IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

Elizabeth Chu, engenheira da Boeing, inspeciona a amostra de uma unidade de blindagem térmica desenvolvida para o grupo de cápsulas Orion da NASA.

A Boeing fechou um contrato no ano passado, para desenvolver um protótipo de uma blindagem térmica com o intuito de proteger os astronautas da NASA do extremo calor que ocorre durante a re-entrada na atmosfera terrestre, após o retorno de missões lunares e da baixa órbita terrestre. O trabalho foi desenvolvido pela Boeing em Huntington Beach, Califórnia.


A espaçonave Orion

A Orion será uma versão maior e mais moderna das cápsulas espaciais Apollo, que levaram os americanos à Lua, entre 1969 e 1972. Ela poderá levar quatro pessoas até a Lua e seis em missões para a estação espacial internacional. Com forma cilindro-cônica, a Orion também será usada como veículo de retorno à Terra, para as expedições que devem explorar o planeta Marte, na terceira década deste século.
A Orion representa um retorno às tecnologias do projeto Apollo, depois de um desvio de 40 anos. Em 1980, a Nasa tentou substituir as antigas naves modulares por um veículo com asas, mistura de avião e de foguete, o conhecido ônibus espacial. Uma frota de quatro ônibus entrou em operação a partir de 1981. Primeiro a Columbia, depois a Challenger, a Discovery e a Atlantis. Dessas, só restam a Discovery e a Atlantis. O projeto foi um fracasso e as naves com asas delta revelaram-se dispendiosas, perigosas e de operação difícil. Depois do desastre com a Columbia, em 2003, a Nasa desistiu de criar um sucessor para o ônibus espacial e resolveu voltar para os sistemas modulares dos tempos da corrida lunar.
A Orion faz parte de um programa de veículos lunares e interplanetários conhecido como projeto Constellation. Além da cápsula, que levará os astronautas, serão construídos dois foguetes, o Ares 1 e o Ares 2. A base desses veículos são os motores de combustível sólido usados para lançar os ônibus espaciais. Nos estágios superiores eles utilizaram motores de combustível criogênico, movidos a hidrogênio e oxigênio líquido, como os J-2, que impulsionaram as naves americanas para a Lua e lançaram a estação espacial Skylab nos anos de 1970.
A missão do Ares 1 será colocar a Orion em órbita da Terra. O Ares 2 será o veículo de carga, capaz de lançar ao espaço módulos lunares e marcianos. Pelo cronograma atual, a Orion começa a voar em 2014, substituindo o ônibus espacial na tarefa de levar tripulações para a estação espacial internacional. Em 2020 começam as missões para a Lua, cujo objetivo será instalar uma base permanente no pólo sul lunar. Nas missões lunares a Orion levará quatro tripulantes, no lugar dos seis das missões para a ISS. A nave será levada ao espaço por um foguete Ares 1 e se encontrará com um propulsor e um veículo de pouso lunar que terá sido lançado por um Ares 2. Depois do acoplamento, o conjunto seguirá para pousar na Lua.


Fontes: NASA / UOL
Colaboração: Wilson Freitas


Obs.: Reparem na unidade de blindagem térmica que está na foto de destaque desta matéria. O design do artefato não lhes parece familiar?

Ricardo M. Freire