segunda-feira, novembro 10, 2008

A explicação da ciência para o fim dos dinossauros

A explicação da ciência para o fim dos dinossauros

Uma colisão de dois asteróides entre Marte e Júpiter, há 160 milhões de anos, enviou enormes rochas na direção da Terra, incluindo uma que levou à extinção dos dinossauros, disseram cientistas.
Isso explicaria um dos fatos mais impressionantes da história da vida na Terra - a queda de um meteorito de 10 km de diâmetro na península do Yucatán (sudeste do México), 65 milhões de anos atrás.
Essa catástrofe acabou com os dinossauros, que haviam dominado o mundo por cerca de 165 milhões de anos, e outras formas de vida. Esse vácuo, segundo especialistas, propiciou o desenvolvimento dos mamíferos e, mais tarde, do ser humano.
O impacto deve ter provocado um cataclismo ambiental em todo o mundo, expelindo enormes quantidades de rocha e poeira nos céus, provocando gigantescos tsunamis e incêndios globais. Isso teria feito com que a Terra passasse anos na escuridão.
Usando simulações em computadores, cientistas checos e norte-americanos estimaram em 90% a probabilidade de que a colisão de dois asteróides - um com cerca de 170 km de diâmetro, outro com cerca de 60 - tenha sido o fato que precipitou o desastre na Terra.
A colisão ocorreu no cinturão de asteróides, uma coleção de grandes rochas que orbitam o Sol a cerca de 180 milhões de km da Terra, segundo o estudo publicado nesta semana na revista Nature. O asteróide Baptistina e os destroços a ele associados supostamente são restos desse choque, segundo os cientistas.
Parte dos destroços da colisão escapou do cinturão de asteróides, mergulhou em direção ao centro do Sistema Solar e acabou atingindo a Terra e a Lua, além de provavelmente Marte e Vênus, segundo William Bottke, do Instituto de Pesquisas do Sudoeste dos EUA, em Boulder, Colorado.
Durante algum tempo, essa colisão deve ter dobrado o número de impactos ocorridos nessa parte do Sistema Solar. Na verdade, embora o auge desse fenômeno tenha se dado há 100 milhões de anos, os cientistas dizem que ainda há uma "garoa" residual de detritos espaciais devido àquela colisão.
O meteorito que caiu no Yucatán teria aberto a cratera chamada Chicxulub, que tem cerca de 180 km de diâmetro. Os pesquisadores examinaram a composição desse meteorito e concluíram que ela é condizente com o rochoso Baptistina.
Eles estimam em 70% a probabilidade de que Tycho, uma cratera lunar de 85 km de diâmetro formada há 108 milhões de anos seja resultado de restos de uma colisão espacial anterior.


Fonte: Reuters

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