

Nunca um assunto me fascinou tanto como a vida e a obra de SYD BARRETT. Para os leigos presentes, SYD BARRETT foi o fundador do PINK FLOYD e seu principal compositor. Mesmo com sua saída em 1968, SYD passou a ser a maior inspiração e referência para todos os outros trabalhos do PINK FLOYD que vieram a seguir.
Após muita pesquisa, agora está bem claro o porquê da importância deste que foi um dos maiores mitos da música de todos os tempos, e talvez o maior criador de lendas da história musical. Saiba agora, o que foi verdade e mentira, a história real de SYD BARRETT.


A história, a vida e a obra

Roger Keith Barrett (6 de Janeiro de 1946 - 7 de Julho de 2006), nascido em Cambridge, Inglaterra, conhecido por Syd Barrett, foi um dos membros fundadores, em 1960, do grupo de rock progressivo Pink Floyd e com quem gravou apenas um disco.
O ano de 1946 pariu uma das figuras mais legendárias da história do rock. Uma persona genial, que existiu no cenário da música como uma estrela cadente. Sua vida foi envolta por mistério e muitos boatos criados pela mídia, mas ele viveu para se tornar uma lenda de sua época.

A infância de Syd não foi das mais felizes, a morte de seu pai lhe causou grande impacto e sua mãe, extremamente protetora, preferia que o filho passasse seu tempo dentro do quarto. Ele mesmo declarou que não entendia porque diziam que a infância era a melhor época da vida. Mas esse período foi muito importante na vida de Syd; era em seu quarto que ele devorava histórias em quadrinhos, livros de contos de fadas e ficção científica, assuntos que seriam recorrentes em suas composições.

Mas ao contrário do que se possa pensar, Syd foi um adolescente normal, cercado por amigos que o viam como uma pessoa instigante e criativa, que pretendia ser artista plástico. "Ele era um exemplo para nós", revelaria seu amigo de infância e companheiro no Pink Floyd, Roger Waters.
O primeiro tipo de música pela qual Syd se interessou foi o jazz, mas com a chegada dos Beatles e dos Stones às paradas de sucesso, ele logo tomaria gosto pelo r&b e rock ‘n’ roll norte-americanos e decidiria aprender a tocar guitarra. Mas na verdade seu primeiro instrumento foi o banjo, com o qual ele tocou numa bandinha por algum tempo.
Em 1965 ele forma o Pink Floyd com os amigos Roger Waters, Rick Wright e Nick Mason. Nessa época, ele que já era apreciador da Cannabis Saativa, toma contato com o LSD, a droga que mudaria sua vida para sempre e que foi responsável por sua ruína pessoal. O LSD despertou a loucura latente de Syd, mas foi também responsável pelo aflorar da sua genial criatividade. Conta-se que num período de aproximadamente 18 meses, Syd compôs praticamente todo o repertório do primeiro disco do Floyd e de seus discos solo.

Aliás, os shows do Pink Floyd estavam ficando famosos no underground londrino por serem um espetáculo de anarquia sonora (improvisações instrumentais, volume sempre no máximo, letras inaudíveis) e psicodelia visual, devido a projeções de filmes e slides abstratos. A banda havia conseguido o ódio e críticas negativas de boa parte da mídia e do público. Algumas vezes, os donos das casas de shows perguntavam: "por que vocês não fazem um som mais decente?" De qualquer forma, eles conseguiram vários fãs e groupies (que se jogavam em cima de Syd, principalmente) e um contrato para gravar alguns compactos.

No ano de 1967, a banda alcançaria algum sucesso nas paradas com dois singles de sublime beleza pop e estranheza lírica, "See Emily Play" e "Arnold Lane" (que conta a história de um homem com o estranho hábito de se [tra]vestir de mulher). Syd já demonstrava que não tinha mais estabilidade mental para prosseguir com a banda, pois faltava freqüentemente aos shows e compromissos e muitas vezes subia no palco doidão. Certa vez, encheu a cabeleira de pancas, que iam se derretendo com o calor gerado pela iluminação do local e escorriam pelo seu rosto durante a apresentação.
Mesmo assim o primeiro álbum do Pink Floyd foi gravado naquele mesmo ano. "The Piper at the Gates of Dawn". Foi registrado nos estúdios Abbey Road durante três meses, na mesma época em que os Beatles estavam fazendo outro clássico psicodélico, "Sgt. Pepper`s Lonely Hearts Club Band", logo na sala de gravação ao lado.
O disco na época não teve boa aceitação do público e fracassou nas paradas de sucesso. Mas a verdade é que o álbum é uma das maiores obras musicais já feitas, referência para dezenas de bandas e objeto de culto. Ouvir "The Piper at the Gates of Dawn" é entrar na mente insana de Syd Barrett e fazer viagens espaciais ("Astronomy Domine", "Interstellar Overdrive"), visitas a infância ("Matilda Mother", "The Gnome"), tudo numa fórmula que nem o Pink Floyd hoje em dia sabe como conseguiu, um petardo proto-punk-psicodélico com todos as cores, LSD para os ouvidos (?).

O ano seguinte foi determinante, tanto para Syd quanto para sua banda. Syd estava cada vez mais irresponsável, morava num flat e misturava LSD no café que bebia todas as manhãs, chegando ao ponto de dar a droga para um de seus gatos (que se chamavam Pink e Floyd). Era uma pessoa diferente, tinha um olhar vago, distante, era como se sua mente estivesse em outro planeta. Alguns médicos o consideraram um esquizofrênico incurável. E ele ainda continuava a furar os compromissos e muitas vezes subia ao palco como se fosse um zumbi, ficava ali paradão e não tocava nada.
Embora a sua actividade na música pop tenha sido reduzida, a sua influência nos músicos dos anos 60 (e das gerações seguintes) especialmente nos Pink Floyd, foi profunda.
À medida que a popularidade dos Floyd aumentava, assim como o consumo de drogas psicotrópicas por parte de Syd (especialmente LSD), a sua apresentação nos concertos tornava-se mais e mais imprevisível e o seu comportamento geral um estorvo para o sucesso da banda. Os problemas vieram ao de cima durante a primeira digressão do grupo pelos Estados Unidos no fim de 1967, Syd começou a ficar extremamente difícil e cada vez mais ausente; tendo essa ausência e o seu estranho comportamento começado a causar problemas ao grupo.
Para tentar melhorar a situação da banda, um amigo de infância de Syd e Roger Waters foi chamado para ajudar tocando guitarra na banda, desta forma Syd apenas cantaria. O guitarrista era o talentoso David Gilmour, que já almejava entrar na banda há algum tempo. A idéia infelizmente não deu muito certo, mas a banda ainda tentou ter Syd como uma espécie de Brian Wilson (o também surtado membro dos Beach Boys), uma figura que comporia as músicas, mas não subiria ao palco. Mas Syd já não conseguia passar suas idéias para os companheiros e o Pink Floyd com cinco componentes não durou muito mais que um mês.

