terça-feira, dezembro 16, 2008

Você sabia?

Você sabia que fragmentos de um cometa chocaram-se com Júpiter em 1994, sendo a primeira colisão de dois astros do Sistema Solar que foi observado e acompanhado em todos os pormenores?

Em algumas imagens enviadas pelas sondas espaciais são bem visíveis no lado noturno de Júpiter as trilhas luminosas de meteoros fragmentando-se a 60 km/s; alguns rastros chegam atingir mil quilômetros de comprimento! No entanto de 16 a 22 de julho de 1994 ocorreu uma espetacular chuva de meteoros em Júpiter quando os fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 (ou SL9) atingiu o planeta.
Estima-se que o cometa SL9 girava em torno de Júpiter há pelo menos 20 anos com período orbital de 2 anos, até ser despedaçado pelas enormes forças de maré do planeta em 07 de julho de 1992 quando esteve apenas a 71.400 quilômetros acima da atmosfera. O que restou foram 21 pedaços (segundo alguns cálculos os maiores eram de 3 quilômetros) que foram esparramados em uma linha até a queda em Júpiter.
Os fragmentos do cometa SL-9 com uma velocidade de cerca de 200.000 km/h, produziram enormes explosões que haviam sido indicadas apenas pelas predições mais extremas.
Quando entraram na atmosfera de Júpiter, os fragmentos causaram flashes que duraram apenas alguns segundos. Daí, gases superaquecidos foram expelidos para as camadas superiores da atmosfera, formando bolas de fogo imensas que, nas explosões maiores, eram, por alguns instantes, mais quentes do que a superfície do Sol! Nos próximos 10 a 20 minutos, uma enorme coluna de gases elevou-se a uns 3.200 quilômetros. Visto que os impactos ocorreram no lado escuro de Júpiter (no hemisfério sul), os flashes e as colunas de gás brilhantes puderam ser detectados com mais facilidade. Em alguns casos, o topo das colunas podia ser visto acima do horizonte de Júpiter.
Dez minutos depois da colisão, a rotação do planeta virou para a Terra os locais dos impactos. Passaram-se outros dez minutos e os pontos de impacto se voltaram para o Sol. A essas alturas, as colunas já se tinham dissipado, e haviam sido substituídas por enormes manchas escuras. A maior delas tinha duas vezes o tamanho da Terra. Essas manchas não haviam sido preditas pelos astrônomos, mas acabaram sendo o aspecto mais marcante do fenômeno, que duraram meses.
Esta foi a primeira colisão de dois astros do Sistema Solar que foi observado e acompanhado em todos os pormenores.


Fonte: Colégio São Francisco

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