segunda-feira, abril 09, 2007

Talento

Talento

Gosto de falar sobre gente talentosa e não poderia deixar passar em branco um comentário sobre um desenhista amigo meu, o Adilson, mais conhecido como Cabeça.
Eu o conheci em meados de 2000/2001 numa agência de publicidades de dois amigos meus. Eu costumava sempre dar uma passada por lá quando um dia, numa destas visitas, tive a oportunidade de conhecer o Cabeça que está sempre por lá.
Começamos a conversar sobre desenho, claro, afinal de contas todo mundo sabe que de vez em quando eu arrisco uns "rabiscos" também, e gosto do assunto, mas o que mais me surpreendeu é termos os mesmos gostos, não só se tratando de desenhos, mas de música e muita nostalgia.
Ficamos amigos então e até hoje trocamos algumas ''figurinhas'' e muita informação, sempre relacinado a nostalgia, envolvendo muita música, desenhos, filmes, seriados, gibis, brinquedos, etc. Também colocamos assuntos de informática em dia, programas de compartilhamentos de arquivos, sites nostálgicos e é claro, sua principal arma de trabalho, o PHOTOSHOP.

O desenhista Cabeça em ação

Além de ser uma pessoa extremamente sensível e simpática, o talento de Cabeça é de encher os olhos. Cabeça hoje faz trabalhos para revistas de carros envenenados e para agências de publicidade. E ainda de quebra, de vez em quando faz caricaturas em festas e eventos.
Tive oportunidade de vê-lo fazendo caricaturas numa festa na casa de um amigo. Seus traços são originais e longe de serem confundidos.
Nosso último encontro foi no pesqueiro de um amigo, numa quarta-feira, dia em que sempre acontece um encontro de amigos, logo ao anoitecer, geralmente alguma churrascada, leitoa assada, pernil e é claro muita cerveja.
Cabeça esteve lá nesta última quarta-feira e acabou conquistando a admiração de todos, e teve muito trabalho, afinal de contas todo mundo quis ter sua própria caricatura.
E quem é que não quer?

Ricardo M. Freire



Talento (2)

Os talentosos comportam-se de alguma maneira especial, falam um dialeto próprio, têm um código secreto que faz com eles se comuniquem em alguma trama. Eles estão apenas fazendo o seu trabalho, e vão continuar sendo uma espécie de mistério, até porque, apesar das definições dos livros e dos consultores, ninguém sabe exatamente do que se está falando. Mas, no meio de toda essa retórica, há uma boa notícia: você também é um talento, mesmo que nunca ninguém tenha lhe dito isso, nem você mesmo, que deveria ser seu melhor amigo.
Os dicionários dizem que talento “é a qualidade das pessoas talentosas”. Pode? Ainda bem que depois acrescentam que é uma “aptidão natural ou habilidade adquirida; grande e brilhante inteligência; agudeza de espírito, disposição natural ou qualidade superior; espírito ilustrado...” e por aí vai...
Os talentosos não são gênios nem são possuidores de dons especiais. São apenas pessoas comuns, dotadas das mesmas ferramentas mentais da maioria da humanidade, porém com algo mais, que é quase intangível. São dotados de algo que todos podemos ter: a percepção do que realmente deve ser feito e o senso de responsabilidade que obriga à realização de uma obra cada vez melhor.
Na vida prática, o talentoso é um indivíduo que empenha seu cérebro e seu coração na arte de aprimorar sua obra e, com isso, aperfeiçoar a si mesmo. Não é um gênio, é apenas alguém que não se contenta com a estagnação e não para de evoluir, como profissional e como pessoa. Nesse sentido, é alguém que apenas atende ao apelo do destino do próprio ser humano; o do desenvolvimento permanente, pois o que é certo, é que não estamos prontos, e jamais estaremos.

(Trechos do texto do educador Eugenio Mussak)