
Esses 115 mm coincidem exatamente com a diagonal de uma cassete tradicional de música, que naquela época era o mais utilizado, e foram os armazenistas e os comerciantes que pressionaram a indústria para que não fosse excedido esse diâmetro, para não terem que modificar as suas estantes de exibição dos produtos. Naquela época, praticamente 99% das produções musicais que apareciam no mercado e disponíveis em catálogo não excediam os 60 minutos, pelo que se deduziu serem essas as medidas adequadas para a definição de um standard mundial de produção de CdRom.
Conta a lenda que foi a esposa de Akio Morita, fundador de Sony, quem insistiu para que este pedisse conselho ao seu amigo íntimo Herbert Von Karajan sobre a duração média de uma obra de música clássica, e se esta caberia nos 60 minutos de tempo de reprodução, que se pretendia estabelecer como standard mundial. Von Karajan confirmou-lhe que efectivamente 95% da música clássica caberia num disco com essa duração, mas advertiu-o que que a peça que ele considerava como a obra mais emblemática de toda a música clássica, a "Nona Sinfonia de Beethoven", não caberia nesses 60 minutos, e que seria um erro imperdoável ter de dividir em dois esta obra-prima.

Depois de investigar, chegou-se à conclusão de que para outras interpretações desta sinfonia a duração da mesma variava, descobrindo-se que a mais longa era a gravada no Festival de Beirute, dirigida por Wilhelm Furtwängler e que durava exactamente 74 minutos e 33 segundos. Em Junho de 1980 foi editado o “Livro Vermelho”, onde se recolhiam as especificações técnicas definitivas para o formato CD Áudio, aumentando-se o diâmetro dos discos para 120 mm e o seu tempo de reprodução para 74 minutos e 33 segundos, que são as características que se definiram como standard mundial e que desde então não conheceram mais variações.

No dia 26 de Março de 1827, morria Ludwig Van Beethoven, um dos maiores gênios da música clássica de todos os tempos.
Fonte: CD Tarjeta
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