A intenção original era de que Barrett continuasse a contribuir para a escrita e gravação, e como ele era o principal compositor, havia a esperança que ele desempenhasse um papel semelhante ao do líder dos Beach Boys, Brian Wilson, que apesar de ter deixado de actuar ao vivo, tinha continuado a compor para o grupo. Mas Syd cada vez contribuía menos e o seu comportamento era cada vez mais errático, de tal forma que os outros membros do grupo deixaram de convidá-lo para os concertos e sessões de gravação.
Então de forma sutil, após ter gravado algumas partes do segundo álbum dos Pink Floyd, A Saucerful Of Secrets em 1968 - incluindo Jugband Blues, que faz referências óbvias à sua crescente indiferença em relação à banda, Syd foi afastado da banda, seus amigos simplesmente não passavam mais em sua casa para levá-lo aos ensaios. A saída do Floyd foi um baque grande para Syd, que aparecia nos shows de sua ex-banda na frente do palco, só para ficar encarando David Gilmour e lhe dizer: "esta é a minha banda!" Mas os dois não chegaram a trocar desafetos, tanto que em 1970, Gilmour produziria o primeiro disco solo de Barrett, "The Madcap Laughs".

Foi Gilmour quem ensinou Barrett a tocar guitarra e mesmo que ao seu estilo faltasse o experimentalismo atrevido pelo qual Syd era conhecido, era considerado um vocalista e compositor talentoso e um guitarrista dotado. Após o Pink Floyd ter lançado dois discos, a banda acabava de perder o gênio carismático, o letrista, a força-motriz que os fundou como banda e os fez despontar como uma dos mais promissores conjuntos de Rock Progressivo Espacial/Psicodélico. O baixista Roger Waters, então, começava a tomar a liderança do grupo.
Syd Barrett que tinha ficado algum tempo longe dos olhos do público, volta em 1970 com seu primeiro disco solo. “The Madcap Laughs” ou “A Gargalhada do Capitão” foi gravado em duas sessões distintas, e foram utilizadas diversas musicas da fase mais criativa do gênio de 1966 até meados de 67. Porém, acredita-se que outras músicas novas foram adicionadas ao disco. Malcolm Jones e Peter Jenner (empresarios do Floyd) gravaram a primeira sessão do disco em 1968 e David Gilmour com Roger Waters ajudaram Syd a finalizar as gravações em 1969.
O disco é uma viagem ao estado mental que Syd se encontrava, musicas como “Dark Globe” é uma clara evidência de esquizofrenia. O disco possui momentos ótimos, menos perturbadores, onde se vê os lampejos da genialidade de Syd, como por exemplo na faixa de abertura do disco: “Terrapin”.

O segundo disco solo do guitarrista veio no mesmo ano, com a capa cheia de insetos desenhada por Syd, o disco era intitulado simplesmente de “Barrett” e foi o que seria o último respiro em estúdio do diamante louco. “Barrett” foi gravado em várias sessões entre Fevereiro e Julho de 1970, e possui musicas mais polidas, mas não menos afetadas. Como no outro disco, Gilmour o produziu e confessa que há grandes momentos no disco: “Dominoes é um caso à parte. Eu gravei a bateria, e Syd colocou o solo de guitarra gravado ao contrário. O efeito ficou único! É uma bela música” Diz Gilmour. Além de produzi-lo, Gilmour tocou baixo no disco. Richard Wright tocou teclados e o batera do Humble Pie, Jerry Shirley colaborou também. Em “Barrett” estão as músicas mais emotivas de Syd, “Dominoes”, “Baby Lemonade” e “Gigolo Aunt” estão entre as melhores do guitarrista e compositor.
O primeiro álbum apresenta fortes indícios do frágil estado de espiríto de Syd, com faixas como "Dark globe" a mostrarem claramente que, apesar de ele ter bom material para trabalhar, era práticamente incapaz de participar em algumas sessões. Cheio de pesadas e melancólicas baladas, encontrava um Syd Barrett um pouco fora de forma, mas continha boas composições como "No man´s land", "It´s no good trying", "Long Gone" e a triste "Dark Globes". Mas alguns meses depois, no mesmo ano, ele teria uma última chance de mostrar que ainda era capaz de produzir boas canções. O segundo álbum mostra um maior esforço em conseguir um acabamento mais polido. Em ambos os álbuns Syd trabalhou com o empresário dos Floyd, Peter Jenner, com Waters, Gilmour e com membros dos Soft Machine. Syd contribuiu também para a gravação do LP "Joy of a toy" de Kevin Ayers, embora a faixa em que ele tocou guitarra, "Religious Experience (singing a song in the morning)" não fosse comercializada até 2003. Com o lançamento de "Barrett", um semi-clássico, que precede em décadas a estética rock/folk-lo-fi (que ficaria famosa nos anos 90), recheado de baladas com letras obscuras e canções que lembravam seu antigo trabalho com o Pink Floyd, como "Gigolo Aunt", "Baby Lamonade" e "Wined and Dined", além de sua inconfundível e esganiçada voz. Em 1971, Syd fez alguns conturbados shows para promover seu álbum e logo depois largou de vez a música. Ele nunca mais entraria num estúdio para gravar discos novamente. Ele somente entraria numa sala de gravação outra vez para visitar seus ex-companheiros do Floyd durante a gravação da música "Wish you were here", do álbum homônimo da banda de 1975. Depois disso, muito foi especulado em relação ao lançamento de novos discos de Syd, mas a verdade é que apenas em 1988 saiu "Opel", um disco com algumas canções que não tinham sido lançadas anteriormente e versões para outras já lançadas em seus discos solos. Este disco também não teve muita repercussão.
Quando voltou para Cambridge para viver com sua mãe, ainda na década de 70, Syd foi levado para um clínica psiquiátrica, onde passou alguns anos.

