

Por estes dias, as manhãs e as noites são frias, não dispensando os casacos quentes e as camisolas mais grossas. Mas as tardes são geralmente quentes, fazendo com que as pessoas esqueçam os agasalhos e andem em mangas de camisa.
Estes picos de calor e de frio que ocorrem durante o dia podem provocar acidentes gripais ou simples constipações. As pessoas são apanhadas desprevenidas. Afinal, anormal nesta altura do ano são as variações de clima e de temperatura em apenas 24 horas.
Quando ventos provocados por anticiclones afetam uma certa região, também não é muito benéfico, principalmente para as pessoas que sofrem de alergia. Os poléns voam maiores distâncias e afetam maior número de pessoas. Mas as fortes rajadas podem ter algumas vantagens. Para quem vive no litoral, o vento muito forte também pode levar os pólens para o mar.

De qualquer modo, é válido lembrar a possibilidade de crises alérgicas mais agudas nestes meses de Primavera.
Além dos seres humanos, também as plantas sofrem com os picos de calor fora de época.
Polinização ocorre mais cedo

No caso dos pólens, causadores de alergias em algumas pessoas, quando o calor acontece ainda nos meses de Inverno, a polinização pode mesmo ocorrer mais cedo. No caso das ervas, a produção de flores, e consequente produção do pólen, pode ser adiantada. Isto pode levar a que crises alérgicas, habitualmente usuais na altura da Primavera, ocorram mais cedo.
Ataques cardíacos?

Em 2004, por exemplo, um grupo de cientistas britânicos usou informações da OMS (Organização Mundial de Saúde) para observar mudanças no tempo e as taxas de ocorrência de ataques cardíacos em mulheres com mais de 50 anos em 17 países em quatro continentes. O estudo descobriu que uma queda de temperatura de 5 graus Celsius estava associada, em geral, com um aumento de 7% no número de entradas em hospitais por derrames um aumento de 12% para ataques cardíacos.
Outro estudo, realizado na França, analisou 700 casos de entradas em hospitais em dois anos. Descobriu-se que, em pessoas com hipertensão, o risco de sofrer um ataque cardíaco dobrou quando a temperatura caiu para menos de -2,9ºC. A maioria dos estudos teve resultados similares. Mas um deles, elaborado por cientistas canadenses, que analisou taxas de ataques cardíacos e ventos Chinook em Calgary - que podem causar grandes variações na temperatura - não encontrou nenhuma relação entre eles.
O veredicto é indefinido. Mas a maioria dos estudos sugere que existe um aumento em casos de ataques cardíacos quando a temperatura cai.
Fontes: Ana Luísa Correia / UOL
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