Você sabia que o peixe-arqueiro é um verdadeiro matemático, sendo equipado para resolver o problema da refração da luz?
Para que alguém, estando fora da água, possa atingir com precisão um objeto submerso, é necessário um cálculo muito complexo, porque tal objeto parece mais próximo do observador do que realmente está. O peixe-arqueiro enfrenta esse problema ao reverso: ele vê um inseto em um ramo fora da água e, rapidamente, projeta a cabeça ou apenas a boca para além da
superfície e abate o inseto com um certeiro jato de líquido, como se cuspisse.
A medida que vai à tona, ele mira fazendo a compensação pela refração da luz, tudo
com uma extraordinária capacidade de cálculo matemático instantâneo, inata ao
animal e que lhe foi concedida por um instinto inteligente.
O jato de água certeiro que o peixe-arqueiro usa para capturar suas presas não é obra do acaso. Um estudo feito por uma equipe de pesquisa alemã, publicado na revista "Current Biology", revela que esse comportamento contou com a contribuição dos mecanismos evolutivos.
Os cálculos dos cientistas da Universidade Erlangen-Nürnberg mostram que a força do tiro de água é dez vezes maior do que a que faz a mosca, por exemplo, permanecer estacionada sobre uma superfície. O tipo de presa a ser abatida não influencia no processo de elaboração do cuspe. O que importa é o tamanho dela.
Segundo a pesquisa, o refinado processo também faz com que o peixe economize energia ao ajustar a massa de seu tiro ao alvo.
Pelos cálculos dos cientistas da Alemanha, ao dobrar a massa do jato de água, o peixe-arqueiro dobra a força que é exercida sobre a presa com um gasto metabólico também duas vezes maior. Em compensação, dobrar a velocidade do disparo, por exemplo, implicaria em ter que despender, nesse processo, quatro vezes mais energia, ou duas vezes mais do que simplesmente controlar a massa de água direcionada contra a presa.
Os experimentos feitos com o peixe-arqueiro também mostraram que esse comportamento alimentar não é influenciado pela experiência de vida dos indivíduos. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores manipularam o ambiente onde os peixes estavam para que o refinamento dos disparos deixasse de ser necessário.
A forma de caçar dos peixes é inata, fruto dos processos evolutivos que estão agindo, ao longo dos anos, sobre a espécie em questão.
Além desta habilidade, o peixe-arqueiro também pode saltar fora da água para apanhar insetos que passam.
É um peixe típico de mangal, que por vezes, penetra em rios e ribeiras.
Fontes: Oceanário De Lisboa / Yahoo / Instituto De Pesca
domingo, setembro 07, 2008
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