O ano de 1969 não foi muito eficiente nem para o Floyd, nem para Syd Barrett. O Pink Floyd lançou dois discos em 69, um deles trilha sonora para um filme francês de Barbet Schroeder, o filme “More”, o outro disco habita até hoje as profundezas do psicodelico instrumental. O disco “Ummagumma” é duplo, contendo num dos discos , musicas compostas separadamente por cada integrante, e é clara e nítida a influência de Barrett neste disco. A banda procurava seu próprio caminho.
Piscodelia do início ao fim, o disco não vingou e a banda naturalmente encontrou o caminho do Rock progressivo, com Atom Heart Mother, o primeiro disco de rock progressivo com orquestra.
Em 1970, ainda, Syd apareceu ao vivo no programa de John Peel, tocando 4 musicas, com Gilmour no Baixo e Shirley na bateria. Existem alguns bootlegs com esta gravação. Ainda este ano, em Junho, ele tocou no Olympia Exhibition Hall, Londres que fez parte do “Music and Fashion Festival”. Syd tocou 5 musicas com Gilmour e Shirley novamente. Sua voz estava terrível, mal se ouvia, no meio de “Gigolô Aunt”, ele tirou a guitarra, encostou no chão e saiu do palco sem falar nada. Foi uma cena terrível, uma verdadeira crise em cima do palco. Em 1971 ele toca para a BBC “Sound of Seventies” 3 faixas de sua carreira solo - gravação também documentada em alguns bootlegs.

Em 1972, Syd tenta retornar aos palcos, e forma a banda “Stars” com o batera e baixo do Pink Fairies, Twink e Jack Monck respectivamente. Eles tocaram uma vez, no mesmo ano na Bolsa de Comércio de Londres, um espaço pequeno, rústico, que mal cabiam 300 pessoas, mas o evento foi anunciado em jornais locais e até em TV. Era a volta do Syd! Infelizmente o show foi terrível, e o espetáculo da volta de Syd, desandou. Uma fita com a gravação do show foi encontrada recentemente (2005), mas ainda não viu a luz do dia.
Dois anos depois, 1974, Peter Jenner, ex empresário do Floyd convenceu Syd a gravar mais um disco solo. Disco este que nunca fora lançado. As músicas não ficaram boas, e a idéia foi abortada. Syd Barrett sumiu do mapa. As gravações de 1974 são consideradas bem raras, mas existem registros numa coletânea feita por fãs de Syd chamada “Have You Got it Yet?”.
Após fracassadas tentativas de gravar um novo disco, em 1974, Syd ficou recluso e cada vez mais louco. Ele sumiu do mapa e à essas alturas o Pink Floyd era uma das bandas mais conhecidas do planeta e estava em estúdio gravando o próximo disco, que é uma homenagem à Syd Barrett: “Wish You Were Here”. Curiosamente, em meio à gravação de “Shine On You Crazy Diamond”, apareceu um cara careca, sem sombrancelha, pesando uns 110Kg e com uma escova de dentes na mão, imitando uma guitarra. Era Syd. A banda demorou para reconhecê-lo, e num momento muito chocante, todos ficaram embasbacados com a cena. Era Syd, ex-companheiro de banda, de juventude de várias histórias, estava ali, completamente mudado, a única coisa que se reconhecia eram os olhos: “Now there’s a Look in Your Eyes, Like Black Holes in the Sky” foi precisamente descrito por Roger Waters. “Carma? Destino? Ninguém sabe, mas que foi extremamente esquisito foi” Disse Rick Wright. Depois de 4 anos sem contato algum, Syd apareceu nos estúdios, exatamente na gravação de Shine On You Crazy Diamond.
Desde 1975, ninguém da banda o via. Ele ficou morando com a mãe em Cambridge, e não poderia ter contato algum com os integrantes antigos, por recomendação médica. Gostava de pintar e cuidar do jardim de sua casa. Costumava visitar algumas lojas com sua bicicleta e mais nada. Fãs do mundo inteiro ficavam horas sentados na calçada , para ter a chance de poder ver o gênio fundador do Rock Progressivo aparecer uma vez que fosse. Mas ele saía muito pouco. Estava mais gordo , careca, e mais uma vez, era reconhecido apenas pelos olhos.
Barrett foi morar com sua mãe, em Cambridge, até a morte dela, em 1991. Dizem que ele também era um excelente jardineiro. Depois, ficou sempre aos cuidados de sua irmã, Rosemary Barrett, que inclusive enviou uma carta ao Pink Floyd dizendo que seu irmão teria gostado muito do documentário da BBC feito contando sua história, mas achou “muito barulhento”. “Ele gostou de ouvir “See Emily Play”, disse sua irmã.
Em 1988 a EMI editou "Opel", um álbum de material não editado de Barrett gravado em 1970. A EMI editou também "The best of Syd Barrett - Wouldn't you miss me?" no Reino Unido em 16 de Abril e em 11 de Setembro do mesmo ano nos EUA.

Aos 56 anos, vivia sozinho na casa que era de sua falecida mãe, gostava de pintar telas e assistir tv, e de vez em quando ler um livro. Era avesso a multidões e não era um homem de muitas palavras, apesar de falar sozinho num dialeto que só ele entendia. Não tocava mais música e não gostava de pensar no passado, por isso os eventuais fãs que tentavam visitá-lo, levavam a porta na cara, mesmo assim alguns ainda eram educadamente convidados para entrar; dependia do humor do tio Syd. Devido ao tamanho culto que a figura de Syd Barrett causa, recentemente foi lançado o disco "Wouldn´t you miss me?", coletânea com as faixas mais significativas dos seus discos solo.
Roger Kieth Barrett teve uma história triste, mas a obra de Syd Barrett é de inestimável valor e continuará a fascinar gerações. Como canta Júpiter Maçã (um admirador confesso de Syd), um lugar do caralho tem que ter pessoas que curtam Syd Barrett e os Beatles!...
Dia 7 de Julho desse ano, Sexta-Feira , Syd Barrett faleceu, especula-se que devido à complicações causadas pela sua diabete, enfermidade da qual sofria há anos, embora o jornal inglês The Guardian diga que a causa foi cancro. Apesar de seu funeral ter sido aguardado por inúmeros fãs, somente a família esteve presente na cerimónia.
O funeral de Roger Keith “Syd” Barrett foi realizado no dia 17 de julho numa pacífica e privada cerimônia para a família no Cambridge Crematorium.
O membro fundador do PINK FLOYD, que escreveu a maioria das suas primeiras músicas e letras, morreu na sexta-feira, 7 de julho, e a notícia de sua morte atingiu seus amigos e fãs pelo mundo inteiro. O jornal Cambridge Evening News noticiou que na cerimônia uma dúzia de membros da sua família se juntaram com seus amigos mais próximos.
Nenhum integrante do PINK FLOYD estava presente na ocasião. Entre os mais variados tributos estavam buquês de flores de seus vizinhos e amigos da área em que vivia. Um homem popular, ele divertia as crianças locais com seu incrível senso de diversão e brincadeiras, revelou sua irmã Rosemary numa entrevista na semana passada para o The Sunday Times.
Aos 60 anos, ele deixou os fãs do Pink Floyd semi-órfãos. Todos sabem da grande importancia que ele teve não só para o Pink Floyd, mas para o movimento psicodélico musical do final dos anos 60. Ele contrariava o estilo comportado das bandinhas anos 60, ele fazia o som mais piscodélico e viajante da Inglaterra. Syd Barrett inspirou o Pink Floyd a fazer várias musicas em sua homenagem ao decorrer dos anos, e várias músicas de sua autoria eram inseridas nos shows, uma forma de compensação para o legado que o gênio deixou.


