segunda-feira, março 03, 2008

As 20 regras de vida

As 20 regras de vida

As pessoas nascem em um mundo barulhento e dispersivo, crescem atordoadas e são sugadas pela agitação externa. Assim podem viver toda a vida, desconectadas de si mesmas. Ou lutar por uma chance de despertar, em sintonia com o silêncio interior e senhoras da própria atenção.

Segue abaixo 20 regras de vida traçadas pelo pensador russo Gurdjieff, que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris:

1 - Faça pausas de 10 minutos a cada 2 horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2 - Aprenda a dizer NÃO sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer AGRADAR a todos é um desgaste enorme.

3 - Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4 - Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam seus quadros mentais, você se exaure.

5 - Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem sua atuação, a não ser você mesmo.

6 - Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos.

7 - Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8 - Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9 - Tente descobrir o prazer de fatos quotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10 - Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11- Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

12- Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trava do movimento e da busca.

13 - É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de 100 quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14 - Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15 - Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16 - Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17 - A rigidez é boa na pedra, não no ser humano. A ele cabe firmeza.

18 - Uma hora de intenso prazer, substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19 - Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.

20 - Entenda de uma vez por todas, definitivamente e consultivamente: você é o que você faz...



Quem foi Gurdjieff

Esses são os princípios básicos da escola que o russo George Ivanovith Gurdjieff iniciava nos anos 20, na França. Seu "Instituto para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem" atraía músicos, artistas, jornalistas e intelectuais da época.
Gurdjief, nascido em 1877, em Alexandrópolis, era um homem misterioso e extraordinário. Suas idéias, transmitidas por seus seguidores através de todos esse anos, permanecem modernas em pleno ano 2000.
Sua obra escrita foi elaborada nos seus últimos dez anos de vida. "Relatos de Belzebu a Seu Neto" e "Do Todo e de Todas as Coisas" são leituras difíceis. Já o texto de "Encontros com Homens Notáveis" -quase uma autobiografia, onde ele conta passagens de suas viagens e apresenta alguns dos mestres que conheceu- é saboroso e inspirou um filme com o mesmo nome.
O "Trabalho" de Gurdjieff não é uma religião, no sentido convencional, e o próprio Gurdjieff não é "seguido" como um personagem religioso. Melhor entendê-lo como um pensador, criador de uma escola de pensamento com vida própria e que evolui na busca do homem de atenção: aquele que desperta para novos padrões de compreensão através do estudo e da reflexão, e para novos níveis de consciência, através da meditação.
Em 1949, quando morreu em Paris, Gurdjieff era quase desconhecido, mas seu trabalho foi transmitido de forma direta e oral em grupos de estudo que se espalharam por Nova York, Paris, Londres, Viena etc.


Colaboração: Christiane Vanessa / Fonte: Marie Claire

Nenhum comentário: