

Rodríguez Mondragón assegurou que os outros dois foram "um defensor e um volante que também eram chaves na equipe". E acrescentou que "na realidade, todos os jogadores dessa seleção receberam extras" por parte da Federação Peruana de Futebol (FPF), que também recebeu sua parte do suborno.
Rodríguez Mondrágon esclareceu que o Cartel de Cali, que era dirigido por seu tio e seu pai, os irmãos Miguel e Giberto Rodríguez Orejuela, não deu dinheiro para o pagamento desse suborno, como reproduziram algumas matérias da imprensa após sua entrevista à Rádio Caracol, da Colômbia, na terça passada.

"Há um erro de interpretação da entrevista que dei à Caracol. O Cartel não pôs dinheiro para subornar o Peru", disse Rodriguez Mondragón, que esclareceu que seu tio influenciou para que funcionários da ditadura militar argentina pudessem se reunir com dirigentes da Federação Peruana na sede do bairro de Miraflores.
Da reunião, disse Mondragón, participaram pelo menos "o presidente e o tesoureiro da Federação Peruana" da época e, do lado argentino, Lacoste, "um sócio dele, também militar" e uma terceira pessoa "representando a Associação de Futebol Argentino (AFA)".
Lacoste foi também vice-presidente da Confederação Sul-americana de Futebol e, entre 1980 e 1984, da própria Fifa, impulsionado pelo seu então presidente, o brasileiro João Havelange, que anos mais tarde o defendeu diante da justiça Argentina, ao declarar que ele havia lhe emprestado dinheiro para que pudesse adquirir um imóvel no luxuoso balneário uruguaio de Punta del Este.

"O nome" - prossegue Rodríguez Mondragón - "foi colocado por Carlos Quieto, que ganhava todas as 'cometas' (comissões ilegais) com os passes (de jogadores) do América de Cali", controlado pelos irmãos Rodríguez Orejuela. Quieto, segundo Mondragón, foi quem chamou inicialmente Miguel Rodríguez Orejuela para que fizesse a ligação da Argentina com a Federação peruana, cujos dirigentes conhecia de negócios no futebol.

"Para não criar especulações, no livro estarão os nomes e telefones dessas pessoas que estavam na agenda de meu tio. Meu tio depois se deu conta de que ele tinha sido usado. No último ano antes de ser extraditado, ele me disse: 'me julgaram, porque me usaram'. Tenho os detalhes porque meu tio guardava com muito zelo suas coisas. O nome de Lacoste é aquele que vai aparecer no livro. As boas ações do meu tio logo foram retribuídas com alguns jogadores argentinos que chegaram ao América", relatou.

Miguel Rodríguez Orejuela, segundo seu sobrinho, não participou da reunião de Lima, mas obteve todos os detalhes do próprio Quieto e de outros contatos do futebol.
Rodríguiez Mondragón afirmou que, depois de ver o vídeo da partida junto com dois especialistas do futebol colombiano, cujos nomes não citou, advertiu que o atacante peruano Muñante mandou uma bola na trave ainda no começo da partida, "mas que na realidade quis jogar para fora", porque nessa jogada "era mais difícil errar do que fazer o gol".

Rodríguez Mondragón considera que os jogadores argentinos jogaram sem saber nada do acerto e que bem poderiam ter feito os quatro gols que precisavam para chegar à final ainda sem o acerto como o que foi feito pela ditadura e que, segundo ele, incluiu uma doação de trigo ao governo do Peru.

Rivelino diz que a Copa de 78 é "uma mancha no futebol"

Para Rivelino, agora é tarde para agir.
"Depois de 30 anos, já acabou, mexer é besteira. Vai mudar o quê? Mas é uma vergonha, misturar futebol e política não dá certo", diz Rivelino.
Fonte: Terra Magazine
Obs.: É por essas e por outras, que não acompanho mais o futebol. Sem contar ainda com o processo sobre o atual e maior escândalo de corrupção e manipulação de resultados no futebol italiano.
No Brasil, a "máfia da arbitragem" está solta e as investigações estão sendo feitas. São inúmeros os esquemas já vistos no Campeonato Brasileiro desde os primórdios de sua edição. E tudo terminará em pizza, é claro...
E quem nos garante que outros resultados de Copas do Mundo também não foram armados? E quanto a Copa de 98, com o caso de Ronaldo?
Ainda não engoli o penta-campeonato brasileiro na Copa de 2002, que na minha opinião foi claramente tramado para que o povo brasileiro simplesmente esquecesse o vexame de 98.
Ricardo M. Freire
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