
Ponty nasceu no ano de 1942 em Avranches, França, dentro de uma família musical (seu pai era professor de violino e sua mãe professora de piano) e teve formação clássica, tocando na orquestra Concerts Lamoreux por três anos.
Ao ter contato com o jazz moderno, experimentou por um breve período o clarinete e o sax tenor, mas logo se decidiu a explorar esse território com o violino. No início dos anos 60, Ponty se lançou como músico de jazz, chamando a atenção da crítica por conseguir tocar o violino com a fraseado lexível e a energia de um saxofone.
Em 1966 participou do famoso disco Violin Summit, e em 1967 foi convidado por John Lewis para tocar no Monterey Jazz Festival. Em 1969 começou uma colaboração com Frank Zappa, e também tocou com George Duke. Depois, entrou para a Mahavishnu Orchestra de John McLaughlin, onde tocaria até 1975, ano em que assinou um contrato solo com a Atlantic.
Seus discos Aurora, de 1975, e Imaginary Voyage, de 1976, estabeleceram firmemente sua reputação como virtuose do jazz-rock.
Nas décadas seguintes, Ponty alcançou uma notoriedade comparável à de um astro pop. Foi um dos primeiros músicos de jazz a gravar um videoclipe. Os títulos de seus discos são escolhidos a dedo para seduzir certo tipo de público, freqüentemente fazendo referência a uma temática futurista ou mística (Aurora, Imaginary Voyage, Enigmatic Ocean, Cosmic Messenger, Mystical Adventures, No Absolute Time, Le Voyage, Life Enigma...).
Nos anos 90, começou a experimentar com a fusão entre o jazz rock e o afro-pop. Em 1995, formou um trio all-star com o contrabaixista Stanley Clarke e o guitarrista/violonista Al Di Meola, denominado The Rite of Strings, com o qual alcançou grande sucesso.
Embora ocasionalmente Ponty enverede por uma música de caráter um tanto comercial, é inegável que se trata, dentro do estilo fusion, de um dos músicos mais talentosos e bem preparados, capaz de construir um discurso pessoal, rico e elaborado.
"Mirage" - Jean-Luc Ponty
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