O Brasil é pioneiro na exploração de petróleo em águas profundas.
As fronteiras da produção de petróleo deverão estender-se cada vez mais mar adentro, de acordo com a expectativa de especialistas que se reuniram no 17º Congresso Mundial do Petróleo. Nessa tendência, a Petrobrás vem ocupando, por conta das peculiaridades da localização das reservas brasileiras, o status de desbravador mais avançado, com reconhecimento mundial no desenvolvimento de tecnologia de produção e exploração em águas profundas.
A exploração de petróleo em águas profundas é responsável por uma parte significativa da produção total de petróleo no Brasil e, desta forma, tem importância estratégica para o país. Esse tipo de exploração, entretanto, requer o uso de técnicas específicas, tais como mecanismos, estruturas e ferramentas adaptadas às condições de luminosidade, temperatura e pressão.
Um projeto inovador e sem similares no mercado está sendo implementado pela Multicorpos, empresa incubada no ParqTec, em São Carlos/SP. Seus pesquisadores estão desenvolvendo desde setembro do ano passado um simulador de robô submarino de operação remota (ROV - Remotely Operated Vehicle) para a capacitação de pilotos em missões de manutenção e instalação de plataformas de petróleo em alto mar. Seu diferencial é possibilitar o treinamento com redução de custos.
Um ROV é um submergível não-tripulado preso a um cabo - espécie de cordão umbilical - pelo qual são transmitidos, além da energia, os comandos do operador para o sistema propulsor. Pelo mesmo cabo, o operador recebe as informações dos sensores e câmeras instaladas no ROV.
O geólogo Andrew Latham, da Wood Mackenzie, calcula que já existam mais de 50 bilhões de barris em reservas de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, das quais aproximadamente a metade ainda não foi desenvolvida. Nas atividades mais recentes de exploração e produção em várias regiões do globo, as reservas de petróleo bruto encontradas em águas profundas e ultraprofundas têm apresentado dimensões maiores do que as localizadas em terra e em águas rasas.
Fonte: Unicamp / CIMM
domingo, agosto 03, 2008
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