
Os "esquemas" das Copas do Mundo

A tão aguardada Copa do Mundo está aí, e com ela mais uma vez vem a torcida dos brasileiros.
Não quero ser marrento, muito menos estraga-prazeres, mas já não me deixo ser consumido pela "febre do futebol" das Copas do Mundo.
Futebol é paixão, e é este o sentimento que cega a mais clara realidade que sempre está diante dos nossos próprios olhos, não só no futebol, mas em diversas outras situações.
O futebol há tempos deixou de ser um esporte pra se tornar mais uma bilionária fonte de renda e de interesses políticos.
Os esquemas e roubalheiras nas Copas do Mundo são visíveis desde a muito tempo atrás.
Copa de 1930
- Argentina x França: o primeiro brasileiro a apitar um jogo de Copa do Mundo foi Gilberto de Almeida Rego, em 1930, no Uruguai. O brasileiro foi protagonista da primeira grande polêmica de arbitragens em Copas. O árbitro encerrou o jogo, pela primeira fase, seis minutos antes do fim do tempo normal. A atitude irritou os jogadores franceses e torcedores uruguaios. Alguns teriam até invadido o gramado do estádio Parque Central. A partida foi reiniciada, e os argentinos seguraram o placar de 1 a 0.
Copa de 1934
- Várias arbitragens foram suspeitas, principalmente de favorecer os anfitriões, como nos jogos entre os locais e a Espanha pelas quartas, em seu jogo contra a Áustria pelas semifinais, ou contra a Tchecoslováquia na final. "A Itália queria vencer. Era natural, mas eles fizeram disso algo óbvio demais", declarou na época Jean Langenus, árbitro belga que apitou a Copa.
Copa de 1954
- Suíça x Itália: um juiz brasileiro voltou a criar polêmica na Copa de 54. Mário Vianna foi bastante criticado pela atuação em Suíça 2 x 1 Itália, por supostamente não ter coibido o jogo violento dos suíços e por ter anulado um gol italiano. Vianna criou mais confusão ao criticar duramente o árbitro inglês Arthur Ellis pelo desempenho em Brasil 2 x 4 Hungria e a Fifa. Ele teria se referido à entidade como uma “camarilha de ladrões”. Acabou suspenso, e o caso fez com o que o país não tivesse juiz no Mundia de 58.
Copa de 1966
- A Copa da Inglaterra foi marcada pelos erros de arbitragem que favoreceram o título para os anfitriões. Jogando para a sua torcida, os ingleses foram beneficiados nas quartas-de-final na expulsão incorreta do argentino Rattin e com um gol ilegal na final contra os alemães.

- A jogada mais controversa da história do futebol é considerada por muitos o gol marcado pelo inglês Geoff Hurst na final da Copa de 1966, que colocou o placar de 3 a 2 para a seleção local contra a Alemanha, aos 11 min da prorrogação. O chute de Hurst bateu na trave e no gramado, sem ter ficado claro se a bola havia passado ou não da linha divisória do gol. "Durmo tranquilo, sei que a bola entrou", afirmou o árbitro suíço Gottfried Deinst, que validou o polêmico gol, em um duelo que terminaria com um 4 a 2 para a Inglaterra. Nem o próprio Hurst ficou seguro de seu gol. "Foi gol? A bola cruzou a linha? Não sei a resposta e acho nunca saberei", ressaltou o atacante.

- Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2 x 0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
Copa de 1978

- O Brasil chegou a última rodada à frente da Argentina, que precisava golear o Perú e também torcer para que o Brasil não aumentasse seu saldo de gols.
A Argentina ganhou de uma das mais fantásticas seleções peruanas num incrível placar de 6 X 0. Mais estranho que isso é o fato de o goleiro Quiroga da Seleção do Perú ser argentino naturalizado peruano. Na final, deu Argentina em cima dos holandeses.
- O Brasil foi eliminado da Copa sem perder nenhum jogo e foi eleito o "Campeão Moral" de 78.
Copa de 1982

- Brasil X Itália: pouca gente lembra, mas um erro do apito mudou a história dos brasileiros no jogo. Zico invadiu a área e caiu, ao ser puxado pelo italiano Gentile. O puxão foi tão forte que o defensor rasgou a camisa do craque. Zico mostrou a camisa retalhada ao juiz israelense Abraham Klein, que mandou o jogo seguir.
Copa de 1986

- Argentina X Inglaterra: a "mão de Deus" colocou a bola pra dentro do gol numa dividida entre Maradona e o goleiro Inglês. O lance eliminou a seleção inglesa nas quartas de final e os argentinois acabaram se sagrando campeões.
Copa de 1990
- Brasil X Argentina: a "água batizada" da Copa de 90, onde o Branco e outros jogadores brasileiros beberam água com drogas para prejudicar nossos jogadores, efeito de sedativo que lhe foi dado por Maradona e pela comissão técnica argentina.

