
A evolução da recepção e interpretação de estímulos luminosos, traduziu-se numa imensidade de alternativas de visão no reino animal. Cada uma delas traduz diferentes formas de vida, constituindo um vasto e fascinante campo de estudo.
Todas as formas de vida animal, desde a amiba ao homem, reagem de algum modo à luz. Os animais mais simples, como os unicelulares, são sensíveis apenas a mudanças de intensidade luminosa. A minhoca, ser já com elevado grau de complexidade, continua a não ter olhos, mas toda a sua pele é coberta por células sensíveis à luz.





O modo de cada animal perceber a luz é ditado pelas suas necessidades específicas - a forma pela qual obtém alimento, como fogem de inimigos, se voa, nada ou rasteja, e se o seu dia começa ao amanhecer ou ao anoitecer.





Muito comum na natureza é o olho composto, próprio dos insectos e de alguns animais marinhos. É formado por centenas de pequenas unidades fotorreceptoras – omatídios - que captam uma fracção da imagem que está a sua frente e, como um impulso nervoso, a transmitem ao cérebro, onde se funde com as imagens vindas de outros omatídeos, para compor uma imagem global em forma de mosaico.
Estes olhos, embora complexos, são ainda rudimentares, pois são incapazes de formar imagens precisas. No entanto, o grau de nitidez proporcionada depende do número de omatídeos presentes, pois quanto maior ele for, mais detalhada será a imagem que o insecto recebe.




Quanto a cores, os insectos não percebem a mesma gama de cores que o olho humano distingue. Uma laranja, um limão e uma uva verde são todos da mesma cor para uma abelha, embora alguns frutos sejam de tonalidade mais escura e outros mais clara. No entanto, a abelha é capaz de ver com nitidez os raios ultravioleta, que têm comprimento de onda invisível para o olho humano. Essa amplitude de visão cromática dos insectos determinou, em larga medida, os matizes dos prados e florestas, pois as flores que atraem os insectos polinizadores tiveram, assim, maior oportunidade de sobreviver através da evolução. A acuidade visual dos insectos também difere dos humanos. Acredita-se que a sua visão só é nítida até 60 a 90 cm de distância do objecto visado. Até mesmo a abelha doméstica possui uma acuidade visual equivalente apenas a um octogésimo ou a um centésimo da visão humana.
Os olhos mais complexos e mais eficientes pertencem aos animais superiores, como os peixes, as aves e os mamíferos. Tal como os homens, a maioria dos animais possuem cristalinos ajustáveis e inumeráveis células sensíveis à luz para o registro de imagens nítidas. Mas, enquanto os olhos humanos são basicamente uniformes, com excepção da cor da íris, os dos animais apresentam-se sob uma variedade quase infinita de cores, formas e tamanhos. As variações reflectem adaptações evolutivas aos hábitos e ao meio ambiente do animal.






Toupeiras e musaranhos, possuem olhos que degeneraram a tal ponto que são quase cegos. Estes olhos rudimentares captam apenas gradações de claro e escuro, e servem sobretudo para assinalar perigos, quando as suas tocas desabam, por exemplo.
Os peixes que se alimentam no meio aquático têm de lidar com o facto de existir muito menos transparência na água do que no ar, e daí a sua visão ser diferente da dos animais terrestres. Podem viver sem pálpebras, pois a água humedece constantemente os olhos. Eles estão colocados lateralmente, o que dá ao peixe uma visão monocular, que consiste na possibilidade de ver simultaneamente em mais do que uma direcção. No entanto, este tipo de visão tem limitações, particularmente na avaliação de distâncias. Não obstante, à frente existe uma área relativamente estreita que os olhos vêem simultaneamente, proporcionando ao peixe uma certo grau de visão binocular e, portanto, uma percepção de perspectiva, exactamente como nós temos. Parece, pois, que os peixes tentam contrabalançar a visão monocular de cada um dos olhos, girando para o lado quando algo atrai a sua atenção, de modo a enquadrar o objecto no estreito campo de visão binocular, onde a distância pode ser melhor avaliada. Assim, o que ele vê com um olho só pode ficar registrado no cérebro apenas como estímulo para que se volte e possa ver com os dois olhos o que está à sua frente.
Uma das condições essenciais para o voo é um excelente sentido de visão. Não há seres vivos que possam comparar-se às aves nesta matéria. Possuem olhos extremamente grandes em relação aos padrões normais dos mamíferos, na maioria dos casos maiores que o cérebro.



Em consequência dos diferentes estilos de vida, os olhos dos répteis apresentam uma vastíssima gama de adaptações. Por exemplo, a acuidade visual é indispensável à sobrevivência do camaleão, e os seus olhos são únicos, sob muitos aspectos. Implantados nas extremidades de saliências cónicas, que se projectam dos lados da cabeça, os olhos são protegidos por pálpebras que se fecham como minúsculas vigias. Dotados de grande mobilidade, permitem realizar movimentos independentes ou coordenados. Em posição defensiva ou de pesquisa, o camaleão gira os olhos em todas as direcções, muitas vezes movendo-os independentemente. Tendo localizado uma presa, orienta os dois olhos para a frente, a fim de avaliar distâncias. Por outro lado, os répteis que caçam à noite, como o jacaré, têm olhos bem adaptados à escuridão. Quando a luz é intensa, a pupila vertical do olho fecha-se, tornando-se uma estreita fenda. Durante a noite, os olhos do jacaré brilham num tom róseo, cor frequentemente atribuída à sua sede de sangue. Na realidade, essa cor deve-se apenas a um pigmento, a rodopsina, que possibilita a visão nocturna. Descolorido pela luz do dia, esse pigmento confere um brilho sobrenatural à luminosidade reflectida pela retina à noite.

Confira abaixo mais alguns olhos interessantes do mundo animal:




































Fonte: Naturlink
Um comentário:
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