terça-feira, agosto 12, 2008

A origem dos Jogos Olímpicos

A origem dos Jogos Olímpicos

A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. No canto XXIII da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a cremação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Na cidade de Olímpia havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus.
Na mitologia grega Zeus era deus do céu e da Terra, senhor do Olimpo, deus supremo. Conhecido pelo nome romano de Júpiter.Como todo deus da Antigüidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam as competições.
Foi em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio I, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação esportiva.
O registo mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruinas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações entrarem em guerra.
Em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, como uma forma de celebrar a paz entre as nações recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais e crianças.
Em 1894 é criado o Comitê Olímpico Internacional (COI), entidade não-governamental que seria inicialmente presidida por Demetrius Vikelas e mais tarde pelo próprio Pierre de Coubertin .
Inicialmente Coubertin desejava que os primeiros Jogos Olímpicos se realizassem em 1900 em Paris, mas ficou decidido que se realizariam antes em Atenas no mês de abril de 1896, quendo começaram na capital grega os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados regularmente a cada quadriênio desde então.
O Barão era contra a presença de mulheres nas disputas. Mas, por pressão do movimento feminista, cada vez mais atuante, elas ganharam o direito de competir nos Jogos Olímpicos de Paris em 1900.
Para abrigar as modalidades esportivas de inverno, o COI cria, em 1947, os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados sempre no hemisfério Norte, anteriormente coincidindo com os quadriênios dos Jogos originais, e mais tarde (a partir de 1994) se alternando, com diferença de dois anos entre cada evento.
Prosseguindo seus projetos de abrir as modalidades olímpicas a todos os esportistas do mundo, o COI cria as Paraolimpíadas em 1952, dedicadas especificamente aos atletas com alguma deficiência física.
Excetuando de 1968 a 1984, esses Jogos Paraolímpicos foram realizados nas mesmas cidades dos jogos convencionais.
Dada a importância e a visibilidade dos Jogos para o mundo, estes têm também, nos últimos anos, sido usados como espaço para confrontos políticos e reivindicações, de que são os piores exemplos o massacre de Munique em 1972, em que membros da comitiva israelense foram feitos reféns por extremistas palestinos (ou palestinianos) e os boicotes durante a Guerra Fria, aos Jogos de 1980 e 1984, pelo bloco de países soviéticos e pelos Estados Unidos, respectivamente, e também o atentado à bomba ocorrido em Atlanta em 1996.
No entanto, num exemplo de aproximação e reconciliação entre os povos, de que os Jogos Olímpicos pretendem ser símbolo, a Coréia do Norte e a Coréia do Sul, participaram nos Jogos de Sydney em 2000 e de Atenas em 2004 desfilaram nas cerimônias sob uma única bandeira. Entretanto as negociações para o ano de 2008 não tiveram êxito, e os dois países voltaram a desfilar separadamente.
A bandeira olímpica é branca com cinco anéis entrelaçados. Foi idealizada por Barão de Coubertin, em 1913. Os anéis representam os continentes (azul, Europa; amarelo, Ásia; preto, África; verde, Oceania; e vermelho, América).
A chama olímpica é outro dos símbolos dos Jogos Olímpicos e é um símbolo que segundo a lenda Prometeu teria roubado o fogo de Zeus para o entregar aos mortais.
Inicialmente criadas para simbolizar a ligação entre o local de realização e os jogos Olímpicos, as mascotes se tornaram uma das maiores fontes de receita para as Olimpíadas.


Fonte: Wikipédia

Nenhum comentário: