
Os cães possuem sexto sentido?
Segundo o autor do livro “Comportamento do cão”, Desmond Morris, não há nada de sobrenatural nas sensibilidades caninas. Todas podem ser explicadas por mecanismos biológicos. Por exemplo, os cães podem encontrar o caminho de casa, mesmo estando muito longe e em terrenos que não lhes são familiares. Esta é uma qualidade partilhada com os gatos e com outras espécies animais. Parece ser baseada na apreciação de sutis diferenças e mudanças no campo magnético da Terra. Esta capacidade pode ser anulada pela presença de ímãs potentes, o que permite ao autor afirmar que não se trata de uma fantasia.
E quanto aos donos que afirmam que os seus cães "viram um fantasma"? Quem tenha experimentado um momento em que seu cão olha para o “nada” rosnando e latindo insiste em dizer que o cão “viu um fantasma”. Provavelmente, o que aconteceu foi o cão ter detectado um sinal de cheiro particularmente forte, não de outro cão, mas de outra espécie animal. A estranheza de tal cheiro e o seu poder, no sensível nariz do cão, é o suficiente para provocar tão potente reação.
Uma das mais espantosas afirmações relacionadas com o sexto sentido dos cães, foi produzida por cientistas, que reportaram a descoberta de detectores de infra-vermelhos no nariz dos cães. Isto pode explicar certas capacidades até aqui consideradas “sobrenaturais” em algumas raças. Os cães São Bernardo, por exemplo, são conhecidos por serem capazes de indicar se um alpinista enterrado por uma avalancha está vivo ou morto, simplesmente cheirando a neve. Se, efetivamente, o nariz dos cães possui tais detectores de calor, então tal situação deixaria de ser extravagante. Além disso, se sabe que certas espécies de cobras possuem “receptores” de calor, permitindo-lhes detectar a presença de pequenas presas de sangue quente. O fato de tal proeza da cobra existir no reino animal reforça a possibilidade de o mesmo acontecer com os cães, o que explicaria aquilo que denominamos “sexto sentido” nos nossos cães.
Rejeitando a explicação sobrenatural, uma teoria mais compreensível é a de que os cães em causa tinham hidrofobia (raiva). Quando um cão está contagiado pela doença, ele uiva, geme e faz outros ruídos anormais, que não passam “despercebidos” pelas pessoas. Se o cão em questão havia infectado o dono e este morria, as pessoas, ouvindo a história, percebiam que o acontecimento ocorrera pouco depois de o cão ter sido ouvido produzindo sons fora do comum. Na época em que era desconhecida a forma de transmissão da raiva, é fácil compreender como a ligação entre os gritos do cão e a morte humana podia ser interpretada como um mau presságio, sem a correta relação entre contágio da doença do cão e seu dono. Daí a crença!Fonte: Desmond Morris















Um comentário:
Eu adoro os animais e cachorro é a minha paixão. Acredito no sexto sentido deles.
Vim parar no teu blogue por acaso. Estava procurando no google uma imagem (futuro) e caí aqui.
Gostei demais.
Amo música.
Bem, meu blogue não tem nada a ver com o de seu mas se quiser aparecer. Nem rpecisa comentar se não quiser.
Um abraço e bom dia!
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