domingo, setembro 21, 2008

15 de Setembro: Dia Mundial de Limpeza de Praias

15 de Setembro: Dia Mundial de Limpeza de Praias

Dia 15 de Setembro é o Dia Mundial de Limpeza de Praias. Em 1986 a ONG americana Center for Marine Conservation (CMC) realizou o primeiro dia Mundial de Limpeza de Praias.
Em 1989 o evento se internazionalizou e 9 anos depois juntavam-se mais de 340 mil voluntários em mais de 75 países, sendo que no Brasil 1446 pessoas recolheram 8169 quilosde lixo em 94,6 quilometros de praias.
Durante este evento, que sempre vem ocorrendo no terceiro sábado de setembro, os voluntários vão às praias recolhe lixo. Cada voluntário além de coletar o lixo anota em um formulário padrão as quantidades recolhidas de cada ítem que compõe o lixo sólido. Estes dados são utilizados pela CMC para fazer estatísticas que retratem o estado de poluição dos oceanos no nosso planeta.
Iniciativa fantástica de um grupo de abnegados que “gastam” seu precioso tempo em prol de toda a humanidade.


O lixo nas praias

Não existem mistérios acerca da poluição dos mares. O pior problema, atualmente, é o enorme despejo de esgoto não-tratado e de efluentes industriais, sem qualquer preocupação com as possíveis conseqüências.
Isso foi dito por Stjepan Kecknes, diretor do Centro de Programas de Atividades Oceânicas e Costeiras do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), cuja tarefa é auxiliar na limpeza dos mares do nosso planeta. Oitenta e cinco por cento dos 20 bilhões de toneladas de material poluente despejados anualmente nos oceanos provêm dos continentes. Noventa por cento desse material permanece na área costeira, criando sérios problemas ambientais e de saúde. Neste capítulo, veremos como os mares se tornam poluídos e quais os prejuízos que isso acarreta.


Fontes de poluição

- Esgoto doméstico

Em todo o mundo, grande quantidade de esgoto doméstico é despejada no mar, mas somente uma parte é previamente tratada. O oxigênio e as bactérias do mar ajudam bastante a neutralizar o esgoto, tornando-o inofensivo e permitindo que seja usado por animais e plantas. Afinal de contas, o mar está repleto de animais que produzem detritos durante todo o tempo. Contudo, a quantidade de resíduos que pode ser despejada nele é limitada.
O número de pessoas que vivem em cidades litorâneas está crescendo em todo o nosso planeta, e mais esgoto é produzido sem que o mar possa processá-lo. Tecnicamente, tratar os esgotos antes de lançá-los no mar não é um problema, mas custa caro. As nações em desenvolvimento, em particular, ressentem-se da falta de recursos financeiros para construir estações de tratamento em número suficiente. No Sudeste Asiático, onde essas estações são poucas, o problema é mais sério ainda. Mesmo as nações ricas freqüentemente relutam em gastar dinheiro com estações de tratamento e, assim, os esgotos acabam sendo lançados nas praias, o que não é somente desagradável, mas constitui um grave risco para a saúde.

- Resíduos industriais e urbanos

Muitas cidades do mundo são densamente povoadas e possuem indústrias pesadas. Uma grande quantidade de despejos industriais é lançada diretamente no mar ou chega até ele através dos rios nos quais é despejada. Enquanto o esgoto doméstico é orgânico e pode ser reciclado pelo mar, grande parte do esgoto industrial é inorgânica, não se decompondo facilmente e permanecendo inalterada. Gradualmente, esses dois tipos de esgotos se somam, causando cada vez mais poluição. Mais de 100 mil produtos químicos diferentes têm como destino final o mar e, com freqüência, ninguém sabe quais serão as conseqüências. A maior parte permanece nas águas costeiras, porém, como o oceano é um vasto sistema móvel, os compostos químicos vão lentamente se espalhando por ele. Ainda não se sabe como esses produtos afetam a vida marinha.
Nem todos os resíduos originam-se diretamente das indústrias. Muitos produtos químicos provêm das casas e são despejados no sistema de esgoto. As chuvas carregam o óleo, a graxa e outras sujeiras das estradas, veículos e construções para os rios e deles para o mar. Além disso, a chuva que cai no mar está contaminada com poluentes atmosféricos oriundos das chaminés das fábricas, das unidades de aquecimento central e dos escapamentos dos veículos.

- Resíduos da agricultura

Alguns dos produtos químicos usados na agricultura também acabam chegando ao mar. Fertilizantes são colocados no solo para um maior e melhor crescimento dos vegetais; inseticidas são amplamente utilizados pelos fazendeiros para eliminar pragas que possam dizimar as plantações; herbicidas são borrifados nas plantas para eliminar ervas daninhas. Alguns desses agentes químicos, fortemente tóxicos, são levados pela chuva para regatos e rios, atingindo o oceano, onde continuam ativos, causando danos como o crescimento defeituoso das algas.

- Petróleo

Estima-se que aproximadamente 6 milhões de toneladas de petróleo são despejados no mar a cada ano, uma parte devido a acidentes no embarque e desembarque desse minério nos navios. O restante provém de petroleiros que lavam seus tanques com água do mar, despejando-a ilegalmente no oceano; de refinarias e terminais de carga e descarga de navios-tanque; de pontos de perfuração de plataformas marítimas e oleodutos submarinos. Outra parte, ainda, é simplesmente lavada pela chuva, indo de estradas, veículos e prédios em direção ao mar.

- Destinação dos resíduos

O lixo também é carregado em navios e lançado no mar. Certos resíduos de esgotos são regularmente despejados nas águas marinhas. Produtos tóxicos perigosos, como os PCBs usados na indústria elétrica, são queimados no mar, em navios incineradores especiais. Muitos portos são ainda mantidos em funcionamento graças a dragas que continuamente promovem o desassoreamento do leito dos rios, atirando no oceano os sedimentos que podem estar contaminados com produtos provenientes de despejos urbanos e industriais nas proximidades do porto.

As pessoas, atualmente, têm mais cuidado com o que despejam no mar. Ao término da Segunda Guerra Mundial, 170 mil toneladas de gases venenosos foram postas em navios, que afundaram na Noruega. As autoridades agora tentam rastrear e recuperar os recipientes tóxicos antes que comecem a vazar e prejudicar as áreas de pesca.


Fontes: Conte Aqui / SOS Praias Brasil News

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