domingo, setembro 07, 2008

Nossa sociedade preconceituosa

Nossa sociedade preconceituosa

Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos "padrões" de uma sociedade.
O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.
A complexidade da real origem dos preconceitos é uma das grandes dificuldades que o ser humano enfrenta para entender como respeitar e amar o próximo de forma objetiva e sensata.
As principais formas são: preconceito racial, social, sexual, pelo vestuário, pela linguagem, pela crença, etc.
O preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história.
Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes "faltam" para serem semelhantes à grande maioria. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação e preferência sexual de cada indivíduo.


Dando um basta

Se desejamos combater o preconceito injusto e a discriminação indevida, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que o sistema de defesa humano as compreenda e não rejeite o que for normal e saudável. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência. Amar, não é simples­mente compreender, tolerar e querer bem ao próximo. Amar o próximo é também ter a coragem de repreendê-lo para que se torne bem-sucedido como ser humano e cidadão.
Já é hora de o brasileiro compreender que a liberdade pacífica é mais útil a uma nação do que a proibição de usar a intuição humana e o prévio conceito como medida preventiva. Só as pessoas inconseqüentes, ou muito inocentes, é que entendem que devemos considerar todo mundo em igualdade absoluta e irrestrita (sejam sadios, doentes, crianças, homens, mulheres, gays, lésbicas, estupradores, prostitutas, gente de bem, ladrões, aidéticos, etc). No entanto, as pessoas sensatas e equilibradas, que se preocupam com o futuro da humanidade e que sabem dosar o amor com a disciplina, enxergam a necessidade da moderação nestas questões. Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada pessoa segundo seu merecimento individual. Temos que levar em conta o risco de boa ou de má influência que cada pessoa ofereça.
Alguns preconceitos ainda, resultam em injustiças e são baseados unicamente nas aparências e na empatia.


Tatuagens e piercings

O aumento do número de pessoas com tatuagem e piercing, atualmente gera polêmica no mercado de trabalho.
Uma flor na nuca, um dragão colorido no braço, uma bola de metal na ponta da língua. Discretos e chamativos, tatuagem e piercing, que um dia foram símbolo de rebeldia, ganham, a cada dia, mais adeptos – inclusive no mundo corporativo. E provocam, entre chefes, as mais diferentes reações. Por isso, segundo especialistas da área de Recursos Humanos, antes de decidir usar uma tatuagem ou um piercing, o profissional deve fazer uma avaliação do grau de conservadorismo de sua área de atuação.
Em áreas mais novas, como internet, telecomunicações e publicidade, o visual pode ser comum. Mas instituições com um perfil mais sóbrio, como bancos, escritórios de advocacia, hotéis e hospitais estão atentos à formalidade na apresentação do funcionário.
Infelizmente, a tatuagem e o piercing ainda são associados, principalmente por alguns chefes mais conservadores, à excentricidade.
O que a sociedade deveria entender, é que tanto o piercing quanto a tatuagem, não irão mudar o que se é ou o que se pensa. É físico, não psicológico. Não irá mudar o caráter.
É curioso saber aonde vai parar esta sociedade e seus conceitos preconceituosos, que continuam discriminando, julgando e marginalizando, no sentido de pôr à margem, os que tem simples diferenças que nem chegam a ser propriamente físicas.


Fontes: UOL / O Globo / Renasce Brasil
Sugestão: Renato Mauricio


Obs.: Triste ter que conviver com esta sociedade preconceituosa e bizarra. É assustador saber que muita gente foi criada com uma visão distorcida das pessoas que são "diferentes". O fato de que para alguns, a idéia do homossexualismo ser doença, de que pessoas com tatuagens, piercings ou mal vestidas serem criminosos, de que negros são inferiores, é a mais pura ignorância, imbecilidade e pobreza de espírito.

Ricardo M. Freire

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu concordo com você em muitas coisas.

Falar das coisas e de quem é formado o povo brasileiro é complexo. A miscigenação do nosso país fez com que ele fosse único no mundo a ter uma mistura de todos os povos, devido a colonização. Moramos neste país e nada sabemos ao certo sobre ele. Não podemos assim falar somente de suas belezas e encantos. Estamos com outro objetivo e ele com certeza não é promover o turismo ou o comércio. Estamos aqui hoje para lembrar-vos mais uma vez os problemas que ainda persistem em mais de 500 anos de independência.

Muitos problemas veio decorrente à essa colonização, como as desigualdades e os preconceitos.
Pensar no banimento desses fenomenos deveria ser algo corriqueiro, porém eu vejo uma solução simples.

A solução para a discriminação regional não é impor que tenhamos atitudes e costumes totalmente idênticas, pelo contrário, é admitir e respeitar as diferenças. Atitudes negativas não dão crescimento a ninguém , por isso as ações devem ser realizadas de forma civilizadas, já que fomos denominados racionais.

Não acredito que as leias possam garatir por si só atitudes maduras e racionais nas pessoas, por que as leias obrigam, campanhas de conscientização convencem, dizem os por ques que todos querem saber. Essa é a melhor solução ao meu ver.