Eles estão de volta !
Boa notícia para os fãs do GENESIS como eu!
A banda está de volta e com especulação de que PETER GABRIEL iria participar da reunião, mas ele disse à BBC que essa hipótese está descartada por agora. Se dizendo feliz pelos ex-companheiros PHIL COLLINS, TONY BANKS e MIKE RUTHERFORD, ele emendou: "Houve conversas e eu decidi não fazer parte disso. Não que eu tenha eliminado a possibilidade, mas eu estarei trabalhando num material novo."
Mas nada de material novo, apenas uma "turnê reunion" pela Europa por enquanto. Esta pode ser considerada uma das melhores noticias dos últimos tempos, já que os maiores nomes do progressive rock (que já não são tão progressivos assim), como PINK FLOYD e YES, estão fora da estrada. Mesmo sem a esperada não presença de Peter Gabriel, a volta do Genesis deve ser comemorada. Talvez o melhor para o Genesis era não ter Gabriel nos vocais novamente. Peter é um artista inovador, mas acho que não consegue trabalhar em conjunto, Steve Hackett (guitarra) seria a melhor opção para a banda e principalmente para voltar a ter a sonoridade dos anos 70 e fazer suprir a falta de Gabriel e esquecermos a bobagem que foi o Genesis no final dos anos 80 e 90.
Duas análises claras têm que ser feitas: as etapas sem Peter Gabriel e subsequentemente sem Steve Hackett. Sem Gabriel o Genesis pecou pela falta de ousadia nas letras, talvez também faltasse a criatividade e personalidade no palco, sendo que Gabriel vestia roupas e máscaras interpretando as letras, pois não basta cantar tecnicamente bem, e o Collins não é lá "aquele cantor"... Mas o Genesis ainda seguia bem, pois o Hackett ainda estava lá. Com a sua saída, o Genesis centrou-se nas soluções egoistas de Tony Banks, e aí a criatividade sonora e acústica também perdeu-se com o Hackett deixando a banda em 1977, que se queixava muito da excessiva centralização musical de Banks, no que estava certo. Como comparar "SELLING ENGLAND BY THE POUND" com "INVISIBLE TOUCH"??? É muito improvável ver a banda com Gabriel e Hackett novamente. Hackett jamais tocaria de novo com Banks e Gabriel jamais o faria com Collins. É uma questão de conflito de personalidades.
A saída de Peter Gabriel foi bombástica, a saída de Steve Hackett mais discreta. Mas a saída de Hackett foi um golpe discreto, porém profundo. O Gênesis nunca mais foi o mesmo. A opção "pop" do Genesis dos últimos tempos no entanto tem ao menos um grande mérito: eles ainda produziam música de qualidade, bem diferente das "efervescências" que ouvimos por aí. Tomara que possam retomar algo de qualidade, ainda que sem duas essenciais peças-chave da alquimia que formaram até 1975.
A última tour com Phil Collins aconteceu em 1992, e posteriormente sua saída do Genesis em 1995. Esta é uma reunião que vem com um certo atraso, já que a carreira solo de Phil Collins vem apresentando uma flagrante decadência, e os dois outros integrantes com trabalhos de pouquíssima expressividade. O baterista CHESTER THOMPSON e o guitarrista-baixista DERYL STUERMER (músicos convidados que tocaram com a banda de 1978 até 1992, após a saída de Gabriel e Hackett) também estão no projeto.
Só nos resta torcer para que lancem material inédito e ou que venham tocar no Brasil...
Ricardo M. Freire