Histórias de suas loucuras

Contam-se muitas histórias sobre o comportamento bizarro e imprevisível de Syd, algumas delas sem dúvida falsas, mas outras sabe-se que foram verdade. Numa ocasião famosa, no programa de televisão de Pat Boone, recusou-se a fingir que actuava, ficando parado, braços caídos ao longo do corpo e olhando fixamente para a câmara.
Em outro incidente bem conhecido, diz-se que antes de entrar em palco Syd teria esmagado uma caixa inteira de tranquilizantes Mandrax, misturando-os com uma grande quantidade creme para o cabelo Brylcreem, depois pôs a mistura sobre a cabeça e colocou-se por debaixo dos projectores de palco; a mistura viscosa derreteu e começou a escorrer pela sua cara dando a aparência desta se estar a derreter.
Outra história diz que Syd apareceu no estúdio apresentando aos colegas uma música nova chamada Have You Got It Yet. Conforme ele ia ensinando a canção ao grupo tornou-se óbvio que ele mudava os acordes cada vez que a tocava, tornando impossível a sua aprendizagem.

O álbum de 1975 "Wish you were here "foi um tributo a Syd Barrett (que diz-se ter aparecido de surpresa numa sessão de gravação, afirmando estar pronto para trabalhar outra vez); a faixa "Shine on you crazy diamond", que abre e fecha o álbum, fala sobre Syd Barrett, conforme é reconhecido por alguns membros dos Pink Floyd. A música composta pensando em Syd Barrett, que quase não foi reconhecido pelos antigos amigos que não o viam há anos e também dado ao fato de Syd ter raspado a cabeça, as sombrancelhas e de ter engordado muito, pois desde que tinha abandonado a música não fazia muita coisa - dizem que mal saía da cama! ''Foi horrível, ele estava lá num canto, parado, com uma escova de dentes na mão. De súbito ele disse estar pronto para a gravação, começou a fazer gestos como se estivesse tocando guitarra (com a escova) e começou a gritar. Ficamos assustados e sem reação, quando disseram que aquele era o Syd, começamos a chorar'', lembra Richard Wright.
Conta a lenda também que Syd teria sido cogitado para produzir o disco de estréia dos Sex Pistols.
Houve algumas sessões para um terceiro álbum que foram abortadas e que segundo se consta terminaram após Syd ter atacado um empregado do estúdio que lhe apresentou umas letras escritas a vermelho, e que Syd presumindo que se tratava de contas para pagar lhe teria mordido a mão. Syd passou muitos dos anos seguintes a pintar, e as poucas telas que ele deu ou vendeu são hoje muito valiosas. Syd continuou a pintar e muitas vezes a ouvir música, estando entre os seus favoritos os Rolling Stones, Booker T. & The MGs e compositores clássicos, não tendo dado nenhuma atenção a uma compilação dos Pink Floyd que lhe foi oferecida.

Discografia

The Piper At The Gates Of Dawn (1967) - com o PINK FLOYD

A Saucerful Of Secrets (1968) - com o PINK FLOYD (participação apenas na música ''Jugband Blues'')

The Madcap Laughs (1970)

Barrett (1971)

The Peel Sessions (1988) - com material gravado no programa de John Peel, em 1970

Opel (1988) - com material inédito gravado nos estúdios da EMI, em 1970

The Best Of Syd Barrett: Wouldn't You Miss Me? (200) - compilação


(Informações extraídas de Lucas Scarascia e Wikipédia, a enciclopédia livre e gratuita)

Seja onde quer que Syd Barrett esteja, ele continuará a brilhar, e influenciar muitas bandas.
''Shine on, crazy diamond'' (continue a brilhar, diamante louco)!



Adaptado por Ricardo M. Freire








"Vegetable Man"

In yellow shoes I get the blues
Though I walk the streets with my plastic feet
With my blue velvet trousers, make me feel pink
There's a kind of stink about blue velvet trousers
In my paisley shirt I look a jerk
And my turquoise waistcoat is quite out of sight
But oh oh my haircut looks so bad
Vegetable man how are you?

So I've changed my dear, and I find my knees,
And I covered them up with the latest cut,
And my pants and socks all point in a box,
They don't make long of my nylon socks,
The watch, black watch
My watch with a black face
And a big pin, a little hole,
And all the lot is what I got,
It's what I wear, it's what you see,
It must be me, it's what I am,
Vegetable man.

I've been looking all over the place for a place for me,
But it ain't anywhere, it just ain't anywhere.
Vegetable man, vegetable man,
He's the kind of person, you just gonna see him if you can,
Vegetable man.

''Vegetable Man'' - Homem Vegetal (Tradução)

Em sapatos amarelos
Eu pego o blues
Então ando pela rua com meus pés de plástico
Calças azuis violeta me fazem sentir rosa.
Há um tipo de fedor nas calças azuis violeta
Em minha camiseta com estampado colorido
Olho um idiota
e meu casaco de turquesa está bem escondido.
Mas oh oh meu corte de cabelo está horrível
Homem vegetal! Onde está você?

Então eu mudo minha direção
e detono meus joelhos
e eu os cubro com as mais recentes feridas
Minhas ceroulas e meias estão todas numa caixa
E levo algum tempo para encontrar velhas meias remendadas
O relógio
negro relógio
meu relógio
com uma face negra
e um namoro num pequeno buraco

e toda a sorte
é o que tenho
é o que visto
É o que vejo
deve ser eu
é o que sou
Homem vegetal! Onde está você?

Ah, ah ah ah, ah ah ah
Hah, ah ah ah, ah ah ah - oh!
tenho examinado todo o local
para encontrar um lugar para mim
Mas não existe em lugar algum
Realmente não existe em lugar nenhum

Homem vegetal! Homem vegetal!
Homem vegetal! Homem vegetal!
Homem vegetal! Homem vegetal!

