quinta-feira, setembro 11, 2008

11 de setembro de 2001: o dia em que o mundo parou

11 de setembro de 2001: o dia em que o mundo parou

Passados sete anos dos ataques de 11 de setembro de 2001, que deixaram um saldo de mais de três mil mortes nos Estados Unidos, não há qualquer sinal do paradeiro de Osama Bin Laden.
Sua última aparição em vídeo aconteceu ano passado, justamente no dia em que os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono completaram seis anos. De lá para cá, todos os comunicados da rede terrorista foram anunciados por Ayman al Zawahri, apontado como braço direito de Bin Laden.
Numa mensagem capturada em abril deste ano pelo site IntelCenter, que monitora atividades de grupos terroristas, Al Zawahri afirmou que o líder da Al Qaeda está bem de saúde, contrariando boatos de que Bin Laden estaria sofrendo de insuficiência renal.
No ano passado, o Senado americano autorizou o governo a aumentar para US$ 50 milhões (R$ 44,5 milhões) a recompensa para qualquer pessoa que forneça informações que possam resultar na captura de Bin Laden vivo ou morto.


Óbitos e prejuízos

As perdas humanas nos ataques de 11 de Setembro de 2001 foram elevadas: 265 nos aviões; pelo menos 2602 pessoas, incluindo 242 bombeiros, no World Trade Center e 125 no Pentágono. 3234 pessoas faleceram. Além das Torres Gêmeas de 110 andares do World Trade Center, 5 outras construções nas proximidades do World Trade Center e 4 estações subterrâneas de metrô foram destruídas ou seriamente danificadas. No total, foram 25 prédios danificados em Manhattan. Em Arlington, uma parte do Pentágono foi seriamente danificada pelo fogo e outra parte acabou desmoronando.
Fora a destruição das torres gêmeas de 110 andares cada uma, cinco edifícios do World Trade Center ficaram destruídos ou seriamente danificados, entre eles o 7 World Trade Center e o Marriott World Trade Center, quatro estações do metrô de Nova York e a igreja cristã ortodoxa de São Nicolau. No total, 25 edifícios em Manhattan sofreram danos e sete edifícios do complexo do World Trade Center foram arrasados. Mais tarde, o Deutsche Bank Building situado na rua Libery Street e o Borough of Manhattan Community College's Fiterman Hall tiveram que ser demolidos devido ao estado em que se encontravam.
Vários equipamentos de comunicações também sofreram danos. As antenas de telecomunicações da Torre Norte caíram com seu desmoronamento.
Em Arlington, uma parte do Pentágono foi severamente danificada pelo fogo e impacto do avião. Uma seção inteira do edifício foi derrubada.
Provavelmente nunca se saberá exatamente quantas pessoas perderam suas vidas em 11 de setembro de 2001 por causa dos atentados.
Os números que são aceitos pela versão oficial são estes:

- American Airlines Flight 11: 81 passageiros e 9 tripulantes, 2 pilotos
- United Airlines Flight 175: 56 passageiros, 7 tripulantes, 2 pilotos
- American Airlines Flight 77: 58 passageiros, 4 tripulantes, 2 pilotos
- United Airlines Flight 93: 37 passageiros, 5 tripulantes, 2 pilotos
- World Trade Center: 524 vítimas confirmadas, 3822 desaparecidos
- Pentágono: 125 vítimas confirmadas


Consequências para os sobreviventes

Muitos dos bombeiros e membros de equipes de resgate que participaram das buscas às vítimas dos atentados estão hoje com problemas respiratórios e câncer, atribuidos ao fato de terem sido expostos à poeira tóxica das torres gêmeas.
Os milhões de toneladas de escombros tóxicos resultado da queda das Torres Gêmeas eram compostos por: 50% de material não fibroso e escombros de construção; 41% de vidro e fibra; 9,2% de celulose e 0,8% de asbesto.
Além disto, foram liberados níveis sem precedentes de dioxinas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos nos fogos que arderam durante os três meses seguintes. Isto causou várias doenças nas equipes de resgate e reconstrução que trabalharam na zona zero. Os efeitos se estendeu também à saúde dos habitantes da Baixa Manhattan e proximidades.
Segundo uma especulação científica, a exposição a vários produtos tóxicos e contaminantes do ar circundante a Torres depois da queda do WTC poderia ter efeitos negativos no desenvolvimento fetal.
Devido a este risco potencial, um notável centro de saúde de crianças está atualmente analisando filhos de mães que estavam grávidas durante a queda do WTC e que viviam ou trabalhavam próximas das torres.
O propósito do estudo é determinar se há diferenças significativas no desenvolvimento e na saúde das crianças de mães expostas aos produtos tóxicos, frente a filhos cujas mães não estiveram expostas à contaminação.
Em maio de 2007, as autoridades admitiram que a morte de uma advogada se deveu a exposição à nuvem tóxica, o que constituiu o primeiro reconhecimento oficial de uma morte como consequência do pó depois da queda das Torres.


Tirando uma lição

Mais do que rememorar as perdas irreperáveis de 11 de setembro de 2001, a data deve servir de ponto de partida para analisar a relação ocidente-oriente.
A arrogância de países como os Estados Unidos marginaliza as regiões onde o seu poderio não pode imperar. Basta observar a mídia. Quando se trata de mencionar o oriente, prevalecem os estereótipos, como se os orientais não fossem gente, e sim como alguma aberração da natureza. Mas eles estão vivos e prontos para o embate, somos forçados a reconhecer. Dominam vários meios de comunicação e não se submetem ao imperialismo norte-americano. Desejam preservar sua cultura e seus costumes.
Fica aí a reflexão e o temor de que novas tragédias ocorram, visto que Bin Laden, ao que parece, está livre, leve e solto, e o exército ocidental ainda não aprendeu a lidar com táticas de guerrilha.
Estes militares precisam estudar a mente muçulmana para entender o que move um ser humano a cultuar um único sentimento na vida: morrer.
Fontes: A Tarde On Line / Wikipédia / BBC / Valéria Borborema

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