- Argentina X Alemanha: o árbitro uruguaio Edgardo Codesal foi alvo das reclamações dos alemães por um possível pênalti sobre Klaus Augenthaler, enquanto os argentinos se queixaram de que o juiz não teria apitado outro de Lothar Matthaus sobre Gustavo Dezotti. Pouco depois, ele anotou a penalidade máxima que daria a vitória aos germânicos após uma suposta falta sobre Andreas Voller. O gol da vitória foi marcado por Andreas Brehme aos 40min do segundo tempo, em um duelo em que a Argentina terminou com nove após as expulsões de Pedro Monzón e Dezotti.
Copa de 1994

- Espanha X Itália: o árbitro húngaro Sandor Puhl, nas quartas de final da Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994, não se atreveu a apitar um pênalti quando o italiano Mauro Tasotti acertou uma cotovelada no espanhol Luis Enrique dentro da área, chegando a quebrar o nariz do espanhol, que saiu de campo ensanguentado. O time azul saiu com a vitória por 2 X 1.
Copa de 1998

- Brasil X França: Ronaldo Fenômeno, na época Ronaldinho, passou mal e teve uma convulsão durante a noite anterior à final da Copa. Foi suspenso horas antes do jogo por incapacidade física e emocional de jogar, porém, momentos antes de a Seleção entrar em campo, Ronaldo foi liberado pelo técnico Zagallo e entrou em campo. O Brasil jogou tão mal, mas tão sofrível, que até hoje essa situação é questionada e milhares de hipóteses são levantadas. No retorno para casa, o jogador brasileiro Edmundo “Animal” soltou o verbo falando um monte de coisas cabeludas conspiratórias e depois de uns dias pediu desculpas publicamente dizendo ser mentira. É muito estranho.
É evidente que tudo teria sido uma armação para que a Nike conseguisse que a França finalmente ganhasse uma copa do mundo. Qual o interesse nesta vitória? A Nike não conseguia penetrar no mercado frances de artigos esportivos, liderado pela Le Coq Esportif e a França com tanta tradição, nunca teria conseguido vencer nenhuma Copa.
Pra finalizar, uma pergunta fica no ar: por qual motivo Edmundo nunca mais foi convocado para compor a Seleção brasileira, mesmo estando em seu melhor condicionamento físico e no melhor de sua carreira para a Copa de 2002?
Copa de 2002
- Coréia do Sul x Itália nas oitavas de final: gols italianos anulados injustamente, pênaltis à favor da Itália não marcados ridiculamente, sendo que em um deles, o jogador Totti foi expulso incorretamente pelo árbitro que se justificou dizendo que o meia italiano havia se jogado.

- Coréia do Sul x Espanha: a Espanha foi literalmente roubada pelo árbitro que anulou dois gols sem explicação, um deles inclusive seria o Golden Goal que possivelmente levaria a Espanha às semi-finais desta copa.
- Brasil campeão: fato totalmente previsível com o intuito de que todos esquecessem o episódio com Ronaldo na Copa de 98 e o vexame da seleção na final contra a França.
Copa de 2006

- Croácia X Austrália: era para ser um jogo comum da primeira fase entre duas seleções com pouca tradição, mas o árbitro inglês Graham Poll conseguiu a proeza de colocar o empate de 2 X 2 entre Croácia e Austrália. Para começar, Poll deixou de marcar dois pênaltis a favor dos australianos. Mas os erros serviram apenas como aperitivo para sua maior falha. O árbitro errou nas contas e deu três cartões amarelos para expulsar o croata Simunic. Evidentemente, o jogador deve ser expulso com o segundo cartão. Após o apito final, Poll encerrou a carreira.
Agora, observem com atenção os títulos abaixo a partir de 1962:
1962: Brasil (Sul-americano)
1966: Inglaterra (Europeu)
1970: Brasil (Sul-americano)
1974: Alemanha (Europeu)
1978: Argentina (Sul-americano)
1982: Itália (Europeu)
1986: Argentina (Sul-americano)
1990: Alemanha (Europeu)
1994: Brasil (Sul-americano)
1998: França (Europeu)
2002: Brasil (Sul-americano)
2006: Itália (Europeu)
Coincidência isso?
Seguindo a sequência, teremos um sul-americano campeão este ano. Logo, se o Brasil for campeão, então na próxima Copa, que será aqui no nosso país, o Brasil não ganhará.
Óbviamente que não é interessante para o resto do mundo o Brasil ser campeão em 2010 e também em 2014. Sendo assim, teremos uma inversão nesta Copa e em 2014: teremos um europeu campeão neste ano e um sul-americano (é claro, o Brasil que joga em casa) em 2014.

Então quem será o campeão europeu em 2010? O meu palpite é a seleção da Espanha, por ser a melhor das seleções européias nos últimos anos, tendo sido campeã da Copa da Europa, por ter feito excelentes jogos amistosos antes desta Copa e pelo Campeonato Espanhol ser o mais famoso, o mais visto, além de ser o que movimenta as maiores transações e negociações do esporte mundial, movendo bilhões e bilhões!
Vamos aguardar...
Ricardo M. Freire