Ele é o tipo de companheiro que você tem que ver se puder!
Homem vegetal!



''Jugband Blues''

It's awfully considerate of you to think of me here
And I'm most obliged to you for making it clear
That I'm not here.
And I never knew the moon could be so big
And I never knew the moon could be so blue
And I'm grateful that you threw away my old shoes
And brought me here instead dressed in red
And I'm wondering who could be writing this song.

I don't care if the sun don't shine
And I don't care if nothing is mine
And I don't care if I'm nervous with you
I'll do my loving in the winter.

And the sea isn't green
And I love the queen
And what exactly is a dream?
And what exactly is a joke?


''Jugband Blues'' - Blues Jugband (Tradução)

É espantosamente atencioso da sua parte pensar em mim aqui
E eu sou quase agradecido a você por deixar claro que eu não estou aqui
E eu nunca soube que a Lua pudesse ser tão grande
E eu nunca soube que a Lua pudesse ser tão azul
E eu estou grato por você ter jogado fora os meus sapatos velhos
E ter me trazido aqui em vez de se vestido de vermelho

E eu estou pensando quem poderia estar escrevendo esta canção
Eu não me importo se o Sol não brilha
E eu não me importo se nada é meu
E eu não me importo se eu estou nervoso com você
Eu vou fazer o meu amor no inverno

E o mar não é verde
E eu amo a rainha
E o quê exatamente é um sonho?
E o quê exatamente é uma piada?


Comentários sobre ''Jugband Blues''

Os versos 1 e 2 são como se ele já soubesse da existência de Wish You Were Here, onde os seus ex-companheiros se lembram dele e dizem que queriam que ele estive lá junto com eles, deixando claro que ele não está mais lá.
Os versos 3 e 4 são mais intrigantes ainda, ele diz que não sabia que a Lua pudesse ser tão grande, ser tão azul (ou triste), claramente se referindo à Dark Side Of The Moon, que foi quando o Pink Floyd realmente fez sucesso e ganhou dinheiro, e com isso a dúvida (ou tristeza) sobre o que eles se tornaram.
Os versos 5 e 6 são denovo referência ao disco Wish You Were Here, ele agradece por eles o terem levado até lá em vez de apenas ter jogado fora os sapatos velhos, em outras palavras, tê-lo esquecido.
A segunda estrofe é uma reflexão sobre ele mesmo, e ele não se importa se nada é dele (Dark Side, Wish You, etc), ele não se importa se o Sol não brilha, ele não se importa nem com seus próprios sentimentos como estar nervoso. Então ele sai fora de si e pergunta quem poderia estar escrevendo esta canção e resolve fazer diferente, vai fazer seu amor no inverno ao invés da primavera ou verão.
Depois de toda a barulheira da banda que passa ele pergunta o quê realmente é um sonho e o quê realmente é uma piada...
Simplesmente genial!

(Texto de Elton, membro da comunidade PINK FLOYD BRASIL, do ORKUT)

Syd Barrett escreveu Jugband Blues pra ironizar a pressão que ele vinha sofrendo de dentro da banda por estar cada vez mais "ausente".
"Se eu não estou aqui (como diziam seus companehiros) quem estaria escrevendo esta canção?"
Essa ausência espiritual dele em relação aos companheiros acabou se transformando em uma ausência física.
Infelizmente, essa ironia acabou se tornando realidade e essa música virou mesmo profética.
Até hj ainda fico impressionado quando ouço essa música, que pra mim tem um efeito fantasmagórico impressionante!!

(Depoimento de Jefferson, membro da comunidade PINK FLOYD BRASIL, do ORKUT)

Assistam o vídeo-clip de ''Jugband Blues'' no YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=RTtXVrANEhU


Comentário finais

Sobre a letra de ''Vegetable Man'', deixo em aberto para que vocês mesmos tirem suas próprias concluões...

Obs.: Já repararam algo familiar no cabelo do vocalista do THE CURE, Robert Smith?
É o velho ditado: ''Na natureza nada se cria, tudo se copia''...

Ricardo M. Freire

domingo, abril 22, 2007

Muralhas

Muralhas

''O medo constrói muralhas''

(Projeto Guri)

Obs.: Frase escrita nas camisetas dos 15 integrantes (com idades entre 12 e 16 anos) do Projeto Guri que cantaram no refrão de ''ANOTHER BRICK IN THE WALL - PART 2'', música do PINK FLOYD tocada por ROGER WATERS em show no Morumbi, este mês.

Projeto Guri

O Projeto Guri, desde 1995, promove a inclusão social e cultural de crianças e adolescentes de 08 a 18 anos, desenvolvendo a sociabilidade e a auto-estima e transmitindo noções de cidadania, por meio do ensino coletivo da música, ampliando os benefícios da cultura, atingindo os mais diversos segmentos da sociedade. Atualmente, o Projeto conta com 48 mil atendimentos e está presente em 380 pólos, sendo 330 no Estado de São Paulo, um em Maringá, no Paraná, um em Estância Velha, no Rio Grande do Sul e 48 instalados no Centro de Atendimento Sócio-Educativo ao Adolescente (Fundação CASA - antiga FEBEM). Surgiu na Secretaria de Estado de Cultura, e em 1997 foi criada a Associação Amigos do Projeto Guri, que em 2004 foi qualificada como uma Organização Social na área da Cultura, sem fins lucrativos, que colabora técnica e financeiramente para o desenvolvimento do projeto. A entidade possui diversos parceiros, patrocinadores e colaboradores, mas o principal mantenedor do Projeto Guri é o Governo do Estado de São Paulo.

Ricardo M. Freire


FRASE DA SEMANA

''É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático como os pobres de espirito, que não lutam, mas também não vencem; que não conhecem a dor da derrota mas não tem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final da jornada na Terra, não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se ante Ele, por terem simplesmente passado pela vida.''

