Você sabia que ainda existe vida no interior da usina nuclear de Chernobyl?
Vinte e cinco anos depois do acidente na usina nuclear de Chernobyl que matou muitas pessoas e gerou uma área de isolamento por alta radioatividade ao redor da usina, descobriu-se que ainda existe vida em seu interior.
Um robô foi enviado até o interior do reator nuclear nos escombros desolados da antiga usina nuclear e, ao contrário do que imaginavam os cientistas, eles encontraram vida naquele ambiente inóspito.Há uma fina camada de um estranho limo negro crescendo pelo interior das paredes do reator, mesmo com as taxas de radioatividade ainda estando muito altas lá dentro, o que impossibilitaria de haver alguma vida.
Impressionados, os cientistas resolveram obter amostras do estranho limo, desconhecido até então. Quando o robô retornou, e os cientistas foram examinar o material coletado, eles ficaram ainda mais perplexos.
O limo era um tipo de fungo pouco conhecido, que não só estava conseguindo viver com tamanha radioatividade no ambiente, mas estava se alimentando dela.
Pequenas amostras do limo cresceram significativamente mais rápido ao serem expostas a uma radiação 500 vezes maior que a normal. Os cientistas puderam descobrir que o fungo está usando a melanina, uma substância que afeta a cor da pele humana, da mesma forma que as plantas usam a clorofila.
Dessa maneira, a molécula da melanina é atingida pelo raio gama e sua química é alterada de alguma maneira, gerando energia para o fungo.
Esta descoberta incrível fez com que a comunidade científica repensasse sobre as possibilidades de pesquisa que esta porta acabou abrindo, pois até então ninguém imaginava que isso seria possível.
Teríamos nós humanos, alguma capacidade, mesmo que ínfima, de obter energia da radiação?
Esta descoberta da capacidade de alimentação radioativa do limo poderia gerar uma série de respostas que há muito tempo buscamos em diversas áreas, como por exemplo, a paleontologia e a astrobiologia.
Consequências e conclusões
Se na Terra temos animais capazes de viver em ambientes tão extremos, isso abriria uma forte possibilidade de que em ambientes parecidos, em outros planetas cheios de energia radioativa ionizada exista vida similar.
Até então, muitas pessoas desacreditavam da teoria de que a vida pudesse ter vindo do espaço distante à bordo de um meteoro, porque as taxas de radiação no espaço são altíssimas.Há ainda a possibilidade de manipular genes destes incríveis fungos para gerar cogumelos e plantas que possam retirar radiação de ambientes, funcionando como uma espécie de bio-filtro para o lixo atômico, que ainda é um dos grandes problemas da energia nuclear. Embora os fungos não possam comer isótopos radioativos não é difícil imaginar que eles possam ser usados para sinalização e para verificação de áreas contaminadas. Eles poderiam, em tese, ser usados para concentrar os isótopos em certas áreas, facilitando a limpeza de ambientes contaminados.
Seja como for, a terrível experiência da tragédia de Chernobyl provou não ter sido em vão. As milhares de mortes diretas e indiretas daquele incidente lamentável enfim deixaram algo de bom. Após o o acidente, todas as usinas passaram a adotar um sistema rígido de segurança, com vários graus de redundância para prevenir desastres e falhas humanas, técnicas e mecânicas, o que deixou a nossa vida um pouco mais segura e a descoberta dessa nova espécie de fungo poderá ajudar a humanidade a responder várias perguntas, dentre elas uma das mais intrigantes: "de onde nós viemos?"
O limo na natureza
O limo, na natureza, é um ser vivo fotossintetizante, isto é, que produz o seu próprio alimento clorofilado,ou seja, que têm clorofila, sendo geralmente verde, que vive em ambientes úmidos ou que fica úmido em determinadas ocasiões.
São algas protozoários, por vezes associados com fungos (mixomicetos).
Muitos desses organismos soltam esporos ou afins que flutuam pelo ar, aos bilhões, constantemente. Quando uma destas estruturas reprodutivas ‘pousa’ em algum local propício, ela inicia seu metabolismo, ou seja, começa a viver. Geralmente isso é comum em vasos bem úmidos, já que são seres que dependem muito da umidade. Vasos com terra compactada também favorecem seu desenvolvimento, sobretudo dos musgos.
O limo, por ser uma alga (muitos deles unicelulares), é naturalmente um ser de ambiente aquático. Ele consegue crescer e se desenvolver nas calçadas, muros, vasos e afins enquanto estes estão muito úmidos. Apesar de estar crescendo em um muro, por exemplo, ele está dentro d’água quando chove ou quando a umidade está alta, pois são organismos minúsculos, e, assim, uma alga pode sobreviver em ambiente terrestre.
Eles conseguem viver nos vasos secos das plantas, pois continuam úmidos por muitas horas após uma chuva ou uma rega, dando tempo do limo de nascer e se desenvolver até o momento em que este pequeno ambiente volta a secar e eles entram em dormência.O solo compactado favorece o seu surgimento e desenvolvimento porque quando um vaso que está com o substrato compactado, a água das regas e das chuvas tende a demorar mais para se infiltrar, e fica por algum tempo ‘empoçada’ na superfície. Quando isso ocorre, além do risco para as plantas (apodrecimento das raízes), o ambiente se torna perfeito para o desenvolvimento dos musgos e limos, e, especialmente, para a sua reprodução (quando uma mesma espécie de musgo surge em vários pontos do mesmo vaso ao invés de ir se espalhando a partir do ponto onde nasceu primeiramente pode estar ocorrendo estes pequenos alagamentos).
Eles não causam algum mal às plantas, pois vivem sem interferir com a planta, e podem até ser benéficos ao solo. Eles, apenas, são indicativos de que talvez o vaso esteja recebendo/mantendo umidade demais para as suculentas.
Como seres vivos que são, os limos produzem matéria orgânica e podem servir de alimento a outros seres. Isso ajuda, ainda que infimamente, a depositar matéria orgânica no solo e a manter uma biota de solo viva e ativa. Além disso, dependendo do que se pretende com o vaso, eles podem ter um aspecto atraente e/ou interessante para dar a impressão de serem grama ou outras ervas em meio à floresta – é o mesmo que se faz com os bonsais: se introduz ou se favorece o surgimento dos musgos para dar a impressão de que o bonsai é uma árvore grande rodeada de capim.
Fontes: Science A Gogo / Planta Sonya
sexta-feira, março 25, 2011
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