sexta-feira, novembro 14, 2008

CLIP DO DIA

JEAN-LUC PONTY ocupa, sozinho, boa parte da cena violinística do jazz.
Ponty nasceu no ano de 1942 em Avranches, França, dentro de uma família musical (seu pai era professor de violino e sua mãe professora de piano) e teve formação clássica, tocando na orquestra Concerts Lamoreux por três anos.
Ao ter contato com o jazz moderno, experimentou por um breve período o clarinete e o sax tenor, mas logo se decidiu a explorar esse território com o violino. No início dos anos 60, Ponty se lançou como músico de jazz, chamando a atenção da crítica por conseguir tocar o violino com a fraseado lexível e a energia de um saxofone.
Em 1966 participou do famoso disco Violin Summit, e em 1967 foi convidado por John Lewis para tocar no Monterey Jazz Festival. Em 1969 começou uma colaboração com Frank Zappa, e também tocou com George Duke. Depois, entrou para a Mahavishnu Orchestra de John McLaughlin, onde tocaria até 1975, ano em que assinou um contrato solo com a Atlantic.
Seus discos Aurora, de 1975, e Imaginary Voyage, de 1976, estabeleceram firmemente sua reputação como virtuose do jazz-rock.
Nas décadas seguintes, Ponty alcançou uma notoriedade comparável à de um astro pop. Foi um dos primeiros músicos de jazz a gravar um videoclipe. Os títulos de seus discos são escolhidos a dedo para seduzir certo tipo de público, freqüentemente fazendo referência a uma temática futurista ou mística (Aurora, Imaginary Voyage, Enigmatic Ocean, Cosmic Messenger, Mystical Adventures, No Absolute Time, Le Voyage, Life Enigma...).
Nos anos 90, começou a experimentar com a fusão entre o jazz rock e o afro-pop. Em 1995, formou um trio all-star com o contrabaixista Stanley Clarke e o guitarrista/violonista Al Di Meola, denominado The Rite of Strings, com o qual alcançou grande sucesso.
Embora ocasionalmente Ponty enverede por uma música de caráter um tanto comercial, é inegável que se trata, dentro do estilo fusion, de um dos músicos mais talentosos e bem preparados, capaz de construir um discurso pessoal, rico e elaborado.

"Mirage" - Jean-Luc Ponty

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