segunda-feira, outubro 11, 2010

A grande mancha em Júpiter‏

A grande mancha em Júpiter‏

A Grande Mancha Vermelha, de forma oval e coloração em tons de vermelho, é uma das características mais distintivas do planeta Júpiter e corresponde a uma tempestade de grandes dimensões e com carácter mais ou menos permanente.
Esta região anti-ciclónica (sistema de altas pressões) encontra-se no hemisfério sul do planeta a 22º do equador e parece ser de carácter permanente. Experiências laboratoriais parecem relacionar a sua cor vermelha com a existência de moléculas orgânicas complexas ou com a presença de fósforo vermelho aspirado pelas correntes de gás em movimento na atmosfera. A tempestade em si é mais fria que as áreas circundantes e bastante complexa, em constante rotação, com ventos no seu interior que atingem os 600 km/h. Perto do centro, no entanto, o movimento é menor e o sentido das correntes estima-se aleatório. Sendo que a mancha absorve alterações atmosféricas menores é possível encontrar cadeias de outras tempestades no seu interior. A sua rotação no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (impulsionada pelo calor interno de Júpiter) completa-se após aproximadamente seis dias terrestres.
Vista em plano bidimensional a mancha estende-se por um comprimento de aproximadamente 25 000 km e tem uma “altura” de sensivelmente 12 000 km. O topo da tempestade (cristas das nuvens) distanciam-se em altura aproximadamente 8 km das nuvens circundantes. Já há bastante tempo vêm sendo observadas outras manchas de tempestades de menores dimensões mas de características similares, não só em Júpiter como também em Saturno e Neptuno.
Júpiter apresenta ainda as chamadas ovais brancas (nuvens frias na atmosfera superior) e as ovais castanhas (nuvens mais quentes na camada “normal” de nuvens).
Terá sido pela primeira vez observada por Cassini ou pelo cientista Robert Hook por volta de 1665, mas nada anula a possibilidade de já ter sido avistada anteriormente (é possível vê-la através de um telescópio terrestre). Sabe-se que no final do século XIX, por volta de 1880, a mancha tinha o dobro do tamanho atual, cerca de 40 000 km de comprimento (onde caberiam um planeta Terra) e desde então tem-se verificado uma diminuição longitudinal. Este facto é provado pelas comparações efectuadas por diversas sondas enviadas pela NASA (Voyager 1, Voyager 2, Galileo - NASA e Cassini – ESA/NASA) em comunhão com diversos registos históricos. Assim, em 1979, e embora a “altura” da forma oval se tenha mantido relativamente constante, as primeira e segunda Voyager registaram a contracção da mancha para os 25 000 km de comprimento. Sabe-se que esta contracção longitudinal é de cerca de 0,19 graus por ano e que por volta de 2040 a forma da mancha se aproximará mais, por isso, a um círculo. Por outro lado, as correntes intensas (ventos) que seguem em sentidos opostos, a norte e a sul da mancha, forçarão a que a forma se mantenha mais ou menos oval.
Explicação para esta contracção é ainda desconhecida, mas assume-se a possibilidade de um comportamento cíclico determinado em décadas, visto que o planeta em si também aumenta esporadicamente a sua actividade e consequentemente faz irromper tempestades periódicas. Também a intensidade da cor varia, o que poderá ter a ver com a velocidade dos ventos que circundam a mancha.As manchas de tempestades no planeta podem durar de horas a séculos. A longa vida da grande mancha vermelha é também difícil de fundamentar. Sendo que o planeta Júpiter é gasoso, ou seja, não possui uma camada sólida como a Terra, faz com que a tempestade nunca encontre uma superfície na qual seja possível dissipar a sua energia. Esta é uma possível explicação para a sua longevidade, para a qual ainda não é possível prever um fim.


Fonte: Wikipédia

Um comentário:

MarciaisBrasil.blog disse...

Que legal, parece mármore! rsrs