A imagem trata-se da bacia Caloris Planitia, no planeta Mercúrio.
Caloris é o termo latino que significa calor e a bacia teve este nome por estar próxima do ponto subsolar (o ponto mais próximo do sol) quando Mercúrio está no afélio. A bacia Caloris tem 1.350 km de diâmetro, é o maior elemento conhecido de Mercúrio e foi formada pelo impacto de um projétil da dimensão de um asteróide. A superfície interior da bacia contém planos suaves mas é muito sulcada e fraturada.
Provavelmente foi causada por um projétil com uma dimensão de mais de 100 km. O impacto produziu uma elevação com anéis concêntricos com 3 km de altura e expeliu matéria pelo planeta até uma distância de 600 a 800 km. As ondas sísmicas produzidas pelo impacto em Caloris concentraram-se no outro lado do planeta e provocaram uma zona de terreno caótico. Após o impacto, a cratera foi parcialmente cheia com lava.
Muitas destas estruturas de Mercúrio foram descobertas por imagens da Mariner 10 e foram interpretadas como sendo enormes falhas tectônicas. A abundância e comprimento destas falhas indicam que o raio de Mercúrio diminuiu de um a dois quilômetros após a solidificação e a formação das crateras de impacto.
Antes da Mariner 10, pouco era conhecido sobre Mercúrio por causa da dificuldade de o observar com os telescópios, da Terra. Na máxima distância, visto da Terra, está apenas a 28 graus do Sol. Por isso, só pode ser visto imediatamente antes do nascer-do-Sol ou logo depois do pôr-do-Sol. Quando observado ao amanhecer ou ao anoitecer, Mercúrio está tão baixo no horizonte, que a luz tem que passar através do equivalente a 10 vezes a camada da atmosfera terrestre que passaria se Mercúrio estivesse diretamente por cima de nós.
Mercúrio está crivado de crateras, contém bacias de anéis e muitas correntes de lava. As crateras variam em tamanho desde os 100 m até 1.300 km e estão em vários estados de conservação. Algumas são recentes com arestas vivas e raios brilhantes. Outras estão altamente degradadas, com arestas que foram suavizadas pelo bombardeamento de meteoritos. O bombardeamentos de micrometeoritos criaram uma superfície de poeira que é conhecida por regolito. Alguns meteoritos pouco maiores atingiram a superfície e produziram as crateras de raios luminosos. Além de colisões ocasionais de meteoritos, a superfície de Mercúrio já não é ativa e permanece no mesmo estado de há milhões de anos. As fotografias obtidas pela Mariner 10 mostram um mundo que parece a lua.
A maior parte da superfície de Mercúrio está coberta de planícies. Muitas delas são antigas e crivadas de crateras. Os cientistas classificaram estas planícies como planícies intercrateras e planícies suaves. Planícies intercrateras são mais antigas. As planícies suaves são recentes com poucas crateras. Em algumas áreas podem ser vistas pequenas porções de lava a preencher as crateras.
Existem planícies suaves à volta da bacia Caloris Planitia, que é maior cratera de Mercúrio.
Fonte: Terra
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