Você sabia que a fidelidade é característica marcante entre os casais de pingüins?
Entre os casais de pingüins o divórcio acontece somente em 25% dos casos, ocorrendo somente devido à má reprodução.
Na Antártida, em todo mês de março, centenas de pingüins fazem uma jornada de milhares de milhas de distância pelo continente a pé, enfrentando animais ferozes, temperaturas frias, ventos congelantes, através das águas profundas e traiçoeiras. Tudo para encontrar o par perfeito para o acasalamento.
Por instinto, enfileirados aos montes, machos e fêmeas deixam seu habitat natural em direção ao deserto gelado da Antártica em uma maratona de bravura e sobrevivência até realizar seu ritual de acasalamento.Feito a escolha, existe uma inversão de papéis entre pingüins machos e fêmeas, onde o casal se separa após um breve tempo suficiente para a fecundação. A fêmea deixa o ovo para ser chocado pelo macho, enquanto retorna para o mar em busca de alimento.
Meses se passam e os pingüins machos têm a árdua tarefa de aquecer e proteger o rebento, à espera do retorno de suas fêmeas. A nova família de pingüins terá que se reunir no prazo máximo de 48 horas para que o novo membro receba comida, caso contrário, não sobreviverá.O reencontro com as fêmeas dá largada à corrida dos machos em direção às águas do Oceano Antártico, a marcha dos famintos. Caberá agora, às fêmeas, a tarefa de preparar os filhos para a vida adulta, até que possam se arriscar sozinhos no mar. Assim, o ciclo se fecha até chegada do próximo Outono.
A escolha
Ao mesmo tempo que proclama a sua espécie, as aves precisam conhecer o seu sexo.
O pingüim macho tem um jeito particularmente encantador de descobrir o que lhe interessa saber sobre os seus companheiros uniformizados. Apanhando um seixo com o bico, ele dirige-se a um outro que esteja parado sozinho, deposita-o solenemente no solo defronte. Se receber uma bicada raivosa e observar um movimento agressivo, percebe que cometeu um erro terrível: trata-se de um outro macho.Se o presente é recebido com total indiferença, ele encontrou uma fêmea ainda não preparada para o acasalamento ou já é comprometida com outro macho. Apanha então o presente rejeitado e continua sua busca. Mas se a estranha aceita a oferta efetuando uma profunda reverência, ele encontrou a sua companheira. Faz outra reverência em resposta e o par estica o pescoço e celebra a união com um coro nupcial.
Feito o acasalamento, os pingüins dirigem-se à terra (plataforma de rocha ou gelo), para depositar os ovos. A fêmea deposita um ovo, raramente dois. A forma do ninho varia, segundo a espécie do pingüim: alguns cavam uma pequena fossa, outros constroem os ninhos com pedras e há aqueles que colocam o ovo sobre as pregas da pele sobre os pés.
O período de incubação dura de 5 a 6 semanas.
Nas primeiras semanas de vida, o pingüim comerá alimentos que os pais já digeriram e ficará sobre a guarda permanente de um ou outro, protegido dos demais pingüins e predadores. Quando adquire o tamanho do pai, a penugem é substituída por penas, sinal que é tempo de aprender a nadar, e é tempo de abandonar o local e voltar ao mar, onde permanecerão por vários meses até recomeçar o ciclo.
Tanto o pingüim-imperador como o pingüim-rei, incubam o ovo aos pés, cobertos por uma dobra de pele entre as pernas, e as crias permanecem sob estas dobras protetoras por um breve tempo, apenas o suficiente para que consigam regular sua temperatura corporal.
Fontes: Terrazul / Contando História / Pet Friends / Web Ciência
terça-feira, setembro 30, 2008
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