Uma estrela giratória morta foi encontrada alimentando-se de sua companheira estrelar encolhendo-a a um tamanho menor do que alguns planetas.
Este objeto é o esqueleto de uma estrela. A pulsar está comendo a camada externa e tudo o que resta é um miolo central rico em hélio.
Pulsares são o centro de uma estrela de nêutrons que giram centenas de vezes por segundo, mais rápido do que o liquidificador da sua cozinha.
O sistema foi descoberto quando os satélites Swift e RXTE da NASA captaram uma rajada de raios X e gama na direção do centro galáctico da Via Láctea vindos da constelação de Sagitário.
O companheiro menor orbita o seu amigo parasita de uma distância de 370 mil km, similar à distância entre a Terra e a Lua. Tem a massa estimada de apenas 7 Júpiteres, mas pode ser muito maior. Os cientistas não o consideram um planeta por causa da maneira como se formou.
É essencialmente uma anã branca que foi consumida até uma massa planetária.
Os cientistas pensam que há vários bilhões de anos atrás o sistema consistia em uma estrela bastante massiva e outra menor no máximo 3 vezes o tamanho do Sol. A estrela maior evoluiu rapidamente e explodiu formando uma supernova, deixando para trás um corpo estrelar giratório sem vida conhecido como estrela de nêutrons. Durante esse período a estrela menor começou a evoluir também, finalmente expandido-se em uma gigante vermelha cuja camada exterior encapsulou a estrela de nêutrons.
Isso fez com que as estrelas se aproximassem uma da outra enquanto, simultaneamente, ejetavam a camada externa da gigante vermelha no espaço.
Sobrevivência não compreendida
Depois de bilhões de anos resta pouco da estrela companheira e é incerto se ela irá sobreviver. Ela tem "tomado uma surra", mas isso é parte da natureza.
Hoje ambos objetos estão tão próximos entre si que a poderosa gravidade da estrela de nêutrons gerou um sifão de gás de sua companheira para formar um disco giratório em torno de si mesma. O disco ocasionalmente expele grandes quantidades de gás na estrela de nêutrons criando rajadas como a detectada em junho.
O sistema será detalhado em dois estudos e serão publicados em próximas edições do Astrophysical Journal Letters.
Fonte: Live Science
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