Saturno sempre foi objeto de fascínio entre os astrônomos, devido aos anéis e às suas misteriosas luas, principalmente Titã.
A imagem foi obtida pela nave orbital CASSINI, que tem como objetivo o reino de Saturno, num projeto conjunto das agências espaciais americana ( NASA ), européia ( ESA ) e italiana ( ASI ).
Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997, por um foguete TITAN IV-CENTAUR. Seu nome foi dado em homenagem ao astrônomo franco-italiano Jean Dominique Cassini.
Após receber um impulso gravitacional, ou seja, um empurrão dos planetas Vênus, Terra e Júpiter, a Cassini chegou em Saturno em 2004, onde vem executando a missão de explorar e estudar o planeta Saturno e seus satélites.
A nave foi lançada com um peso total de 5634 kg, desses quais, 3132 kg são de propelentes à base de nitrogênio e 335 kg da sonda Huygens, que vai acoplada a ela.
Devido à fraca ação luminosa do Sol, não será possível a obtenção de eletricidade através de painéis solares. Desse modo, a Cassini será provida de energia por três geradores nucleares, à base de plutônio. A sua ação libera calor, que é convertido em eletricidade. A potência total dos geradores será de 628 Watts, no final da missão.
A Cassini possui uma antena de 4 metros de diâmetro, construída pela agência italiana ( ASI ), usada para receber ordens provindas da Terra e transmitir os dados recolhidos em Saturno pelos 18 aparelhos ( 6 na Huygens ) que a Cassini carrega consigo.
Essa nave representa um avanço na tecnologia de sondas planetárias. Novos conceitos, novos materiais, novas técnicas são empregadas para melhorar e ampliar o poder de armazenamento e processamento dos dados recolhidos pelos sensores. Exemplos são a substituição de fita magnética por gravadores em "estado sólido" sem partes móveis; os novos componentes eletrônicos de alta performance e componentes especiais que suprimem dezenas de outros.
Vários instrumentos, 12 ao todo, estão programados para realizar experimentos envolvendo tanto Saturno em si, como os anéis e suas luas geladas, bem como Titã.
Durante os quatro anos de missão, a Cassini realizará 60 órbitas ao redor de Saturno, e operando seus instrumentos, realizará imagens em infravermelho, visível e ultravioleta do planeta, anéis e satélites, bem como analisará as composições químicas, medirá os campos magnéticos de Saturno e luas e sua interação com o vento solar e produção de plasma, analisará a poeira cósmica nas imediações, e partículas ionizadas produzidas no sistema. E também fará o mapeamento por radar do planeta, anéis e satélites, principalmente Titã.
Fonte: Carlos H. B. Mourão
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