segunda-feira, fevereiro 18, 2013

O TEMIDO ASTEROIDE 2012 DA14

O temido asteroide 2012 DA14

O asteroide 2012 DA14 já passou pela Terra. Informações da Nasa, a agência espacial norte-americana, apontam que o asteroide ficou mais próximo do planeta por volta das 17h25 (horário de Brasília) a uma distância de 27 mil quilômetros.
O asteroide passou próximo ao anel de satélites de comunicações, mas não houve risco de colisão pois esses ficam sobre a Linha do Equador e o asteroide passou mais próximo do Polo Sul.
Em nota divulgada, a agência espacial informou também que não há relação entre a chuva de meteoritos na Rússia e o asteroide 2012 DA14. De acordo com cientistas da Nasa, a trajetória do meteoro na Rússia foi significativamente diferente do que a trajetória do asteroide. As informações ainda estão sendo recolhidas e a análise é preliminar.
Segundo a Nasa, “nos vídeos do meteoro, ele é visto passando da esquerda para a direita na frente do sol nascente, o que significa que estava viajando de Norte a Sul. A trajetória do asteroide DA14 está na direção oposta, do Sul para o Norte".
Quase mil pessoas foram feridas devido à queda de um meteorito na região dos Montes Urais, Centro-Oeste da Rússia. Ao entrar na atmosfera da Terra, o meteoro passou a se desintegrar e, ao longo de vários quilômetros, foi possível ver rochas ardentes brilhantes, que deixavam um rastro de fumaça no céu russo.
A Academia de Ciências da Rússia estima que o meteoro pesava cerca de 10 toneladas e entrou na atmosfera da Terra a uma velocidade de pelo menos 54 mil quilômetros por hora.
Desde que esse tipo de medição é realizada, é a primeira vez que um objeto desse tamanho passa tão perto. Mesmo assim, a passagem tão próxima pegou os astrônomos de surpresa — eles sabem do evento há cerca de apenas um ano — e serve para lembrar que a Terra está localizada em uma espécie de campo minado galáctico, cercada por todos os lados por asteroides e cometas imensos. Enquanto isso, a humanidade parece dar os primeiros passos para garantir um futuro diferente dos dinossauros — extintos após a queda de um meteorito há 66 milhões de anos.
O asteroide 2012 DA14 tem uma órbita de 368 dias em torno do sol, muito similar à da Terra, o que garante que os dois astros se encontrem pelo menos uma vez a cada ano.
Mesmo com toda essa proximidade, ele foi descoberto somente no dia 23 de fevereiro do ano passado, por astrônomos do La Sagra Sky Survey, um observatório localizado no sul da Espanha. Como ele, existem muitos outros asteroides. Os astrônomos preveem que existam pelo menos 500.000 outros de mesmo tamanho com órbitas próximas à Terra, mas só foram capazes de localizar 1% deles.
A verdade é que a Terra está sendo bombardeada por rochas espaciais a todo o momento. Quando são muito pequenas, se desfazem na atmosfera — são as estrelas cadentes. "Blocos um pouco maiores também entram constantemente no planeta. Na grande maioria das vezes, caem em áreas desabitadas, como desertos, florestas e mares e passam despercebidos.
Os cientistas comparam as consequências desse impacto imaginário ao causado por um meteorito que caiu na Sibéria em 1908, no que ficou conhecido como Evento de Tunguska. Ele era um pouco menor que o 2012 DA14 — não passava dos 40 metros — mas destruiu cerca de 1.200 quilômetros quadrados de floresta. O asteroide devastou completamente a região, que era inóspita. Ele não chegou a atingir o solo, se desintegrou no ar. Mas a desintegração foi tão violenta que a onda de choque e calor queimou as árvores em volta. Se caísse em uma região densamente povoada, a destruição iria ser brutal.
Para calcular o impacto de um asteroide na Terra, os cientistas precisam levar uma série de variáveis em conta. Seu grau de ameaça pode variar conforme o tamanho, a área que atingir, sua composição e velocidade no espaço. “Toda a energia cinética do asteroide é transferida para o solo – é isso que causa o estrago. A energia dissipada por uma colisão dessas é maior do que qualquer coisa criada pelos homens. Para se ter uma ideia, um corpo desses pode colidir com a Terra a uma velocidade de 30 quilômetros por segundo. Se alguém visse um asteroide passando na altura de um avião, levaria menos de um segundo para ele bater contra a superfície”, diz Enos Picazzio.
Um estudo de 1994, publicado por cientistas da NASA na revista Nature, tentou levar essas variáveis em conta e fazer uma média dos danos causados pelo impacto de um meteorito. Segundo os cálculos, asteroides com mais de 50 metros caem na Terra com uma frequência de entre 250 e 500 anos, causando em média cinco mil mortes. Objetos com mais de um quilômetro, caem a cada um milhão de anos e podem causar um bilhão de mortes. Já os corpos com mais de seis quilômetros, capazes de causar extinções em massa como a que matou os dinossauros, caem a cada 100 milhões de anos. Mesmo raros, esses eventos são muito perigosos, e chamaram atenção da comunidade científica.


Dados do asteroide

- Peso:
Ele pesa 130.000 toneladas e tem diâmetro de meio campo de futebol americano, cerca de 45 metros.

- Velocidade:
O asteroide estará viajando a uma velocidade de 28.100 quilômetros por hora ou 7,82 quilômetros por segundo em relação à Terra.

- Consequências de colisão com a Terra:
Se ele caísse na Terra, a destruição seria enorme. O impacto liberaria aproximadamente 2,5 megatons de energia na atmosfera, cerca de 200 vezes a energia liberada pela bomba de Hiroshima, causando devastação regional.


Fontes: EBC / Veja

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