(Bob Marley)

Todas as verdades e mentiras sobre o PAGODE

Todas as verdades e mentiras sobre o PAGODE

Confesso à vocês que me segurei até onde pude e evitei ao máximo falar sobre o PAGODE aqui no BLOG. Mas neste último fim de semana, mais precisamente no sábado, inevitavelmente tive um encontro inusitado com um pagodeiro. Calma, calma, eu explico... Não estive em nehuma festa regada à PAGODE ou em algum lugar do gênero. Na verdade, uma "amiga de uma amiga", pagodeira, se juntou a minha mesa num dos pobres barzinhos daqui de Sorocaba, onde eu me encontrava.
O assunto surgiu quando conversávamos a respeito de crianças, sobre seus comportamentos e tudo mais. A tal ''amiga da minha amiga'' não perdeu a chance de ficar calada e foi logo disparando: ''Meu filho está uma graça, já canta e dança como um pagodeiro''!
Subitamente, logo me veio à cabeça o que eu chamo de ''a salvação da falta de inspiração para postar no BLOG''.
Sendo assim, me senti na ''obrigação'' de pesquisar e falar sobre o assunto...


(A MENTIRA)

O PAGODE é um subgênero musical brasileiro, nascido no final da década de 1970. É considerado uma derivação de outro gênero, o samba, e passou a ser conhecido no bairro de Ramos, no subúrbio do Rio de Janeiro. Na década seguinte, ganharia amplo espaço nos meios de comunicação brasileiros.
Antigamente, pagode era considerado como festa de escravos nas senzalas. No final da década de 1970, no Rio de Janeiro o termo passou a ser associado a festas em casas e quadras dos subúrbios cariocas, nos calçadões de bares do Centro do Rio e da periferia, regadas a bebida e com muito samba. A palavra pagode no sentido corrente surgiu de festas em favelas e nos fundos de quintais cariocas que falavam sobre sentimentos (alegrias e tristezas) das pessoas que lá moravam.


(A VERDADE)

O PAGODE é um estilo de música cujo significado é uma sigla: Porcaria Auditiva Gerada para Onanistas Desprovidos de Esperteza.
Dizem que o Pagode foi criado no ano 1989 D.C, por um grupo de garotos excluídos pelas rodas de samba nas favelas do Rio de Janeiro, pois tocavam muito mal o cavaquinho, o surdo, o tamborim e a cuíca. Então, resolveram criar um estilo novo de música colocando, além dos tradicionais instrumentos usados pelo samba, instrumentos usados por outros gêneros musicais como bateria, guitarra, baixo e teclado. Batizaram o novo estilo de PAGODE.
Os garotos, não satisfeitos com a sonoridade, precisavam ter um visual próprio, algo que os separassem dos outros. Um dos integrantes, ao ver uma das novelas da Globo, teve a idéia brilhante de usar ternos com sapato de couro e franja (que no futuro seria dos Emos), mas como eles não tinham dinheiro o jeito então foi roubar os sapatos e ternos dos executivos que fazem a ponte aérea Rio-São Paulo.
O pagode tornou-se uma epidemia de norte a sul, do Rio Grande Do Sul ao Acre. Mas na verdade, só se escuta pagode enquanto os demais gêneros musicais sofrem com a falta de espaço da mídia. Os pagodeiros permanecem intocáveis: todo domingo eles dão picos no Ibope para os programas do GUGU e do FAUSTÃO, que chegavam ao extremo de colocar centenas de bandas de pagode no mesmo dia. Enquanto isso, muitos suicídios de fãs de bandas e/ou estilos alternativos vêm sendo registrados. Mas o pior veio ainda, na virada do milênio...
Agora no século XXI o pagode evoluiu para uma nova fase entitulada Pagode para idiotas Universitário, na qual um bando de playboys sem perspectivas na faculdade, a não ser torrar o dinheiro do pai e "catar" umas patricinhas para levar para a cama, resolvem aprender a "tocar" as músicas dos pagodeiros dos anos 90 em viagens para a Bahia e o Rio de Janeiro. Para variar o repertório, resolveram fazer também coveres de Fábio Junior e Xuxa; com isso, o pagode ganhou um boom de popularidade entre playboys mimados pelos pais que pensam que tocam e cantam alguma coisa e continuam fazendo as mesmas merdas que os outros pagodeiros faziam, sendo a diferença os ternos substituídos por roupinhas coladinhas, calças jeans, tênis da moda e bonés.
E assim o pagode continua matando o samba e desgraçando o gênero no Brasil mundo.


"A Barata" (Composição: Alexandre Pires)

Toda vez que chego em casa
A barata da vizinha está na minha cama
Toda vez que chego em casa
A barata da vizinha está na minha cama
Diz aí Luis Fernando o que cê vai fazer
Eu vou comprar um chicote pra me defender
Ele vai dar uma chicotada na barata dela
Ele vai dar uma chicotada na barata dela
Diz aí Rogério o que cê vai fazer
Eu vou comprar um pau pra me defender
Ele vai dar uma paulada na barata dela
Ele vai dar uma paulada na barata dela
Diz aí Fernando o que cê vai fazer
Eu vou comprar uma espora pra me defender
Ele vai dar uma esporada na barata dela
Ele vai dar uma esporada na barata dela


Frases sobre pagode:

"Pagode é uma forma de ser um corno feliz, e ainda sair no lucro!”
(Sebá Pagodeiro, vocalista do INIMIGOS DA HP)

“Se você acha que Rock é coisa minha, é porque não sabe o inferno que é ouvir pagode!”
(Satã)

“Infelizmente isto ecziste.”
(Padre Quevedo)


(Textos extraídos da DESCICLOPÉDIA, a enciclopédia livre de conteúdo e que qualquer um pode editar)

Obs.: Gostaram da letra de ''A BARATA'' ?
Bem, pra terminar este tópico, gostaria de deixar um comentário final em forma de um depoimento de uma amiga.
Fiz para ela a seguinte pergunta: ''Por quê todas as letras de PAGODE sempre têm um ''lá lá iá, lá lá iá, lá lá ri lá iá'' ? E ela respondeu: ''Porque quando a gente fica chapadinha, é mais fácil de cantar''!

Genial isso, não?!


Ricardo M. Freire

sábado, abril 21, 2007

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

Pra vocês, esta imagem pode não ser tão espetacular, mas pra mim é...
Então me respondam? Quem de vocês tem uma guitarra totalmente estilizada, com um design totalmente no formato de uma caricatura? Pois é, ninguém tem, mas o guitarrista esquisitão RICK NIELSEN, do CHEAP TRICK, tem.

O instrumento foi batizado como UNCLE DICK, e é a caricatura do próprio guitarrista. A UNCLE DICK é uma guitarra com dois braços, numa peça única, feita única e exclusivamente sob encomenda em 1983 para o guitarrista RICK NIELSEN pela fábrica HAMER. A UNCLE DICK é hoje, sem sombra de dúvidas, uma das guitarras mais conhecidas no mundo da música, ao lado da NUMBER ONE (de STEVIE RAY VAUGHN), da LUCILLE (de B.B. KING) e da FRANKENSTRAT (de EDDIE VAN HALEN).

