STEVE VAI no Brasil
Não existiria maneira melhor de ter começado este meu dia de hoje. A primeira notícia com que me deparei é sobre a vinda ao Brasil de ninguém mais, ninguém menos, que um dos melhores guitarristas de todos os tempos: STEVE VAI !
VAI fará shows no Brasil em novembro deste ano nas cidades de Belo Horizonte (Freegellsmusic), São Paulo (Bourbon Street) e Curitiba (Hellooch) acompanhado por uma banda formada por Jeremy Colson (bateria), Dave Weiner (guitarra), Bryan Beller (baixo), Alex DePue e Ann Marie Calhoun (teclado e violino), Zack Wiesinger (guitarra, saxofone).
STEVE VAI é um dos guitarristas mais notáveis que já apareceram na face deste planeta. O guitarrista possui uma presença de palco fantástica e é dono de truques e efeitos espetaculares, em se tratando do instrumento propriamente dito. VAI domina todas as técnicas da guitarra, é dono de um curriculum invejável e é um dos mais influentes músicos de todos os tempos.
Saibam um pouco da história deste fantástico guitarrista...
Infância
Enquanto crescia, o jovem Steven começou a se interessar pelos guitarristas famosos da época, como Jimi Hendrix e Jimmy Page, o que o levou a aprender a tocar guitarra. Antes de entrar para a Berklee College of Music, primeiramente tocava com seu amigo Dias, depois Steve freqüentemente se reuniu para tocar com o amigo guitarrista Joe Satriani, e tocava em inúmeras bandas locais.
Ele absorveu influências de muitos guitarristas, como Jeff Beck e o guitarrista de fusion Allan Holdsworth.
Com Zappa
Steve ficou fascinado com a música de Frank Zappa. Steve enviou pelo correio transcrições dos solos de guitarra de Zappa para o próprio, e após encontrar Steve pela primeira vez, Zappa ficou tão impressionado com as habilidades do jovem que o convocou para trabalhar transcrevendo suas intermináveis seqüências de rock sinfônico experimental. Nesse estágio de formação de sua carreira, Steve registrou seu talento em faixas como Moggio e Stevie's Spanking.
Enquanto trabalhava para Zappa, Steve viajava com a banda em turnê e tomava parte numa espécie de competição com o público, onde pessoas traziam partituras e Steve tentava lê-las à primeira vista.
O sucesso
Após deixar Zappa em 1982, Steve mudou-se para a Califórnia, onde gravou seu primeiro álbum, Flex-Able, e tocou em várias bandas. Em 1985, ele substituiu Yngwie Malmsteen como guitarrista-solo na banda Alcatrazz, liderada por Graham Bonnet, onde participou da gravação do álbum Disturbing the Peace.
No final de 1985, Steve juntou-se à banda do ex-membro do Van Halen, David Lee Roth, e participou de dois álbuns: Eat 'Em and Smile e Skyscrapper. Essa passagem pela banda de David o proporcionou grande fama entre o público de rock, uma vez que David estava em uma guerra declarada contra os membros do Van Halen e Steve era inevitavelmente comparado a Eddie Van Halen.
Em 1986, Steve surpreendeu a todos ao tocar com o ex-membro dos Sex Pistols, John Lydon, em seu grupo Public Image Ltd, em seu álbum Album. Em 1989, Steve seguiu os passos do guitarrista Adrian Vandenberg e gravou com a banda britânica Whitesnake, após Adrian ter machucado seu pulso pouco tempo antes do início da gravação do álbum Slip of the Tongue.
Anos 90 e 2000
Em 1990, Steve lançou seu álbum solo Passion and Warfare, largamente aclamado pela crítica. Isto sedimentou sua posição no topo dos guitarristas "virtuosos". Steve recebeu um Grammy em 1991.
Após todo o sucesso de Passion And Warfare, Steve resolveu inovar e em 1993 gravou "Sex & Religion" com o vocalista Devin Townsend.
Com o fim da turnê do "Sex And Religion", Steve passou a se dedicar integralmente a outro projeto, que se chamava “Fire Coma". Esse projeto era algo realmente grandioso, e tomou quase todo o tempo de Vai em 94 e 96.
Em 1994, Steve foi chamado para compor e tocar no futuro álbum de Ozzy Osbourne, Ozzmosis. O plano era que Steve aparecesse em metade do álbum, e o guitarrista Zakk Wylde na outra metade. Entretanto, Steve pode ser ouvido apenas na faixa My Little Man e na faixa bônus Back On Earth, que apareceu na coletânea The Ozzman Cometh.
Steve lançou o EP "Alien Love Secrets", em 1995. Com o sucesso inesperado do EP Vai foi convidado pelo Bon Jovi pra abrir a turnê dele. Ainda colhendo os frutos do sucesso de "Alien Love Secrets", Steve continuou o processo de criação e gravação de "Fire Coma". Com o fim da Relativity Records, Vai se mudou para a Epic/Sony, onde lançou o projeto, que acabou sendo chamado de "Fire Garden", em 1996.
Em 96, Steve entrou no projeto G3 com Joe Satriani e Eric Johnson. Os shows consistiam em uma apresentação individual de cada um dos músicos e uma jam session entre os três. A turnê foi registrada em 1997, com o lançamento do cd e vhs G3: Live in Concert.
