sábado, junho 28, 2008

Por que acreditar em ETs hoje?

Por que acreditar em ETs hoje?

O anúncio na semana passada de que muitas estrelas em nossa galáxia estão rodeando planetas do tamanho da Terra foi, francamente, de outro mundo.
Na década passada, astrônomos encontraram algo como 250 planetas extra-solares.
No novo relatório, Michael Mayor e seus colegas do Observatório de Genebra dizem ter encontrado 45 planetas que são apenas algumas vezes tão sólidos quanto nossa querida base azul, significando que eles, como a Terra, provavelmente são feitos de rocha.
O cálculo é proporcionalmente impressionante: uma em três estrelas pesquisadas mostrou sinais de abrigar planetas sólidos, e outros pesquisadores realizando estudos parecidos dizem que o número pode estar mais perto de um para dois. E embora os 45 planetas na lista de Genebra sejam todos “adoradores de estrelas,” como foi colocado por um astrônomo, com períodos orbitais de 2 a 50 dias (até mesmo Mercúrio precisa de quase três meses para circunavegar o Sol), pesquisadores estão confiantes de que outros planetas de rocha ainda serão descobertos a distâncias de seus sóis comparáveis com as da Terra.
Para alguns teóricos, os novos resultados garantem virtualmente a existência de outros mundos parecidos com a Terra.
Habitáveis ou abomináveis, não se pode escapar dos planetas. “Quando uma estrela é formada, ela provavelmente terá planetas”, diz Seth Shostak, cientista-sênior no Instituto SETI em Mountain View, Califórnia.


A formação de planetas

Quando uma nuvem de poeira e gás sofre um colapso para criar uma nova estrela, girando cada vez mais rápido à medida que encolhe, forças concorrentes à da gravidade, pressão e rotação causam parte de seu achatamento em forma de disco – como a saia de uma patinadora voa em círculos quando ela coloca seu braço para trás para um giro. Os planetas, por sua vez, se condensam a partir da poeira, gás e gelo daquele disco central, em seqüências que os pesquisadores apenas começaram a modelar.


Vida abundante

Se há planetas em abundância, cientistas suspeitam de que também haja vida em abundância, pelo menos do tipo microbial. Afinal de contas, dizem eles, o surgimento da vida aqui foi relativamente rápido, talvez 800 milhões de anos após o nascimento da Terra — e, então, ficou unicelular pelos próximos três bilhões de anos.


Novas investigações

Com esse abrangente atlas planetário em mãos, podemos escolher os lugares mais dignos de novas investigações: planetas que estão relativamente perto, e mais próximos do tipo que conhecemos melhor. Podemos procurar planetas rochosos que seguem caminhos estáveis, envoltos por nuvens ou vapor d’água que indiquem oceanos líquidos por baixo, e talvez oxigênio atmosférico, sinal da existência de uma biosfera. “O oxigênio é tão reagente que não deveria estar na atmosfera a menos que esteja sendo produzido por algo como a fotossíntese”, diz Seager. “É um enorme indicador de vida.”
Podemos nunca visitar esses mundos pessoalmente, mas quem sabe poderemos conhecê-los melhor à distância. “Poderíamos enviar algo do tamanho de uma bola de golfe”, diz Shostak. “Poderíamos mandar algo com olhos robóticos, narizes, orelhas, dedos, todos os sentidos que tornam as coisas interessantes, evitando o risco de entrar num foguete, mas vivendo a aventura da mesma forma.”
Que vivamos de maneira longa e próspera, com nossas cabeças nas estrelas, mas nossos pés mortais com segurança no solo.


Fonte: Veja On Line

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