Quem me dera ter qualquer uma destas...

Ricardo M. Freire

quinta-feira, abril 19, 2007

PINK FLOYD: A lenda do porco

PINK FLOYD: A lenda do porco

Muitas são as lendas sobre o mundo da música e pricipalmente das bandas de rock e do gênero. Mas sem dúvida alguma, a banda recordista de histórias e lendas é o PINK FLOYD. Dentre elas, a mais curiosa é a história do porco que está sempre presente nos shows da banda até hoje e nos shows de Roger Waters, ex-baixista e vocalista que saiu da banda para seguir carreira solo em 1984.
Antes de contar-lhes a história do porco, é importante falar sobre o álbum ANIMALS, de 1977, ícone da lenda e que considero um dos mais interessantes e intrigantes da banda. Pra se ter uma idéia, não existe nenhum registro em video oficial sequer, sobre a turnê deste álbum.
Diga-se de passagem, o Pink Floyd possui uma das mais intrigantes biografias da cultura popular contemporânea, que reúne nada menos que o maior efeito colateral da história do rock, a cara da psicodelia britânica, o início do rock progressivo, extravagâncias de rockstar, nerdismo megalômano, um dos discos mais vendidos de todos os tempos, turnês biliardárias, uma separação traumática e o disco The Wall. Fora o nome, enigmático e simples, que ecoa bicho-grilos e professores de história, solos de guitarra e um imaginário incrível, músicas intermináveis e letras existencialistas.

ANIMALS (PINK FLOYD) - 1977

Faixas

"Pigs on the Wing (part 1)" (Waters) - 1:25
"Dogs" (Waters/Gilmour) - 17:08
"Pigs (Three Different Ones)" (Waters) - 11:28
"Sheep" (Waters) - 10:20
"Pigs on the Wing (part 2)" (Waters) - 1:25

Músicos

Roger Waters - baixo , voz, guitarra acústica (em Pigs On The Wing)
David Gilmour - guitarras , voz
Richard Wright - teclados
Nick Mason - bateria

Animals é um álbum do Pink Floyd, gravado no estúdio da banda Britannia Row Studios em Londres e editado em 23 de Janeiro 1977 no Reino Unido e em 2 de Fevereiro de 1977 nos Estados Unidos. É um álbum conceitual, que faz lembrar o famoso livro de George Orwell, O Triunfo dos Porcos e A Revolução dos Bichos. Uma nova mistura digital foi editada em 1994 no Reino Unido e em 1997 nos Estados Unidos, onde foi reeditado em 25 de Abril de 2000. Animals atingiu o 3º lugar nas tabelas da Billboard em 1977 chegando a disco de ouro em 12 de de 1977 e disco de platina em 10 de Março do mesmo ano. Vendeu 4 milhões de cópias até à data nos Estados Unidos e 7 milhões no mundo inteiro e é presentemente listado como quádrupla platina pela RIAA.


História

Ao longo das três músicas principais, todas elas com mais de 10 minutos de duração Roger Waters equivale os humanos a cada uma das três espécies de animais: cães (Dogs) porcos (Pigs)ou carneiros (Sheep). Os cães são usados para representar os homens de negócios megalomaníacos que acabam por serem arrastados pela própria pedra que atiraram. Os porcos representam os políticos corruptos e os moralistas (com referências directas a Margaret Thatcher e a Mary Whitehouse). Os que não se enquadram nestas duas categorias são carneiros, que sem pensamento próprio, cegamente seguem um líder.

As três faixas centrais são ‘limitadas’ por um par de canções de amor escritas por Waters para a sua mulher na altura, Caroline: Pigs on the wing partes 1 e 2. A mesagem destas duas músicas é de que enquanto duas pessoas se amarem, podem proteger-se dos males do mundo referidos nas três músicas do meio. Waters refere-se a si mesmo como sendo um cão na segunda parte da música. Na edição de 8 faixas em cartridge as duas faixas foram ligadas por uma parte de guitarra tocada por Snowy White. A Frog Brigade de Lee Claypool gravou o álbum inteiro nalguns concertos tendo eventualmente editado um álbum a partir dessas gravações.


A lenda do porco

O anúncio do álbum na época foi no mínimo espetacular. Construiu-se um artefato gigantesco em formato de um porco que, cheio de gás hélio, ficaria flutuando em volta da Battersea Power Station, uma usina elétrica instalada às margens do rio Thames. Um batalhão de fotógrafos foi chamado para testemunhar e fotografar o lançamento do ''balão'' de hélio, que foi construído na Alemanha, pela Baloon Fabrik, a mesma que fabricou os famosos zepelins. As fotografias seriam usadas na capa do álbum e no material promocional do novo álbum.

No primeiro dia, talvez por falta de combustível, o porco metálico não saiu do chão. No segundo dia, uma nova tentativa foi feita e desta vez o porco não apenas voou, como se soltou do cabo que o prendia e passou a flutuar livremente pelo céu. O primeiro a dar sinal da visão insólita foi um piloto de um avião que deu testemunho de sua visão depois de descer no aeroporto de Hearthrow. Foi dado o alarma aos aviadores de que um porco cor-de-rosa, com mais de 40 pés estava flutuando sobre Londres. O contato do radar com o ''bicho'' perdeu-se quando indicava que ele estava voando a 18 mil pés de altura em direção à Alemanha. Finalmente ele desceu à terra, ainda na Inglaterra, em Kent.

(Texto da revista PINK FLOYD (1965/2000) - A VIAGEM PSICODÉLICA, por René Ferri)


O porco de Roger Waters no estádio do Morumbi, Brasil

O som do show era "quadrifônico". A música vinha do palco; dos lados e de trás saíam vários efeitos sonoros, como no cinema. As caixas de som "surround" emitiam cantos de passarinhos e balidos de ovelhas. Era o começo de "Sheep", do disco "Animals". Depois do solo de guitarra, gritos tiraram minha atenção do palco e do telão. Um enorme porco gigante flutuou por sobre o público.

Procurei não ler nada sobre o show, para preservar eventuais surpresas. Em algum momento, ouvi algo sobre um porco inflável, sem dar maior importância. Não estava preparado para isso. O impacto visual foi enorme.
O ''bicho'' estava todo pichado com várias mensagens "customizadas" para o Brasil, em inglês e português. Na lateral estava escrito "All we need is education". No rabo lia-se "Bush, não estamos à venda". Na barriga, "O Brasil está sendo vendido". Ok, não dá para cobrar coerência de um porco que voa.
Puxado por cabos de aço, o balão deu uma volta olímpica pelo Morumbi. Depois de passar pela frente do palco, escapou das amarras que o prendiam e subiu aos céus, iluminado por um holofote e dois raios lasers. Comoção. Isso estava previsto? E se batesse num avião? E se caisse numa avenida movimentada? E a ordem pública?
"Where is my pig?", pergunta Waters, ao final da música.