Steve Vai lançou um DVD com sua performance no teatro Astoria, em Londres, em dezembro de 2001, onde participaram Billy Sheehan, Tony MacAlpine, Dave Weiner e Virgil Donati.
Em julho de 2002, Steve Vai tocou com a Orquestra Sinfônica Metropolitana de Tóquio no Suntory Hall, na cidade de Tóquio, na estréia mundial da peça Fire Strings, escrita por Ichiro Nodaira, um concerto para guitarra e orquestra de 100 integrantes.
Em 2003, Virgil Donati foi substituído pelo baterista Jeremy Colson. Em 2004, Steve Vai estreou a trilha sonora do Halo 2, um jogo para o videogame Xbox. Entre as músicas, destacam-se uma versão pesada de guitarra de Halo 2 Theme, chamada Halo 2 Theme (Mjolnir Mix), e Never Surrender.
Em fevereiro de 2005, Steve estreou uma peça de guitarra e violão que ele escreveu chamada The Blossom Suite com a amiga Sharon Isbin, violonista erudita, no teatro Chatelet em Paris.
Ainda em 2005, foi lançado o álbum Real Illusions: Reflections, e Steve Vai e "The Breed" – nome pelo qual sua banda é agora chamada – embarcaram numa turnê mundial para divulgação do álbum.
Steve Vai continua saindo em turnês regularmente, tanto com sua banda como seu antigo professor e amigo Joe Satriani nas séries de turnês do G3.
Filmes
A música de Steve Vai apareceu em vários filmes, como Dudes, Bill & Ted's Bogus Journey e Ghosts of Mars. Ele apareceu na tela em 1986 com Ralph Macchio no filme Crossroads, interpretando Jack Butler, um guitarrista demoníaco. No clímax do filme, Steve encara um duelo com Ralph Macchio, este com a guitarra dublada por Ry Cooder.
A música neo-clássica entitulada Eugene's Trick Bag, com a qual Macchio derrota Steve e vence o duelo, também foi composta por Steve. A peça é bastante inspirada no Capricho N.º 5 de Paganini, e tornou-se uma das favoritas entre os estudantes de guitarra.
Steve também compôs e executou a trilha sonora de PCU, em 1994. Ele também contribuiu na partitura de Ghosts of Mars, de John Carpenter, e tocou nas faixas Ghosts of Mars e Ghost Poppin'.
Estilo Musical
Enquanto as contribuições de Steve a outros artistas tem sido restrita ao estilo rock ou hard rock, suas composições próprias são consideravelmente mais esotéricas.
O estilo de tocar de Steve Vai é bastante peculiar e teatral, carregado de gestos, e caracterizado por sua facilidade técnica com a guitarra e seu conhecimento de teoria musical.
Steve também tem sido creditado como o responsável pelo ressurgimento da guitarra com 7 cordas. As primeiras antigas foram tocadas pelo guitarrista de jazz George Van Epps, nas décadas de 1930 e 1940, mas o conceito foi reintroduzido no rock por Steve.
Um ponto interessante a ser notado é o compromisso de Steve com o ato de estudar e praticar. Ele declarou em vários textos e a várias revistas especializadas de guitarra que pratica cerca de oito horas por dia ou mais – hábito adquirido nos seus primeiros anos de faculdade.
Ele geralmente usa o lídio, que é seu modo favorito, mas também é conhecido por usar o modo "Bartok" da escala menor melódica.
Curiosidades
• Steve Vai é o dono da Favored Nations, uma gravadora especializada na gravação e divulgação internacional de artistas.
• Steve é casado com Pia Maiocco, ex-baixista da banda feminina Vixen. Steve e Pia têm dois filhos, Julian Angel e Fire.
• Ele gravou os som que seu filho Julian (então com 2 anos de idade)fazia e os imitou com a guitarra na música Ya-Yo Gakk, do álbum Alien Love Secrets.
• Em seu tempo livre, Steve gosta de apicultura, e regularmente produz um pote de mel a ser vendido na sua Make a Noise Foundation.
• Steve Vai é conhecido por ser bastante atencioso com os fãs; não raro, ele passa do horário em sessões de autógrafos, sempre com um sorriso no rosto junto aos que tiram fotografias ao lado dele. Ele também costuma ir cumprimentar os fãs que esperam do lado de fora antes de suas apresentações.
• A partir de sua turnê pela Europa em 2006, Steve iniciou o que chamou de "EVO Experience": poucos fãs visitam os bastidores com o próprio Steve, que deixa que eles peguem e toquem em sua famosa guitarra "EVO".
• Steve Vai retirou parte do tecido da pele entre todos os dedos das suas duas mãos, para poder ter uma abertura melhor dos seus dedos.
Discografia
http://www.vai.com/AllAboutSteve/discography.html
Obs.: Ainda me recordo do show inacreditável no OLYMPIA em SP onde pude ver o guitarrista de perto, nos anos 90. Me lembro do rosto completamente pasmo da platéia, pessoas em estado de choque mesmo! Algumas passagens do show ainda estão bem claras na minha memória, como por exemplo, a guitarra que saiu voando, a performance robótica em BAD HORSIE, o cover de TWIST AND SHOUT dos BEATLES, o ritual sexual no chão do palco com uma de suas guitarras e meu ouvido zunindo durante uma semana, como que se estivesse com um mosquito bem lá dentro dele! Pra quem vai ao show, recomendo: levem o babador! Simplesmente inesquecível...
Ricardo M. Freire (Fonte Wikipédia)