sábado, agosto 02, 2008

BICHOS ESTRANHOS

Musaranho

Os musaranhos são animais de pequeno porte e de hábitos insectívoros. São os menores mamíferos do mundo.
Eles medem cerca de 10 cm (alguns não ultrapassam 2,5 cm) e pesam cerca 15 gramas. Contudo, apesar do pequeno porte são capazes de atacar, matar e devorar animais que têm o dobro do seu tamanho.
Caminhar sobre as águas não é privilégio de quem faz milagres.
O musaranho da espécie Sorex plustris desafia as leis da física quando atravessa um lago correndo pela superfície, sem afundar. Seu tamanho minúsculo e a espessa pelagem ajudam, mas o truque é conseguido graças à capacidade do bicho em conservar um pouco de ar por baixo dos pés, mantendo-os encurvados. Habitante da América do Norte, Europa, norte da África e oeste da Ásia, o musaranho é cheio de esquisitices come mais que um elefante, tem o metabolismo tão rápido quanto o de um beija-flor e, tal como as cobras, envenena as vitimas de suas dentadas.
Comem o equivalente ao seu peso de três em três horas. Algumas espécies praticamente não dormem para não deixar de se alimentar. Por causa do metabolismo acelerado, muito tempo sem comida pode significar a morte.
Seu coração bate 1200 vezes por minuto, quase doze vezes mais rápido que o do ser humano.
No curto período que dura o ato sexual, a união casal de musaranhos quase sempre numa luta sangrenta, em que eles se engalfinham até a morte, quando um chega a devorar o outro.
Para conquistar a fêmea, o musaranho macho emite excitados estalos e, se ela não se mostra receptiva, adverte-a com guinchos indignados. Às vezes, o assédio do macho é tanto que a fêmea perde a paciência, e desanda numa tagarelice ultra-sônica. Se o sobrevivente do amor for a fêmea, duas semanas depois nascem de quatro a dez filhotes, muito frágeis e praticamente cegos. Caso a ninhada precise mudar de toca, eles são transportados em fila indiana: um dos filhotes crava os dentes nas costas da mãe e os demais nas costas do que estiver a sua frente. Assim, não se perdem pelo caminho.
Ao nascer, pelado e de olhos fechados, o musaranho é menor que uma abelha e pesa pouco mais de dois gramas. Vive, em média, de um a dois anos. Quando é atacado por um inimigo, solta um odor igual ao dos gambás. Suas glândulas salivares contem um veneno tão forte quanto o das serpentes. Seus principais predadores são os gaviões e as corujas, bons de vista e ruins de nariz.
Os musaranhos especializaram-se em vários habitats: uns habitam em vegetação densa, outros são trepadores, alguns vivem debaixo da neve e outros ainda caçam na água.
São invulgares entre os mamíferos pois são dos poucos a possuirem veneno e, tal como os morcegos e os cetáceos, algumas espécies usam ecolocalização. São também dos poucos a nascerem com dentes permanentes e a não terem osso zigomático.
Sua vida é alvo de cientistas que estudam a evolução das espécies, pois é o animal que mais se assemelha aos primeiros mamíferos verdadeiros descendentes dos répteis mamaliformes, como o Melanodon, que viveu na América do Norte há 160 milhões de anos. Por isso, é considerado o mais primitivo dos primatas atuais.
Quando um musaranho encontra um inimigo, solta uma secreção de odor repugnante. Por isso, seus principais predadores são os gaviões e as corujas, bons de olho mas ruins de nariz. Se tiver que lutar, o musaranho usa um artifício comum nos répteis: o veneno. As glândulas salivares contêm substâncias que produzem efeitos semelhantes aos de picada de cobra venenosa, e ele as utiliza para imobilizar ou matar as presas e até inimigos.
A primeira descrição de envenenamento por mordida de musaranho foi feita por C. J. Maynard, em 1889, ferido na mão por um musaranho que havia segurado.Em poucos segundos, o cientista teve sensações de queimadura, inchaço e dores agudas na mão e no braço. A existência desse veneno só foi comprovada quase cinqüenta anos depois, em 1942, quando o naturalista O. P. Person realizou algumas experiências provando que o veneno causa queda da pressão sangüínea, diminuição do ritmo cardíaco e inibição respiratório. Uma mordida, porém, não é suficiente para matar urna pessoa. Essa substância tóxica geralmente não é utilizada como mecanismo de defesa, mas sim para ataque.


Fontes: Wikipédia / Superinteressante

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