Desde o final do show, uma questão atormentou parte dos 45 mil espectadores do show de Roger Waters em São Paulo: onde foi parar o porco que saiu voando do Morumbi?
Ao final do percurso, foi largado à própria sorte. Contrariando sua natureza de quadrúpede terrestre, subiu ao céu que tem um dos maiores tráfegos aéreos do mundo. Em seu pescoço, uma linha pontilhada com os dizeres "corte aqui". Convenhamos, é muita pressão.
E foi à pressão que o bicho não resistiu. Pressão interna, que ficava mais alta que a externa a cada metro que subia.
Não sabemos a que altitude chegou, mas é fato que sobrevoou o Jockey Clube, cruzou o rio Pinheiros e, cerca de seis quilômetros depois do ponto de partida, estourou, na madrugada de domingo.
Seus restos mortais se espalharam por uma área próxima ao cruzamento entre as avenidas Henrique Schaumann e Paulo VI, no bairro de Pinheiros.
O trajeto percorrido sugere que o porco ia do Morumbi para o Parque Antarctica - notório templo de adoração da figura suína, como poderá atestar qualquer palmeirense.
Ou talvez estivesse buscando nas chaminés das fábricas abandonadas da Lapa, mais adiante, uma paisagem parecida com a de seu local de nascimento - a capa do álbum "Animals", de 1977. O trágico passamento do mascote deixará para sempre a dúvida no ar.
Somente Daniel Moraes apresentou um testemunho acompanhado de provas - ele recolheu um pedaço do, digamos, pernil.

''Foi talvez mais surreal do que o próprio show... Estava em direção à Vila Madalena, vindo do Pacaembu pela avenida Sumaré. Havia um grande pedaço no meio da avenida, após a estação Sumaré do Metrô. Inocentemente eu desviei, e ainda reclamei da sujeira da cidade. Não progredi mais de 50 metros até notar que aquela lona rosa só poderia ter caído do céu para estar espalhada daquele jeito. Minha intenção é vendê-lo. Acredito que existem pessoas que podem dar a ele um destino melhor do que eu'', disse Daniel.

(Texto de Daniel Bramatti)

Por Ricardo M. Freire

terça-feira, abril 17, 2007

Os melhores video clips do blog

Seleção com os melhores video clips do blog e os mais importantes da história musical.

"Feels So Good" - Van Halen

"A World Without Heroes" - Kiss

"Valerie" - Steve Winwood

"Subdivisions" - Rush

"Just Like Paradise" - David Lee Roth

"Carpet Crawlers" - Genesis

"In Your Eyes" - Peter Gabriel

"Love Leads To Madness" - Nazareth

"Don't Stop Believin´" - Journey

"Here I Go Again" - Whitesnake

"Dreamer" - Supertramp

"Mother" - Pink Floyd

"It´s In The Way That You Use It" - Eric Clapton

"Heart And Soul" - Huey Lewis And The News

"Alive And Kicking" - Simple Minds

"Flash Gordon" - Queen

"Lucky Man" - Emerson, Lake & Palmer

"Sultans Of Swing" - Dire Straits

"Stairway To Heaven" - Led Zeppelin

"Chiquitita" - Abba

"Angel (Footsteps)" - Jeff Beck

"Pseudo Silk Kmono/Kayleigh" - Marillion

"Baby Come Back" - Player

"Broken Wings" - Mr. Mister

"Pale Shelter" - Tears For Fears

"Save A Prayer" - Duran Duran

"Lunar Sea" - Camel

"Get Back" - Beatles

"You Making Love Fun" - Fleetwood Mac

"I Won´t Let You Down" - Ph.D.

"Tender Surrender" - Steve Vai

"Earth Song" - Michael Jackson

"Something About You" - Level 42

"What A Fool Believes" - Doobie Brothers

"Together In A Eletric Dreams" - Human League

"Message In A Bottle" - The Police

"Roam" - B 52´s

"Africa" - Toto

"Overkill" - Men At Work

"I Don´t Wanna Live Without You" - Foreigner

"Lenny" - Stevie Ray Vaughn

"It´s My Life" - Talk Talk

"Once In A Lifetime" - Talking Heads

"Boys Do Fall In Love" - Robin Gibb

"Steppin´ Out" - Joe Jackson

"Blame It On The Boogie" - The Jacksons Five

"You Got It" - Roy Orbison

"America" - Tin Man

"California Girls" - Brian Wilson

"Say Isn´t So" - Daryl Hall & John Oates

"People Get Ready" - Rod Stewart & Jeff Beck

"Hearts" - Yes

"Journey To The Center Of The Earth" - Rick Wakeman

"Chariots Of Fire" - Vangelis

"Oxygene IV" - Jean Michel Jarre

"Sunday Bloody Sunday" - U2

"I´m Leaving You" - Scorpions

"When Love Breaks Down" - Prefab Sprout

"Highway To Hell" - AC/DC

"Bark At The Moon" - Ozzy Osbourne

"The Number Of The Beast" - Iron Maiden

"All Along The Watchtower" - Jimi Hendrix

"Rise" - P.I.L.

"Burn" - Deep Purple

"Sabbath Bloody Sabbath" - Black Sabbath

"Please Don´t Go" - KC & The Sunshine Band

"Celebration" - Kool & The Gang

"Let The Music Play" - Barry White

"Song For Guy" - Elton John

"Holding Back The Years" - Simply Red

"West And Girls" - Pet Shop Boys

"Let 'Em In" - Paul McCartney & Wings

"Ebony And Ivory" - Paul Mccartney & Steve Wonder

"Show Me The Way" - Peter Frampton

"Easy" - Commodores

"Light My Fire" - The Doors

"New Sensation" - INXS

"Enjoy The Silence" - Depeche Mode

"True Faith" - New Order

"Boys Don´t Cry" - The Cure

"How Soon Is Now" - The Smiths

"Better Man" - Pearl Jam

"Black Hole Sun" – Soundgarden

"Plush" - Stone Temple Pilots

"Estranged" - Guns N´ Roses

"Stripsearch" - Faith No More

"Come As You are" - Nirvana


Por Ricardo M. Freire